ENFERMAGEM, CIÊNCIAS E SAÚDE

Gerson de Souza Santos - Bacharel em Enfermagem, Especialista em Saúde da Família, Mestrado em Enfermagem, Doutorado em Ciências da Saúde - Universidade Federal de São Paulo. Atualmente professor do Curso de Medicina do Centro Universitário Ages - Irecê-Ba.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Medicações Tópicas para a Pele


Praticamente todas as medicações para a pele são tópicas ou sistêmicas. As medicações tópicas são aplicadas diretamente sobre a área afetada da pele. As medicações sistêmicas são administradas pela via oral ou injetadas, e distribuem-se por todo o organismo. Raramente, quando é necessária uma concentração elevada de um medicamento na área afetada, o médico pode realizar a injeção subcutânea (sob a pele) do medicamento, procedimento denominado injeção intradérmica. Algumas medicações dermatológica exigem prescrição médica; outras podem ser compradas sem a necessidade de receita (venda livre). Embora elas sejam geralmente mais seguras que as medicações que exigem prescrição médica, as medicações de venda livre devem ser utilizadas com cautela. A aplicação incorreta do medicamento pode piorar uma doença cutânea ou mascarar os sintomas, tornando o diagnóstico mais difícil.

Preparações Tópicas

Os ingredientes ativos (medicações) contidos em uma preparação tópica são misturados (suspensos) em um veículo (um transportador inerte das medicações). Por essa razão, as preparações tópicas apresentam formulações e consistências variadas. O veículo determina a consistência do produto e se os ingredientes ativos permanecem na superfície ou penetram na pele, isto é, se a preparação é espessa e gordurosa ou diluída e aquosa.

Dependendo do veículo usado, a preparação será uma pomada, creme, loção, solução, pó ou gel. As pomadas que contêm uma quantidade muito grande de óleo espesso e pouquíssima água apresentam um aspecto gorduroso e são difíceis de ser eliminadas através da lavagem. As pomadas são mais adequadas quando a pele necessita de lubrificação ou umidade. Embora sejam produtos que “sujam” mais que os cremes à base de água, as pomadas comumente são mais eficazes para liberar ingredientes ativos na pele.

Os cremes, as preparações mais comumente utilizadas, são emulsões de óleo em água. Eles são de fácil aplicação e parecem desaparecer ao serem friccionados sobre a pele. As loções são semelhantes aos cremes, porém contêm mais água. Na verdade, elas são suspensões de material pulverizado, finamente disperso em uma base de água ou de óleo e água. As loções são de fácil aplicação e particularmente ú teis para refrescar ou secar a pele. As soluções são líquidos nos quais um medicamento é dissolvido. As soluções tendem a secar ao invés de umedecer a pele. Os líquidos mais comumente utilizados são o álcool, o propileno glicol, o polietileno glicol e a água corrente.

Os pós são formas secas de substâncias utilizadas para proteger as áreas em que há atrito de pele (p.ex., entre os dedos dos pés ou entre as nádegas, nas axilas, nas virilhas ou sob as mamas). Os pós secam a pele macerada (amolecida e lesada pela umidade) e reduzem o atrito ao absorver a umidade. Os pós podem ser incorporados em cremes, loções e pomadas protetoras. Os géis são substâncias com base aquosa espessa sem óleo ou gordura. A pele não absorve os géis tão bem quanto as preparações que contêm ó leo ou gordura.

Tipos de Medicações Tópicas

As medicações tópicas podem ser divididas em sete categorias que, freqüentemente, se sobrepõem: agentes de limpeza, agentes protetores, agentes antiinfecciosos, agentes umectantes, agentes que aliviam sintomas e agentes antiinflamatórios.

Agentes de Limpeza

Os principais agentes de limpeza são os sabões, os detergentes e solventes. O sabão é o agente de limpeza mais popular, mas muitos detergentes sintéticos também são utilizados. Determinados sabões ressecam a pele, outros possuem uma base cremosa que não a seca. Alguns sabões líquidos umedecem a pele, outros a ressecam. Como os xampus infantis são excelentes agentes de limpeza e geralmente suaves para a pele, são bons produtos para a limpeza de feridas, cortes e abrasões.

Além disso, os indivíduos com psoríase, eczema ou outras doenças descamativas podem utilizar xampus infantis para eliminar a pele morta através da lavagem. No entanto, as lesões exsudativas (que eliminam secreções) geralmente devem ser lavadas apenas com água, pois mesmo os sabões e os detergentes suaves podem irritar a área. Muitas substâncias químicas são acrescentadas aos agentes de limpeza. Por exemplo, os xampus e as loções anticaspa podem conter dipiritiona de zinco, sulfeto de selênio ou extratos de alcatrão, para ajudar no tratamento da pele que descama. Os compostos de limpeza também podem conter pequenas quantidades de ácido acético, acetato de alumínio e sulfato de magnésio (como nos sais de Epsom).

Agentes Protetores

Muitos tipos diferentes de preparações ajudam a proteger a pele. Os óleos e as pomadas formam uma barreira oleosa que pode ajudar a proteger a pele escoriada ou irritada, preservando a sua umidade. Os pós podem proteger a pele contra o atrito com uma outra pele ou contra vestimentas. Os curativos de hidrocolóide sintético protegem as úlceras de decúbito (úlceras de pressão) e outras áreas da pele que estejam em carne viva. Os filtros solares criam uma bareira contra a luz ultravioleta nociva.

Agentes Antiinfecciosos

Os vírus, as bactérias e os fungos são microrganismos que podem infectar a pele. Sem dúvida, a melhor maneira para se prevenir essas infecções consiste na lavagem cuidadosa da pele com água e sabão. Outros agentes podem desinfetar mais vigorosamente ou tratar infecções estabelecidas. A maioria dos agentes desinfetantes são utilizados apenas por enfermeiros e médicos para esterilizar sua própria pele e a pele dos pacientes antes de cirurgias.

Contudo, determinadas medicações são comumente utilizadas para tratar infecções fúngicas e bacterianas. Por exemplo, antibióticos são aplicados sobre a pele para tratar a acne e as infecções cutâneas superficiais. O clotrimazol e o miconazol são comumente aplicados sobre a pele para o tratamento de infecções fúngicas. Esses dois medicamentos podem ser comprados sem necessidade de prescrição médica. Outros agentes antifúngicos (p.ex., cremes de cetoconazol) apenas podem ser adquiridos com prescrição médica. Medicações como o gama hexaclorobenzeno (lindano) ajudam a tratar infecções como a escabiose.

Agentes Umectantes

Na verdade, os agentes umectantes não adicionam umidade à pele; eles ajudam a pele a manter a sua umidade natural. A maioria dos agentes umectantes são cremes ou loções que contêm óleo. A aplicação de uma fina película de óleo sobre a pele ajuda a evitar que a água da pele evapore. O melhor momento para aplicar esses agentes é quando a pele já se encontra umedecida (p.ex., logo após um banho de imersão ou uma ducha). Alguns umectantes mais fortes contêm compostos como a uréia.

Agentes Absorventes

A umidade cutânea excessiva pode causar maceração, um problema que ocore geralmente onde existe um atrito de pele com retenção de umidade, especialmente nos dias quentes e úmidos. As áreas mais comumente afetadas estão localizadas entre os dedos dos pés ou entre as nádegas, nas axilas, nas virilhas e sob as mamas. Essas áreas úmidas também representam um campo propício para o desenvolvimento de infecções, especialmente as fúngicas e as bacterianas. O pó de talco é o agente absorvente mais comumente utilizado.

O talco absorve a umidade da superfície cutânea. A maioria dos preparados à base de talco apresenta apenas variações de perfume e de embalagem. O amido de milho, um outro bom agente absorvente, tem a desvantagem de facilitar o crescimento de fungos. Por essa razão, o talco é geralmente melhor. As soluções que contêm sais de alumínio são ú teis quando a pele encontra-se lesada em decorrência da umidade excessiva. Essas soluções são freqüentemente utilizadas em hospitais, asilos e casas de repouso.

Concentrações de Corticosteróides Tópicos Selecionados

Potência

Medicação

Formulação

Baixa Hidrocortisona Creme, pomada ou loção a 2,5% ou 1,0%


Média
Valerato de betametasona Creme a 0,1%

Valerato de hidrocortisona Creme ou pomada a 0,2%
Acetonido de triancinolona Creme, pomada ou loção a 0,1% ou 0,025%


Alta
Dipropionato de betametasona Creme ou pomada a 0,05%

Valerato de betametasona Pomada a 0,1%

Acetônido de fluocinolona Creme a 0,2%
Alcinonido Creme ou pomada a 0,1%


Muito alta
Propionato de clobetasol Creme ou pomada a 0,05%
Propionato de halobetasol Creme ou pomada a 0,05%



Agentes Que Aliviam Sintomas

Freqüentemente, a doença cutânea é acompanhada de prurido (coceira). Algumas vezes, é aplicada uma medicação para aliviar o prurido, enquanto uma outra é utilizada para tratar a doença. À s vezes, o prurido e a dor discreta podem ser controlados com agentes calmantes como a camomila, o eucalipto, a cânfora, o mentol, o óxido de zinco, o talco, a glicerina e a calamina. Os anti-histamínicos (p.ex., difenidramina) são algumas vezes incluídos em preparações tópicas para aliviar o prurido relacionado a reações alérgicas. Embora os anti-histamínicos bloqueiem certos tipos de reações alérgicas, eles provavelmente aliviam a coceira através de seus efeitos sedativos. No entanto, os anti-histamínicos podem sensibilizar o indivíduo e causar uma reação alérgica. Para controlar determinadas formas de prurido, o indivíduo deve utilizar anti-histamínicos orais ao invés de preparações tópicas.

Agentes Antiinflamatórios

Os corticosteróides tópicos ou orais (medicamentos semelhantes à cortisona) podem ajudar a reduzir a inflamação (edema, prurido e hiperemia). Os corticosteróides são mais eficazes nas erupções cutâneas causadas por reações alérgicas ou inflamatórias à hera venenosa, metais, tecidos ou outras substâncias. Como essas substâncias reduzem a resistência a infecções bacterianas e fúngicas, elas não devem ser utilizadas em áreas infectadas ou em feridas. Contudo, os corticosteróides são algumas vezes associados a agentes antifúngicos, para ajudar na redução do prurido causado por um fungo.

As combinações de corticosteróides com antibióticos raramente são utilizadas, pois elas geralmente não são mais eficazes do que o corticosteróide utilizado isoladamente. Além disso, os antibióticos (especialmente a neomicina) aumentam o risco de uma reação alérgica que pode complicar o problema. Os corticosteróides tópicos são vendidos sob a forma de loções, cremes e pomadas. Os cremes são mais eficazes quando friccionados suavemente até desaparecerem. Em geral, as pomadas são as preparações mais potentes. O tipo e a concentração do corticosteróide presente na preparação determina a sua potência geral. A hidrocortisona disponível em concentrações de até 1% não exige prescrição médica e as concentrações de 0,5% ou inferiores são pouco eficazes.

As preparações mais potentes de corticosteróides exigem prescrição médica. Geralmente, os médicos prescrevem inicialmente um corticosteróide potente e, a seguir, um corticosteróide menos potente que é utilizado enquanto a pele cura. Geralmente, os corticosteróides tópicos são aplicados duas a três vezes ao dia, em pequenas quantidades. Nos locais onde a pele já é fina (p.ex., face), eles devem ser utilizados comedidamente e nunca por mais do que alguns poucos dias. Quando uma dose mais forte é necessária, o médico pode realizar a injeção subcutânea de um corticosteróide.

Uma outra maneira de liberar uma dose forte é a aplicação de um curativo oclusivo não-poroso sobre um corticosteróide tópico, a fim de aumentar a sua absorção e eficácia. Por exemplo, uma película de polietileno (plástico de embalagem de cozinha) pode ser aplicada sobre cremes ou pomadas e pode ser deixada no local durante a noite. Com este método, os cremes e pomadas são menos irritantes que as loções. Os curativos oclusivos aumentam o risco de reações adversas aos corticosteróides e, por essa razão, eles geralmente são reservados para doenças como a psoríase e o eczema grave.

Biologia da Pele


A pele não é apenas um envoltório protetor. É um sistema orgânico que regula a temperatura corpórea, detecta os estímulos dolorosos e agradáveis, impede a entrada de substâncias no organismo e provê um escudo protetor contra os efeitos nocivos do sol. A cor, a textura e as pregas da pele ajudam a caracterizar os indivíduos. Qualquer alteração da função ou do aspecto da pele pode acarretar conseqüências importantes para a saúde física e mental.

Cada camada da pele desempenha tarefas específicas. A camada superior, a epiderme, é, na maior parte do corpo, mais fina que uma película plástica. A parte superior da epiderme, o estrato córneo, contém queratina, a qual é formada por restos de células mortas e protege a pele contra substâncias nocivas. No fundo da epiderme estão os melanócitos, as células produtoras de melanina – o pigmento de cor escura da pele.

Sob a epiderme, encontra-se a derme, a qual contém receptores da dor e do tato, cujas ramificações chegam até a superfície da pele e a muitas das glândulas funcionais da pele: glândulas sudoríparas, que produzem o suor; glândulas sebáceas, que produzem óleo; e folículos pilosos, que produzem pêlos. Além disso, na derme existem vasos sangüíneos, os quais fornecem a nutrição à pele e a tornam quente, os nervos ramificam- se por todas as camadas da pele. Abaixo da derme existe uma camada de gordura que ajuda a isolar o corpo contra o calor e o frio.

Em diferentes partes do corpo, a espessura, e a cor da pele, o número de glândulas sudoríparas, sebáceas, folículos pilosos e nervos variam. A porção superior da cabeça possui uma grande quantidade de folículos pilosos, enquanto que as palmas das mãos e as plantas dos pés não apresentam qualquer folículo piloso. A epiderme e a camada de queratina são muito mais espessas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. As pontas dos dedos das mãos e dedos dos pés contêm muitos nervos e são extremamente sensíveis ao tato.


O Que Existe Sob a Pele?

Este corte sagital mostra as camadas e estruturas da pele abaixo da superfície.

A pele tende a sofrer alterações durante a vida de um indivíduo. A pele de um lactente possui uma camada de gordura muito mais espessa e uma camada de queratina protetora muito mais fina. À medida que o indivíduo envelhece, ele perde uma boa parte da gordura subjacente, a derme e a epiderme tornam-se mais finas, as fibras elásticas da derme fragmentam-se e a pele torna-se mais enrugada. O fluxo sangüíneo da pele também diminui com a idade e, por essa razão, a pele lesada cicatriza mais lentamente nos indivíduos idosos. A pele mais envelhecida também produz uma menor quantidade do óleo protetor e, conseqüentemente, ela resseca com maior facilidade.

Diagnóstico de Distúrbios Cutâneos

Os médicos podem identificar muitos distúrbios cutâneos simplesmente através do exame visual. As características reveladoras incluem tamanho, forma, cor e localização da anomalia, além da presença ou ausência de outros sinais ou sintomas. Algumas vezes, o médico deve remover um pequeno pedaço de pele para exame microscópico, um procedimento denominado biópsia. Para realizar este procedimento simples, o médico comumente anestesia uma pequena área da pele com um anestésico local e, utilizando um bisturi ou um saca-bocado, ele remove um fragmento de pele com um diâmetro de aproximadamente 0,3 cm. Freqüentemente, o médico fecha o corte com um ponto, detendo o sangramento. Quando o médico suspeita que a pele possa estar infectada, ele realiza um raspado do material e o enviam a um laboratório, solicitando a realização da cultura do mesmo. Quando a amostra contém bactérias, fungos ou vírus, esses microrganismos crescem na cultura e podem ser identificados.


Nomes Médicos para as Lesões e Tumores da Pele






Pele atrófica: Pele enrugada e da espessura do papel.

Crosta (casca): Sangue, pus ou líquidos da pele secos sobre a superfície da pele. A crosta pode formar-se em qualquer lugar onde ocorreu uma lesão cutânea.

Erosão: Perda parcial ou total da superfície da pele. As erosões ocorrem quando a pele é lesada por infecção, pressão, irritação ou calor.

Escoriação: Uma área crostosa, escavada ou linear, causada pelo ato de arranhar, friccionar ou picar a pele.

Liquenificação: Pele espessa que apresenta sulcos e rugas acentuados.

Mácula: Uma mancha plana e com coloração anormal com qualquer forma e com menos de 1 cm de diâmetro. As sardas, os nevos planos, as manchas cor vinho do Porto e muitas erupções cutâneas são máculas.
Uma mancha é como uma mácula, porém maior.

Nódulo: Uma formação sólida, com 0,5 a 1 cm de diâmetro, que pode ser elevada. Algumas vezes, ele parece formar-se abaixo da superfície cutânea e pressionar para cima.

Pápula: Uma protuberância sólida com menos de 1 cm de diâmetro. As verrugas, as picadas de insetos, os pólipos cutâneos e alguns cânceres de pele são pápulas. Uma placa é uma pápula maior.


Pústula: Uma bolha com conteúdo purulento (acúmulo de leucócitos).

Escamas: Áreas de células epidérmicas mortas e aglomeradas que produzem uma crosta seca e descamativa. As escamas ocorrem em casos de psoríase, dermatite seborréica e em muitos outros distúrbios.

Cicatriz: Área onde a pele normal foi substituída por tecido fibroso (formador de cicatrizes). As cicatrizes formam-se após a destruição de alguma parte da derme.

Telangiectasia: Vasos sangüíneos dilatados localizados no interior da pele e que apresentam um aspecto tortuoso.

Úlcera: Como uma erosão, porém mais profunda, penetrando a derme pelo menos parcialmente. As causas são as mesmas que as das erosões.

Vesícula: Um pequeno ponto cheio de líquido com diâmetro inferior a 0,5 cm. Uma bolha é uma vesícula maior. As picadas de insetos, o herpeszoster, a varicela (catapora), as queimaduras e as irritações produzem vesículas e bolhas.

Urticária: Inchaço de uma área da pele que produz uma elevação macia e esponjosa que aparece subitamente e, em seguida, desaparece. As urticárias são reações alérgicas habituais a medicamentos, picadas de insetos ou a algo que tenha entrado em contato com a pele.








Outros exames laboratoriais também ajudam o médico a diagnosticar infecções cutâneas. Em um exame com luz de Wood, uma determinada freqüência de luz ultravioleta (negra) torna alguns fungos visíveis e pode, ainda, tornar algumas alterações da pigmentação mais visíveis. O exame de Tzanck ajuda a diagnosticar infecções cutâneas virais (p.ex., herpes-zoster). Com um pequeno bisturi, o médico raspa a superfície cutânea inflamada e examina o material ao microscópio. A identificação de células com tamanho aumentado ou agrupadas indica uma infecção viral. A amostra de pele também pode ser enviada a um laboratório para a realização de uma cultura viral.

Muitos problemas que ocorrem na pele são limitados à ela. Contudo, a pele, algumas vezes, revela uma doença sistêmica (que afeta todo o organismo). Por exemplo, os indivíduos com lúpus eritematoso sistêmico apresentam uma erupção cutânea avermelhada incomum nas bochechas, geralmente após a exposição à luz solar. Conseqüentemente, o médico deve levar em conta muitas causas possíveis ao avaliar distúrbios cutâneos. O exame de toda a superfície cutânea e a busca de determinados padrões de uma erupção cutânea podem auxiliar na identificação de qualquer doença possível. Para verificar a distribuição de um distúrbio cutâneo, o médico pode solicitar ao seu paciente que ele se dispa completamente, mesmo que este tenha percebido somente uma pequena alteração em uma pequena área do corpo. O médico também pode solicitar exames de sangue ou outros exames laboratoriais mesmo quando o indivíduo apresenta um problema limitado exclusivamente à pele.

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