ENFERMAGEM, CIÊNCIAS E SAÚDE

Gerson de Souza Santos - Bacharel em Enfermagem, Especialista em Saúde da Família, Mestrado em Enfermagem, Doutorado em Ciências da Saúde - Universidade Federal de São Paulo. Atualmente professor do Curso de Medicina do Centro Universitário Ages - Irecê-Ba.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Publicações do Ministério da Saúde. Saúde da Criança

Saúde da Criança

Saúde da Criança - Conceito

Ministério da Saúde

Outras Instituições

Dissertações/Teses

Organização Mundial da Saúde (OMS)

AIDS: Aumento dos casos de AIDS entre adolescentes do sexo feminino



Ao surgir, tinha como principal grupo de risco os homossexuais masculinos. Com o tempo, passou a atingir também os bissexuais e finalmente os heterossexuais não ficaram livres.
Não existem dúvidas que a contaminação é facilitada por lesões existentes na mucosa em atrito com secreções contaminadas. A lesão da mucosa facilita a penetração de células com o vírus da AIDS. Os estudos mostram também que durante o coito anal, a possibilidade de contágio através da ampola retal é muito grande, para aquele que recebe o esperma na ampola retal . Muitas meninas optam pelo coito anal na tentativa de evitar uma gravidez indesejada. Qual seria portanto a causa do aumento do número de casos entre os jovens principalmente do sexo feminino. O jovem acredita que é parcialmente imune, acredita também que seu parceiro não tem qualquer problema e que não haveria risco de ser contaminado. Outro fator é que na adolescência o sexo não costuma ser programado e o uso de preservativo é pouco freqüente. A junção da imprevidência, junto com uma certa promiscuidade e um certo "modernismo" formam uma trinca que está sendo fundamental no aumento do número de casos entre os jovens e em especial entre as jovens. A menina muitas vezes fica envergonhada de exigir que seu parceiro use preservativo o que acaba lhe sendo fatal. Ë preciso que em casa, na escola, em todos os locais se faça uma campanha constante para o sexo seguro, pois em caso contrário ninguém conseguirá segurar a AIDS.

fonete: http://www.pediatriaseculoxxi.net/

O Dia Internacional da Mulher é uma oportunidade de chamar atenção para os problemas e oportunidades singulares que as mulheres enfrentam em todo o mundo. É tanto uma celebração do que se conseguiu até hoje como um lembrete de quanto ainda há por fazer. Este ano, as agências das Nações Unidas estão ressaltando as várias questões ligadas à mulher e à AIDS, que inclusive será o tema de mobilização para a campanha mundial da AIDS de 2004-2005. A doença está prejudicando muitos avanços no desenvolvimento humano, incluindo os esforços para melhorar o status e o bem-estar das mulheres. É hora de se renovar os compromissos feitos em Pequim, em 1995, para fortalecer as mulheres, uma condição necessária para o desenvolvimento e a construção de um futuro sem HIV/AIDS.

Todas as infecções pelo HIV, tanto em mulheres como em homens, demandam igual atenção. Mas o dramático aumento no percentual de mulheres adultas infectadas pelo HIV é especialmente preocupante. Em 1997, 41% dos adultos infectados pelo HIV eram mulheres. Apenas quatro anos depois, essa taxa aumentou para 49,8% e, em 2003, alcançou a marca dos 50%. O padrão de crescimento das taxas de infecção é surpreendente entre mulheres jovens da região do sub-Saara, na África, onde 67% dos infectados entre 15 e 24 anos são mulheres. Mundialmente, quase metade das 14 mil novas infecções por dia em 2003 era em mulheres. E nada indica que essa tendência esteja sendo revertida.

O cenário é ainda mais assustador quando examinamos as conseqüências da epidemia na saúde das mulheres e meninas, nas condições de moradia, oportunidades de vida, status e dignidade. O direito à educação está sendo negado a milhares de garotas que sequer se matricularam ou foram obrigadas a deixar suas escolas para cuidar de parentes doentes ou por causa da pobreza provocada pela AIDS. Vítimas do estigma social e da discriminação, mulheres infectadas são muitas vezes rejeitadas por suas famílias e comunidades e condenadas à pobreza e à exploração antes de uma eventual morte. Os homens são prioridade para receber ajuda onde há tratamento disponível. A exceção pode existir quando a mulher está grávida.

HIV/AIDS é um desastre não só para os indivíduos e suas famílias, mas também para as comunidades como um todo. Alguns países correm o risco de entrar em colapso sob o impacto da epidemia. À medida que as taxas de infecção crescem entre as mulheres, que são o esteio das famílias e comunidades, a ameaça de colapso social também aumenta.

Assim, quando celebramos as realizações das mulheres e chamamos a atenção mundial para sua difícil situação, devemos aprender com essas tendências e desenvolver respostas sensíveis nas questões de gênero para a luta contra HIV/AIDS. Uma lição chave é que os métodos de prevenção e proteção existentes estão falhando com mulheres e meninas e continuarão ineficazes se a causa real da infecção não for trabalhada. Mulheres estão se infectando primeiramente por causa de sua aguda vulnerabilidade social. A falta de direitos e poder das mulheres em relação ao rendimento familiar, propriedade, escolhas de vida e até seus próprios corpos facilita a rápida difusão do vírus HIV/AIDS.

É necessário levar em conta as várias dimensões sócio-culturais na vulnerabilidade feminina e colocá-las no centro de nossas políticas e ações. Isso é particularmente importante na área de educação preventiva, que é a área de ação privilegiada pela UNESCO. A educação preventiva deveria fazer parte do aprendizado dentro e fora das escolas para todos os jovens e ser uma experiência de fortalecimento para homens e mulheres ao longo da vida. Para o máximo de impacto, ela deveria estar relacionada ao acesso à informação e aos recursos que ajudam a minimizar os riscos de infecção por HIV.

A expansão geral da educação - formal, não formal e informal - dá força para que homens e mulheres melhorem suas vidas e reduzam os riscos que têm pela frente. Mulheres educadas estão melhor preparadas para reivindicar seus direitos e, assim, ficarem livres da infecção pelo HIV. Em muitos dos países mais atingidos, mulheres educadas estão na linha de frente da mobilização da comunidade contra o vírus HIV/AIDS. Alcançar as metas do Programa Educação Para Todos, principalmente os compromissos relacionados à igualdade de gêneros, é uma contribuição vital para a prevenção do HIV. O fortalecimento por meio da educação contribui para a construção de relações seguras baseadas na igualdade de gêneros, respeito mútuo e consentimento.

O vírus HIV/AIDS é o flagelo mais mortal dos tempos modernos. É uma tragédia humana para as vítimas, para os infectados pelo vírus e para aqueles afetados pela doença, discriminação e morte. O impacto do HIV/AIDS nas mulheres agrava a desigualdade e mina o progresso em direção aos direitos humanos universais. Combatendo o vírus HIV/AIDS, podemos ajudar a construir um mundo com dignidade humana tanto para homens como para mulheres. A UNESCO está comprometida a desempenhar sua parte para enfrentar esse desafio.


*Koïchiro Matsuura é diretor geral da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)

AIDS: Manual do Aconselhamento


O Ministério da Saúde através da Coordenação Nacional do combate as doenças sexualmente transmissíveis e AIDS(DST-AIDS), organizou um manual de aconselhamento para a prevenção e diagnóstico de novos casos. Criou um folheto com o nome de FiqueSabendo, orienta as pessoas para realizarem o teste de AIDS, gratuitamente e dá os locais onde realizá-los.
01 - O melhor caminho para a prevenção e o tratamento: um dos principias instrumentos para a prevenção e controle da epidemia de AIDS é o diagnóstico de novos casos de infeção. Por esse motivo, o Ministério da Saúde está realizando uma grande campanha que visa a incentivar a população a fazer o teste de HIV
02 - Por que realizar o teste anti-HIV?
Em primeiro lugar, porque existem no Brasil milhares de pessoas infectadas que desconhecem sua situação sorológica. E conhecer sua sorologia, assim como Ter acesso ao tratamento é direito de todo cidadão.
03 - Aconselhamento é mesmo importante?
A realização do aconselhamento está diretamente ligada à qualidade do atendimento prestado nos serviços de saúde, para a prevenção das DST/HIV e AIDS.
04 - O que é aconselhamento?
Aconselhamento não significa dar conselhos. É um diálogo baseado em uma relação de confiança que visa a fazer com que a pessoa avalie seus próprios riscos, tome decisões e encontre maneiras realistas de enfrentar seus problemas relacionados às DST/HIV e AIDS.
05 - Quais os componentes do processo de aconselhamento?
É função do aconselhamento passar informações sobre DST/HIV AIDS, como as formas de transmissão, prevenção e tratamento.
O aconselhador precisa ser pacientes, sem preconceitos e Ter tranqüilidade para conversar e tirar dúvidas.
É importante conversar com o paciente sobre o seu estilo de vida, procurando avaliar as situações em que os riscos de infeção estão presentes.
06 - O conteúdo das conversas é confidencial?
Sim, tudo que for falado ou abordado é confidencial.
07 - Há algum preparo da pessoa antes de realizar o teste?
Sim. Antes de realizar o teste, o candidato deverá conversar com o aconselhador colocando todas as probabilidades do resultado.
08 - Após o resultado se for negativo?
É preciso que se saiba que o resultado negativo não significa que a pessoa não está infectada, pois infeções recentes não dão positividade ao teste. Deve-se saber também que o resultado negativo não quer dizer que você é imune, tem imunidade ao vírus.
09 - Se o resultado for positivo?
O aconselhador nestes casos deverá conversar longamente com a pessoa, dando todo o apoio psicológico e pessoal. Um resultado positivo deverá ser comunicado ao/s parceiro/s ou parceira/s.
10 - Em caso de resultado positivo como poderei tratar-me?
Você deverá procurar imediatamente qualquer centro de tratamento de AIDS. Existem vários centros nas grandes cidades e pelo menos um nas cidades pequenas. Os medicamentos para o tratamento são fornecidos gratuitamente. Hoje a sobrevida é muito grande. O tratamento tem mostrado que a maioria dos pacientes levam uma vida praticamente normal por um tempo bastante longo, desde que sigam corretamente as instruções recebidas e não interrompam o tratamento específico.

AIDS: Como é o contágio e como ele não se dá
O HIV, vírus da AIDS, pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e pelo leite materno. Sabendo disso, você pode conviver com uma pessoa portadora do HIV, podendo beijá-la, abraçá-la, fazer carinho, viver no mesmo espaço físico, na mesma casa, no mesmo quarto, não tendo medo de contrair a doença.
Quanto mais carinho e atenção você der a quem vive com AIDS, melhor e mais rápida será a resposta ao tratamento, porque o convívio social é muito importante para o aumento da auto-estima das pessoas e, consequentemente, faz com que elas cuidem melhor da saúde e sua imunidade cresça.

O contágio costuma ocorrer nas seguintes eventualidades:
  • Sexo vaginal sem camisinha
  • Sexo anal sem camisinha
  • Sexo oral sem camisinha
  • Uso de uma mesma seringa por mais de uma pessoa
  • Transfusão de sangue contaminado
  • Transmissão da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no momento do parto e na amamentação
  • Instrumentos que provocam furos, arranhões ou cortam, não tendo sido convenientemente esterilizados
O contágio não ocorre nas seguintes eventualidades:
  • Fazer sexo usando corretamente a camisinha, tomando o cuidado de verificar se a mesma não está perfurada ou rompida.
  • Masturbação a dois
  • Beijo no rosto ou na boca
  • Suor e lágrima
  • Picada de inseto
  • Aperto de mão ou abraço
  • Sabonete, toalha , roupas e lençóis
  • Talheres, pratos e copos
  • Assento de cadeiras em caso, no transporte coletivo, cinemas e teatros
  • Piscina
  • Banheiro e vaso sanitário
  • Doação de sangue
  • Pelo ar
Tendo conhecimento dessas maneiras de se contaminar e deixando de ter medo das outras maneiras onde o risco de contágio não existe, iremos evitar a progressão da doença e tratar melhor aqueles já contaminados.

fonte: http://www.saúde.gov.br

AIDS: por que humanos são vulneráveis ao HIV?


O Professor Michael Emerman, do Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, nos Estados Unidos,coordenou um estudo sobre a vulnerabilidade dos seres humanos ao HIV. Nesse estudo, aventou a hipótese de este fato ser o resultado de um processo evolucionário ocorrido há cerca de 4 milhões de anos, quando os ancestrais do homem moderno desenvolveram resistência a um determinado vírus. O estudo foi publicado na edição de 22 de junho da revista Science A pesquisa analisou o extinto retrovírus pan-troglodita endógeno (PtERV1). Esse vírus antigo representa uma batalha que os humanos venceram. Hoje, o homem não é suscetível a ele. Entretanto, descobriu-se que, durante a evolução, essa imunidade inata a um vírus pode nos ter tornado mais vulnerável ao HIV. A primeira evidência da imunidade humana ao retrovírus surgiu durante o seqüenciamento do genoma do chimpanzé, quando um grupo da Universidade de Washington, liderado por Evan Eichler, verificou que a principal diferença entre os genomas do homem e do chimpanzé era a ausência ou presença do PtERV1. Os chimpanzés têm 130 cópias do PtERV1; o homem, nenhuma. Estima-se que os retrovírus tenham começado a invadir o genoma dos primatas há muitos milhões de anos. Como resultado desse processo, os humanos dividem muitos fragmentos de DNA retroviral com os demais primatas. Tais vestígios de infecções primitivas, tornadas inativas por incontáveis mutações genéticas desde então, correspondem hoje a cerca de 8% do genoma humano. Os pesquisadores consideram que a proteção inata contra o PtERV1 nos humanos pode ser devida à presença de um gene responsável pela defesa antiviral, chamado Trim5?. Esse gene produz uma proteína que se liga ao vírus e o destrói antes que ele consiga se replicar dentro do organismo invadido. Os pesquisadores descobriram que a proteína antiviral Trim5a neutralizou efetivamente o retrovírus extinto - que afetava chimpanzés e gorilas há cerca de 4 milhões de anos, mas nada fazia aos ancestrais do homem moderno. Ou seja, provavelmente graças à ação da Trim5?, o PtERV1 não conseguiu se fixar com sucesso no genoma humano. Ainda sobre o assunto a pesquisa chegou a outras conclusões como: enquanto a Trim5a pode ter servido muito bem aos humanos há milhões de anos, essa proteína não parece ter tido qualquer efeito na defesa contra retrovírus que atualmente atingem os humanos, como o HIV. Essa antiga defesa acabou direcionando a evolução humana para uma maior suscetibilidade ao HIV. Os estudos realizados mostraram que mudanças na Trim5? a tornaram mais capacitada a combater o PtERV1, mas acabaram inibindo sua capacidade de enfrentar o HIV, o que indicaria que o gene antiviral funciona bem contra apenas um vírus de cada vez. Concluindo: a resistência ao PtERV1 teve um custo, uma vez que reduziu a resistência a outros retrovírus, como o HIV.
Fonte: Boletim FAPESP - www.agencia.fapesp.br

AIDS: Qual o teste usado para o diagnóstico da AIDS/SIDA?
O teste mais utilizado nas investigações diagnósticas, para detecção de anticorpos anti-HIV no organismo, é o Elisa. Ele procura no sangue do indivíduo os anticorpos que, naturalmente, o corpo desenvolve em resposta à infecção pelo HIV.
O resultado desse teste é rápido, mas, ocasionalmente, pode surgir um falso positivo (resultado positivo para o HIV, em uma pessoa não contaminada pelo vírus). Por isso, caso o resultado seja positivo, aconselha-se repetir o Elisa e, em seguida, fazer o teste de Western Blot para que não restem quaisquer dúvidas. O teste de Western Blot é mais sensível e define, com mais precisão, a presença de anticorpos anti-HIV no sangue. No entanto, como é mais complicado e exige condições técnicas mais avançadas, só é utilizado como confirmação do Elisa.
Os exames habituais (ELISA e Western-Blot) detectam anticorpos contra o HIV, produzidos pelo sistema imune do hospedeiro. Desta forma, existe um período (chamado de "janela imunológica") em que o indivíduo pode estar infectado, sem, no entanto, ter estabelecido ainda uma taxa de anticorpos em quantidade detectável. Assim, o indivíduo com infecção recente, ainda não detectável pelos exames habituais, pode transmitir o vírus, uma vez que esse já pode estar circulante no sangue e ser eliminado nas secreções. Além disso, na fase inicial da infecção, as taxas de vírus circulantes podem ser altas, uma vez que a resposta de defesa do hospedeiro ainda não está estruturada. O teste sorológico para AIDS pode ser realizado em laboratórios clínicos particulares. Porém o ideal é realizar o exame após consulta e aconselhamento médico.
Onde fazer o teste? É recomendável fazer o teste de aids em um Centro de Testagem e Aconselhamento CTA, onde ele é gratuito, pois estes centros petencem a rede pública de saúde.

Fonte : Ministério da Saúde

ACIDENTES E INTOXICAÇÕES





Acidentes e intoxicações: Intoxicações Humanas
Dados divulgados na semana passada pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (Sinitox) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam que 104.181 casos de intoxicação humana e cerca de 500 óbitos foram registrados em 2007 pelos Centros de Informação e Assistência Toxicológica em todo o país. Medicamentos (30,7%), animais peçonhentos (20,1%) e produtos de limpeza domiciliar (11,4%) foram os principais agentes que causaram intoxicações em humanos naquele ano. Com cerca de 25% do total de casos, as crianças menores de 5 anos se mantiveram como a faixa etária mais atingida. O Sinitox tem o objetivo de coordenar o processo de coleta, compilação, análise e divulgação dos casos de intoxicação e envenenamento no Brasil. Os casos são registrados pela Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat), por meio de 35 centros de informação e assistência toxicológica localizados em 18 estados brasileiros e no Distrito Federal. A região Sudeste registrou cerca de 46% dos casos de intoxicação humana, seguido da região Sul com cerca de 30%. De acordo com o Sinitox, as três maiores letalidades por agente tóxico foram observadas para os agrotóxicos de uso agrícola, drogas de abuso e raticidas. Por outro lado, a principal circunstância das intoxicações são os acidentes individuais, coletivos e ambientais, que são responsáveis por cerca de 55% do total de casos registrados, seguido da tentativa de suicídio e da atividade de ocupação.
Os dados do Sinitox alertam ainda que o sexo masculino apresenta o maior número de mortes por acidente com agrotóxicos de uso agrícola, com 112 registros em 2007, seguido pelas drogas de abuso (58), raticidas (26) e medicamentos (24). Para o sexo feminino, destacam-se os medicamentos, com 53 óbitos, agrotóxicos de uso agrícola (50) e raticidas (20). Dentre os quase 21 mil envenenamentos por animais peçonhentos registrados em 2007, os escorpiões contribuíram com quase 6 mil dos casos, seguidos por serpentes e aranhas. Os dados divulgados pelo Sinitox podem ser acessados no site do sistema e estão disponíveis em nível nacional ou por região.

Mais informações: www.fiocruz.br
Fonte: Boletim FAPESP - www.agencia.fapesp.br

Acidentes e Intoxicações: Importância dos assentos de segurança - cadeirinhas
Toda criança, viajando em um carro, sem usar uma cadeirinha, corre sério risco de se acidentar gravemente em caso de acidentes. Estatística realizada no ano de 2000 encontrou que mais de mil crianças entre zero e 14 anos morreram no Brasil em acidentes de trânsito. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, os acidentes de tráfego também estão entre os principais responsáveis pela morte de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos. Dados da Associação Brasileira de Acidentes e Medicina de Tráfego (Abramet) revelam que 33% das mortes de crianças com idade superior a 1 ano e 40% dos óbitos entre adolescentes são provocados por acidentes de tráfego. Isso se deve, sobretudo, porque, dois terços dos motoristas brasileiros não fazem uso de cinto e assentos de segurança para crianças. Não resta a menor dúvida, os assentos de segurança (as populares cadeirinhas) podem evitar lesões graves ou fatais durante um acidente. Elas têm se revelado um verdadeiro salva-vidas para proteção das crianças; podendo reduzir em até 71% o número de mortes entre as crianças de colo, em 54% entre aquelas de 1 a 3 anos e em 54% as mortes de crianças abaixo de 5 anos. Estudo estatístico mostrou que em 47% das mortes de crianças com menos de 5 anos, nenhum dispositivo de segurança estava sendo utilizado.
Desde 1998 o uso de dispositivos de segurança para crianças é obrigatório por lei. As chamadas cadeirinhas, só foram fabricadas no Brasil a partir de 1972.
Os menores de 10 anos devem ser transportados nos bancos traseiros e usar, individualmente, cinto de segurança ou sistema de retenção equivalente - ou seja, a cadeirinha.
Muitos perguntam como se traumatizam essas crianças nos desastres. A criança dentro do carro vai a mesma velocidade do carro, mas quando o carro para de repente, a criança continua a mover-se na mesma velocidade em que o carro estava. Com isso o tórax e a cabeça vão de encontro ao primeiro anteparo que encontra: o banco ou o pára-brisa ou o encosto do carro; qualquer dessas hipóteses será desastroso para ela.
Às vezes, a criança pode ser lançada para fora do carro através de uma janela ou do pára-brisas. Nessa situação, a probabilidade de morte aumenta significativamente. O que os assentos de segurança fazem é conter a criança em tais situações.
É preferível a criança estar presa por um assento de segurança dentro do carro, pois, quando ele parar ou mesmo diminuir abruptamente a velocidade, ela vai parar junto. E isso pode evitar lesões graves e até mortes.
Muitas mães acham seguro carregar a criança no colo, mas tal fato não é seguro, nem no banco traseiro, pois em caso de acidente a força que a criança exerce não é suportável para nenhum ser humano. Uma criança de 20 quilos representa uma força de quase uma tonelada nos braços de quem a estiver segurando.
Os cintos de segurança habituais, não são adequados para bebês e crianças pequenas. O seu uso só esta indicado para crianças com altura superior a 155 cm.
Mesmo essas crianças deverão ser transportadas no banco traseiro, de preferência presos por um cinto de 3 pontos.
Os levantamentos estatísticos mostraram que uma criança usando corretamente o cinto ou assentos de segurança tem uma chance de 71% de sobreviver a um acidente.
Mesmo em percursos curtos a cadeirinha é essencial.
É preciso que a cadeirinha seja de boa qualidade e que seja instalada corretamente.
É fundamental que as cadeirinhas estejam dentro das normas de qualidade e segurança e que possuam selo de qualidade.
Antes de instalar uma cadeirinha você deverá ler com cuidado o manual de instalação e fazê-la dentro das normais recomendadas.
As cadeirinhas do tipo "conchinha" devem ser posicionadas no sentido contrario ao movimento do carro, de costas para o pára-brisas.
Como acontece com o airbag, após um acidente a cadeirinha deverá passar por uma vistoria para aquilatar se foi avariada e se continuar oferecendo segurança. Nos casos em que o acidente foi em velocidade acima de 50 km?hora essa cadeirinha deve ser abandonada.

Há três tipos de assentos de segurança para os carros de passeio brasileiros.
  1. As conchinhas indicadas para crianças até 9 meses e peso até 10 quilos.
  2. Assentos reversíveis indicados para crianças de 9 meses até 4 anos e peso oscilando entre 9 e 20 quilos.
  3. Assentos elevatórios (boosters) - indicado para crianças entre 4 e 12 anos ou até 145 cm de altura.
As crianças com altura superior a 145 cm deverão sr acomodadas no banco de trás usando um cinto de 3 pontos.
É muito importante que sejam usadas cadeirinhas de acordo com a idade e o peso da criança.

Acidentes e Intoxicações: Aumento de acidentes com picadas de escorpião no Rio de Janeiro
Um estudo recém-concluído por pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na capital fluminense, aponta para um aumento considerável no número de casos de acidentes com escorpiões no Estado do Rio de Janeiro.
Os resultados mostram um crescimento de 88% no número de acidentes em relação aos dados do estudo anterior, que são de 2000. Os números do novo levantamento levaram os pesquisadores a concluir que "os acidentes com escorpiões são considerados um grande problema da saúde pública fluminense".
De acordo com a pesquisa, o Tityus serrulatus, conhecido como escorpião amarelo, é o mais comum nos casos de maior gravidade registrados não apenas no Rio de Janeiro, mas também na Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Goiás.
O fato de a população desse escorpião ser formada apenas por fêmeas, cuja reprodução se dá por partenogênese (independe do macho), pode explicar a sua expansão, segundo os cientistas da Fiocruz, que integraram o projeto Escorpionismo no Estado do Rio de Janeiro: aspectos epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos.
Além da grande incidência de ocorrências em determinadas regiões do Estado do Rio de Janeiro, a pesquisa da Fiocruz foi impulsionada pela potencialidade dos casos que têm ocasionado quadros graves, alguns deles fatais, principalmente em crianças.
A incidência foi destacada em um levantamento epidemiológico realizado anteriormente no Centro de Controle de Intoxicação (CCI), vinculado ao Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O trabalho também mostra a alta incidência de acidentes com escorpião envolvendo crianças: dos 29 casos graves atendidos no Hospital das Clínicas entre janeiro de 1994 e dezembro de 2005, 28 eram de pacientes com menos de 14 anos.
Ainda de acordo com o estudo da Fiocruz, os acidentes mais freqüentes ocorrem nos centros urbanos e a maioria das picadas se localiza nos membros superiores dos indivíduos. Além da intensa dor na hora da picada, as principais complicações são arritmias cardíacas e edema pulmonar, que podem levar a vítima ao óbito ainda que seja medicada a tempo. O projeto da Fiocruz foi financiado pelo Programa de Indução à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Icict e contou com a participação de uma equipe multidisciplinar formada por profissionais do próprio Icict, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da presidência da Fiocruz, do Instituto Vital Brazil e da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro.
Fonte: Boletim FAPESP - www.agencia.fapesp.br

Acidentes e Intoxicações: Picadas de formigas
Formigas são insetos que se organizam socialmente, pertencentes à ordem Hymenoptera, superfamília Formicoidea. Sua estrutura social é complexa, compreendendo inúmeras operárias e guerreiras (formas não capazes de reprodução) e rainhas e machos alados(com azas), que determinarão o aparecimento de novas colônias. Algumas espécies são portadoras de um aguilhão (ferrão) abdominal ligado a glândulas de veneno. A picada pode ser muito dolorosa e pode provocar complicações tais como anafilaxia, necrose e infecção secundária A subfamília Ponerinae inclui a Paraponera clavata, a formiga tocandira, cabo-verde ou formiga vinte-e-quatro-horas de cor negra, capaz de atingir 3 cm de comprimento e encontrada nas Regiões Norte e Centro-Oeste. Sua picada é extremamente dolorosa e pode provocar edema e eritema no local, ocasionalmente acompanhada de fenômenos sistêmicos(gerais). (calafrios, sudorese, taquicardia). As formigas de correição, gênero Eciton (subfamília Dorilinae), ocorrem na selva amazônica, são carnívoras e se locomovem em grande número, predando(atacando) pequenos seres vivos. Sua picada é pouco dolorosa. De interesse médico são as formigas da subfamília Myrmicinae, como as formigas-de-fogo ou lava-pés (gênero Solenopsis) e as formigas saúvas (gênero Atta). As formigas-de-fogo tornam-se agressivas e atacam em grande número se o formigueiro for perturbado. A ferroada é extremamente dolorosa e uma formiga é capaz de ferroar 10-12 vezes, fixando suas mandíbulas na pele e ferroando repetidamente em torno desse eixo, o que leva a uma pequena lesão dupla no centro de várias lesões pustulosas. As espécies mais comuns são a Solenopsis invicta, a formiga lava-pés vermelha, originária das Regiões Centro-Oeste e Sudeste (particularmente o Pantanal Mato-Grossense) e a Solenopsis richteri, a formiga lava-pés preta, originária do Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. A primeira é responsável pelo quadro pustuloso clássico do acidente. O formigueiro do gênero tem características próprias: possui inúmeras aberturas e a grama próxima não é atacada, podendo haver folhas de permeio à terra da colônia.As saúvas, comuns em todo o Brasil, podem produzir cortes na pele humana com as potentes mandíbulas.O veneno da formiga lava-pés (gênero Solenopsis) é produzido em uma glândula conectada ao ferrão e cerca de 90% é constituído de alcalóides oleosos, onde a fração mais importante é a Solenopsin A, de efeito citotóxico. Menos de 10% têm constituição protéica, com pouco efeito local, mas capaz de provocar reações alérgicas em determinados indivíduos. A morte celular provocada pelo veneno promove diapedese de neutrófilos no ponto da ferroada. Imediatamente após a picada, forma-se uma pápula urticariforme de 0,5 a 1,0 cm no local. A dor é importante, mas, com o passar das horas, esta cede e o local pode se tornar pruriginoso. Cerca de 24 horas após, a pápula dá lugar a uma pústula estéril, que é reabsorvida em 7 a 10 dias. Acidentes múltiplos são comuns em crianças, alcoólatras e incapacitados, pois pouco reagem ao ataque e nem fogem do local onde estão sendo atacados. Pode haver infecção secundária das lesões, causada pelo rompimento da pústula pelo ato de coçar. Processos alérgicos em diferentes graus podem ocorrer, sendo inclusive causa de óbito. O paciente atópico é mais sensível. Infecção secundária é mais comum, podendo ocorrer abscessos, celulites, erisipela.O diagnóstico é basicamente clínico.O tratamento do acidente por Solenopsis sp (lava-pés) deve ser feito pelo uso imediato de compressas frias locais, seguido da aplicação de corticóides tópicos.A analgesia(diminuição da dor) pode ser feita com paracetamol e há sempre a indicação do uso de anti-histamínicos por via oral. Acidentes maciços ou complicações alérgicas têm indicação do uso de prednisona, 30 mg, por via oral, diminuindo-se 5 mg a cada 3 dias, após a melhora das lesões. Anafilaxia ou reações respiratórias do tipo asmático são emergências que devem ser tratadas prontamente.Em todas essas eventualidades é necessário um socorro urgente.
Fonte: Boletim FAPESP - www.agencia.fapesp.br

Acidentes e Intoxicações: Picadas de aranhas
De 2001 a 2005, os acidentes com picadas de aranhas aumentaram 350% no Estado do Rio de Janeiro, passando de 46 para 207 casos registrados por ano. Os números estão em pesquisa coordenada pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O trabalho, que teve o objetivo de acompanhar a evolução dos acidentes com animais peçonhentos no estado, utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.
“Consideramos apenas animais de importância médica, ou seja, espécies que podem gerar acidentes graves, como a aranha-marrom (Loxosceles intermedia) ou a aranha-armadeira (Phoneutria nigriventer)”, disse a coordenadora do trabalho, Rosany Bochner, à Agência FAPESP.
Segundo a pesquisadora, a maior parte das aranhas encontradas no país não tem importância médica. “Muitas vivem em residências próximas ao homem, sem nenhum perigo para a saúde da população”, afirmou.
“Mesmo com o aumento expressivo dos acidentes com aranhas, as serpentes permanecem na liderança em números absolutos, sendo responsáveis por mais da metade dos acidentes com animais peçonhentos no Rio de Janeiro”, explicou Rosany. Em seguida vêm os escorpiões, que causam um em cada quatro acidentes entre os peçonhentos, e as aranhas.
Os acidentes com aranhas passou de 8% para 19% dos casos entre 2001 e 2005.
Explicações possíveis
Rosany Bochner aponta algumas hipóteses que podem explicar esse cenário. “Uma delas é a melhoria na qualidade das notificações de casos por parte do Ministério da Saúde, que pode ter contribuído para o registro de acidentes com animais peçonhentos”, disse.
Mudanças ambientais, decorrentes da urbanização desordenada e do desflorestamento, também podem estar selecionando espécies de aranhas, de modo a ampliar populações de animais que causam acidentes.
O estudo Perfil dos acidentes por animais peçonhentos no Estado do Rio de Janeiro no período de 2001 a 2005, que contou com a participação de pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), do Instituto Vital Brazil e da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, foi um dos trabalhos premiados no 43º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, que ocorreu em março na cidade de Campos do Jordão (SP).
Baseado em artigo de Thiago Romero.
Fonte: Boletim FAPESP - www.agencia.fapesp.br


Acidentes e Intoxicações: Picada de abelha
As abelhas de origem alemã chamadas de Europa foram introduzidas no Brasil em 1839. 31 anos após(1870), foram trazidas as abelhas chamadas italianas. Essas duas subespécies foram levadas e distribuídas principalmente no sul do Brasil. Somente por volta de 1956, foram introduzidas as abelhas chamadas africanas. A mistura entre as abelhas africanas e aquelas duas de origem européia, deu as chamadas abelhas africanizadas que, hoje, dominam toda a América do Sul, a América Central e parte da América do Norte.
Houve um deslocamento muito rápido dessas abelhas no norte e nordeste devido ao clima seco e mais lento no centro e sudeste. O veneno da abelha africana é uma mistura complexa de substâncias químicas com atividades tóxicas como: enzimas (hialuronidases e fosfolipases), peptídeos ativos (melitina e a apamina), aminas (histamina e serotonina) entre outras. A fosfolipase A2, o principal alérgeno, e a melitina representam aproximadamente 75% dos constituintes químicos do veneno. São agentes bloqueadores neuromusculares. Podendo provocar paralisia respiratória, possuem poderosa ação destrutiva sobre membranas biológicas, como por exemplo, sobre as hemácias, produzindo hemólise. A apamina representa cerca de 2% do veneno total e se comporta como neurotoxina de ação motora. O cardiopeptídeo, não tóxico, tem ação semelhante às drogas beta adrenérgicas e demonstra propriedades antiarrítmicas. O peptídeo MCD, fator degranulador de mastócidos, é um dos responsáveis pela liberação de histamina e serotonina no organismo dos animais picados.As reações desencadeadas pela picada de abelhas são variáveis de acordo com o local e o número de ferroadas, variando conforme as características e o passado alérgico do indivíduo atingido.As manifestações clínicas podem ser: alérgicas (mesmo com uma só picada) e tóxicas (múltiplas picadas).Habitualmente, após uma ferroada, há dor aguda local, que tende a desaparecer espontaneamente em poucos minutos, restando no local vermelhidão, prurido e edema por várias horas ou dias. A intensidade desta reação inicial causada por uma ou múltiplas picadas deve alertar para um possível estado de sensibilidade e exacerbação de resposta às picadas subseqüentes. As manifestações regionais são de início lento. Além do eritema e prurido, o edema flogístico evolui para enduração local que aumenta de tamanho nas primeiras 24-48 horas, diminuindo gradativamente nos dias subseqüentes. Podem ser tão exuberantes a ponto de limitarem a mobilidade do membro. Menos de 10% dos indivíduos que experimentaram grandes reações localizadas apresentarão a seguir reações sistêmicas.
Manifestações sistêmicas: Apresentam-se como manifestações clássicas de anafilaxia, com sintomas de início rápido, 2 a 3 minutos após a picada. Além das reações locais, podem estar presentes sintomas gerais como cefaléia, vertigens, calafrios, agitação psicomotora, sensação de opressão torácica e outros sintomas e sinais.
Manifestações tegumentares: prurido generalizado, eritema, urticária e angioedema.
Manifestações respiratórias: rinite, edema de laringe e árvore respiratória, trazendo como conseqüência dispnéia, rouquidão, estridor e respiração asmatiforme. Pode haver bronco-espasmo.
Manifestações digestivas: prurido no palato ou na faringe, edema dos lábios, língua, úvula, epiglote, alem de disfagia, náuseas, cólicas abdominais ou pélvicas, vômitos e diarréia.
Manifestações cardiocirculatórias: a hipotensão é o sinal maior, manifestando-se por tontura ou insuficiência postural até colapso vascular total. Podem ocorrer palpitações e arritmias cardíacas e, quando há lesões preexistentes (arteriosclerose), infartos isquêmicos no coração ou cérebro.
Manifestações alérgicas tardias, com relato de raros casos de reações alérgicas que ocorrem vários dias após a(s) picada(s) e se manifestaram pela presença de artralgias, febre e encefalite, quadro semelhante à doença do soro.
Manifestações tóxicas: Nos acidentes provocados por ataque múltiplo de abelhas (enxame) desenvolve-se um quadro tóxico generalizado denominado de síndrome de envenenamento, por causa da grande quantidade de veneno inoculado. Além das manifestações já descritas, há dados indicativos de hemólise intravascular e rabdomiólise. Alterações neurológicas como torpor e coma, hipotensão arterial, oligúria/anúria e insuficiência renal aguda podem ocorrer.
Complicações: As reações de hipersensibilidade podem ser desencadeadas por uma única picada e levar o acidentado à morte, em virtude de edema de glote ou choque anafilático. Na síndrome de envenenamento, descrita em pacientes que geralmente sofreram mais de 500 picadas, distúrbios graves hidroeletrolíticos e do equilíbrio ácido-base, anemia aguda pela hemólise, depressão respiratória e insuficiência renal aguda são as complicações mais freqüentemente relatadas.
Remoção dos ferrões: Nos acidentes causados por enxame, a retirada dos ferrões da pele deverá ser feita por raspagem com lâminas e não pelo pinçamento de cada um deles, pois a compressão poderá espremer a glândula ligada ao ferrão e inocular no paciente o veneno ainda existente.
Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica.

Acidentes e Intoxicações: Como transportar uma criança em veículo automotor
A legislação brasileira já estabeleceu de maneira clara as normas para o transporte de crianças em veículos automotores. Considera-se infração gravíssima o transporte de menores de 10 anos no banco dianteiro, o mesmo acontecendo para o transporte de menores de 7 anos em motocicletas. Inúmeras são as dúvidas sobre a maneira correta de transportar uma criança. Faremos um sumário do que se considera correto e os riscos quando não seguimos essas recomendações.
Como transportar um bebe que ainda não senta? Deverá ser transportado no banco de trás, preferencialmente deitado em um berço de lona (moisés) , berço esse fixado ao banco por amarras. Se a criança já senta, deverá ser colocado em cadeiras fixas no banco de trás. O melhor tipo de cadeira é aquela que possui cinto de cinco pontas. Essas cadeiras deverão poder reclinar-se para que propicie uma posição reconfortavas para a criança dormir. As cadeiras que são fixas por alças no banco podem soltar-se em movimentos bruscos.. O ideal é fixar a cadeira com o encosto virado para o banco dianteiro. Nunca durante a viagem dar para a criança qualquer objeto ou alimento que possa ser aspirado durante um acidente.. Se a criança já é maiorzinha e a cabeça fica sobrando acima do encosto da cadeirinha, o melhor é colocá-la sentada no banco, sobre uma almofada e fixada com o cinto.
Quando a criança é maior, deverá continuar viajando no banco de trás, utilizando o cinto de segurança. Nunca nem em manobras a criança menor deverá ser colocada no banco da frente. Uma pergunta constante é sobre até que idade uma criança deverá viajar sentada sobre uma almofada para ficar mais elevada. As crianças até adquirirem um metro e quarenta centímetros deverão ficar sentadas em almofadas para elevá-las. Nunca esquecer de travas as portas traseiras do veículo. Nunca permitir que as crianças coloque objetos ou parte do corpo para fora do veículo, através das janelas. Se a viagem for longa, fazer paradas para que a criança possa se mover mais livremente e descansar da viagem.

Acidentes e Intoxicações: Onde acontecem os acidentes
Erradamente muitos pensam que a casa ou o apartamento seja um local seguro e onde pouco acontecem os acidentes. Enganam-se. É justamente dentro de casa, dos apartamentos, nos quintais e nas áreas de circulação dos prédios é que mais acontecem os acidentes.
A guarda de produtos de limpeza nas áreas de serviço ou nas dispensas da casa, apresentando quase sempre embalagens coloridas e que chamam a atenção, podem provocar acidentes pela ingestão dos mesmos. Os produtos de limpeza são responsáveis por aproximadamente 20% dos casos de intoxicação na criança. Outro local onde na maioria das vezes os acidentes ocorrem é na cozinha.
Algumas estatísticas mostram que perto de 80% dos acidentes domésticos acontecem na cozinha, Dentre os acidentes mais graves chamamos a atenção para as queimaduras com água fervente ou óleo fervente. Muitas vezes o cabo das panelas fica ao alcance da criança pequena que passa ao lado do fogão. Ainda na cozinha temos que ter todo o cuidado com os locais aonde são guardados os talheres, principalmente quando entre eles encontramos facas afiadas. As modernas gavetas são facilmente abertas até por crianças abaixo de dois anos. Este fato poderá ser evitado se instalarmos nas gavetas travas. A maior profilaxia é manter as crianças afastadas da cozinha, com a instalação de uma portinhola que empeça a passagem das mesmas. A maioria dos acidentes na cozida acontecem durante o preparo das refeições. Na sala é comum a criança escorregar ou tropeçar em tapetes, contundir-se na quina das mesas, onde existirem escadas colocar porta para vedar a passagem das crianças antes dos quatro anos. Quando formos trocar as fraldas das crianças, mantê-las na cama e não sobre mesas. As camas deverão apresentar grades reguláveis para evitar queda; e quando a criança adquirir altura que podem passar por cima das grades, abaixa-las. As tomadas de eletricidade deverão ser protegidas por tampas especiais. Os acidentes com a introdução dos dedos nas tomadas são freqüentes e pode causar sérios danos. Os remédios deverão ser guardados em locais longe do alcance da criança e bem fechados. Os acidentes com remédios são mais freqüentes nas casas de médicos e de enfermei tos, pois são casas que frequentemente se guardam muitos medicamentos, em uso ou a serem usados. Quando existir espelho no quarto, sala ou banheiro, evitar que perto destes espelhos existam objetos que poderão quebrá-los, pois as crianças gostam de ficar defronte os espelhos. Os objetos miúdos como botões, contas, rolhas, pregos, taxinhas não deverão ficar ao alcance, pois com facilidade são levados a boca e poderão ser aspirados criando graves problemas respiratórios. Isso é válido para os brinquedos que desprendem partes pequenas dos mesmos. Nunca deixar ao alcance da criança sacos plásticos, pois poderão ser colocados na cabeça e provocar sufocação. Os sacos plásticos que costumam ser guardados o deverão ser em uma altura que impeça o alcance das crianças. Enfim é preferível evitarmos o acidente do que socorrer a criança posteriormente.


Acidentes e Intoxicações: Na infância entre 7 e 12 meses
A cada idade os riscos com os acidentes vai se modificando, adquirindo peculliaridades daquele período etário. Em virtude disto, em cada idade os cuidados vão se modificando. Deveremos sempre manter remédios e tóxicos longe do alcance das mãos, pois tudo que estiver ao alcance das mãos será levado a boca. Alfinetes, agulhas, botões, pequenos objetos, não deverão ficar ao alcance do bebe.
Não deixar a toalha de mesa pendendo nos cantos da mesa, pois a criança poderá puxar e tudo cairá sobre ela.
Líquidos e alimentos quentes deverão ficar no centro da mesa, para não serem alcançados pela criança.
Se não puder ficar de olho na criança o melhor é colocá-la em um cercado.
Entre 1 e 2 anos os cuidados serão distintos..
Evitar quedas, colocar portões de segurança nas escadas, rede nas sacadas e varandas, grades ou redes nas janelas.
As portas de automóveis deverão ter travas fora do alcance da criança.
As portas que dão saída para a rua ou áreas perigosas, deverão estar bem fechadas.
As tomadas de eletricidade deverão estar tampadas. Substâncias venenosas, os tóxicos, água sanitária, detergentes etc. deverão estar fora do alcance da criança.
As piscinas por menor que sejam deverão ser cercadas ou tampadas quando sem supervisão de adulto.
A cozinha é sempre o lugar preferido das crianças nesta idade, mas é o local de ocorrência da maioria dos acidentes. Colocar portão baixo vedando a passagem das crianças para a cozinha.
Evitar brinquedos com peças facilmente removíveis, pois poderão ser retiradas e engolidas ou aspiradas.

cidentes e Intoxicações: Como evitar acidentes com brinquedos
É fundamental que tenhamos todo o cuidado com os brinquedos oferecidos para nossas crianças. O INMETRO-Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, realiza testes dando certificado de garantia aos mesmos. Os brinquedos são analisados sob os mais variados aspectos. Chega a quase 100 o número de testes efetuados pelo INMETRO.
Quanto aos aspectos de segurança, o Brasil é mais exigente do que os Estados Unidos e Europa. As normas para aprovação nos Estados Unidos e na Europa, apresentam um nível de exigência bem menor para os brinquedos de vinil e os sonoros. Quando o brinquedo é estrangeiro, para que possa ser comercializado no Brasil, precisa apresentar o certificado do pais de origem ou amostras para realização de testes no Brasil.
O relatório elaborado no exterior pode ser reconhecido pelo INMETRO. Quando se tratar de brinquedo de vinil ou que emita sons o teste vindo do exterior não é suficiente.
Os brinquedos contrabandeados ou piratas, encontrados no mercado clandestino, normalmente não possuem o selo do INMETRO. Os bichinhos de pelúcia devem ter o seu enchimento livre de impurezas. Fibra sintética ou de algodão são os melhores, pois mesmo que eventualmente sejam deglutidas pelas crianças, não causarão maiores problemas. De qualquer forma, as costuras devem ser firmes o suficiente para não se romperem. É importante também que os brinquedos não soltem pêlos. O principal é evitar que os brinquedos não se fragmentem com o manuseio. Nos brinquedos que se movem por ação de pilhas, o local onde as mesmas são colocadas, deverá ser de difícil abertura, evitando que as crianças possam ingerir as pilhas ali contidas.
Os denominados brinquedo educativos, formados por blocos de montar, precisam que os blocos tenham um tamanho que impeça a sua colocação na boca e eventual deglutição.
Elementos como chumbo, cromo e mercúrio, que podem fazer parte da composição dos brinquedos, poderão acarretar intoxicações. Os brinquedos para morder, quando feitos a base de PVC, necessitam testes especiais.
Os “móbiles” precisam de cuidados especiais, ao serem construídos não poderão romper-se ou soltar-se com facilidade. Uma parte sendo desprendida poderá ser ingerida ou aspirada pela criança. Enfim os brinquedos para serem entregues para as crianças precisam ser bem avaliados pêlos adultos, para que uma distração não se transforme em grave acidente.

Acidentes e Intoxicações: Influência da idade.

Precauções com as crianças de 1 a 2 anos.
1 - Muito cuidado com as quedas de sacadas, portões, escadas, janelas de casa e de carro.
2 - Cuidado com as traves nas portas dos automóveis.
3 - Cuidado com as portas da rua, deverão ser trancadas para evitar que saiam.
4 - As tomadas de eletricidade deverão ser bloqueadas.
5 - Não deixar ao alcance da criança, medicamentos, inseticidas, detergentes, repelentes, etc.
6 - Muito cuidado com as piscinas, que deverão ser bem cercadas ou mesmo cobertas na ausência de um adulto para fiscalizar. Não deixar a criança sozinha no banheiro, pois poderá ter acesso a água quente e queimar-se.
7 - Colocar um pequeno portão na passagem para a cozinha, pois os acidentes nesta área são extremamente comuns e graves.
8 - Não deixar ao alcance das crianças, facas, objetos pontiagudos, fósforo, acendedores, álcool ou qualquer outra substância que possa provocar combustão.

Precauções com as crianças entre 2 e 3 anos.
1 - Iniciar o treinamento para mostrar os riscos na rua, evitar deixar objetos jogados pela casa. Concientizar a criança ao atravessar a rua.
2 - Ainda é importante que os brinquedos não se desfaçam com facilidade propiciando partes pequenas que podem ser levados a boca.
3 - Ensinar a criança as brincadeiras mais simples.
4 - Não deixar ao relento os objetos de jardinagem ou carpintaria, pois o menor poderá ter acesso a eles e se ferir.

Precauções com as crianças entre 3 e 5 anos.
1 - Os bons hábitos de segurança devem ser ensinados nesta idade.
2 - Mostrar como usar objetos da cozinha.
3 - Observar bem os terrenos e locais onde a criança brinca, evitar locais potencialmente perigosos e fáceis para o menor se acidentar.
4 - Continuar mantendo vigilância sobre objetos cortantes, pontiagudos ou substâncias tóxicas,pois se existirem em casa deverão ficar bem fechadas e fora do alcance da criança.
5 - Na fase de andar de bicicleta tomar cuidado com atropelamentos. Nunca levá-la para andar na rua.
4 - Cuidado com as quedas de telhados, árvores, janelas, escadas.

Precauções na pré-adolescência e na adolescência.
Nesta fase o jovem se sente adulto, forte, com grande impulsividade, tendência aventureira, sofre muito a influência de seu grupo. Nesta fase as principais causas são as agressões físicas, acidentes esportivos, afogamento, uso de drogas, acidente de trabalho e acidentes de tráfico. A nossa precaução nesta fase é tentarmos sempre dialogar, incutir o respeito pelo próximo, o amor a vida, dar exemplo de precaução, enfim dar a este adolescente apoio bio-psico-social.

Acidentes e Intoxicações: Aspectos gerais
Tanto o número de acidentes, como de intoxicações têm crescido entre as crianças e adolescentes, tanto nos países desenvolvidos como entre os em desenvolvimento. A providência principal no combate aos acidentes, é a sua profilaxia. Através de estudos da incidência nas várias idades, vamos mapeando as principais causas e procurando evitá-las. Assim a cada idade costuma ocorrer, de maneira bem delimitada, determinados tipos de acidentes e de intoxicações. Por essa razão deveremos abordar os acidentes sempre em função do período etário destas crianças. Até os 4 meses os principais acidentes ocorrem por afogamento ou queimaduras na hora do banho, sufocação com roupas e lençóis, quedas do berço ou de mesas. Entre 4 e 6 meses: Aspiração de pequenos objetos, queimaduras com água fervente, deglutição e ou aspiração de parte de brinquedos. Entre 7 e 12 meses: ingestão acidental de remédios e tóxicos, aspiração ou deglutição de pequenos objetos, puxar a toalha de mesa e se ferir ou queimar com o conteúdo contido sobre ela. Entre 1 e 2 anos: quedas, ingestão de drogas e remédios, afogamento em piscina caseira. Entre 2 e 3 anos: atropelamentos em rua, acidente com fósforos, lesões com facas e objetos pontiagudos. Entre 3 e 5 anos: queda de árvores e muros, acidentes com utensílios de cozinha. No período escolar, os acidentes freqüentes costumam ocorrer durante as brincadeiras ou jogos, sufocação com saco plástico. Dentre as intoxicações a ingestão de drogas destinadas a exterminar moscas, formigas, e outros insetos bem como medicamentos e álcool. Na adolescência, principalmente devido ao arrojo da idade, são os acidentes de trânsito os grandes algozes. Nas intoxicações em quase todas as idades, é mais freqüente, a ingestão exagerada des medicamentos que apresentam bom sabor, ingestão de tóxicos colocados em vasilhames de refrigerantes, ingestão de plantas toxicas existentes nos vasos e jardins (“comigo ninguém pode”). Nessa sessão estaremos sempre abordando os vários tipos de intoxicações e de acidentes bem como as medidas mais práticas para evitá-los, e quando ocorridos, quais os primeiros socorros até que o atendimento médico seja prestado.

FONTE: http://www.pediatriaseculoxxi.net/