ENFERMAGEM, CIÊNCIAS E SAÚDE

Gerson de Souza Santos - Bacharel em Enfermagem, Especialista em Saúde da Família, Mestrado em Enfermagem, Doutorado em Ciências da Saúde - Universidade Federal de São Paulo. Atualmente professor do Curso de Medicina do Centro Universitário Ages - Irecê-Ba.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sistema Endócrino e Hormônios


O sistema endócrino é constituído por um grupo de órgãos (algumas vezes referidos como glândulas de secreção interna) cuja função principal é produzir e secretar hormônios diretamente no interior da corrente sangüínea. Os hormônios atuam como mensageiros para coordenar atividades de várias partes do corpo.

Glândulas Endócrinas

Os principais órgãos do sistema endócrino são o hipotálamo, a hipófise, a tireóide, as paratireóides, os testículos e os ovários. Durante a gravidez, a placenta também atua como uma glândula endócrina além de suas outras funções. O hipotálamo secreta vários hormônios que estimulam a hipófise: alguns desencadeiam a liberação de hormônios hipofisários e outros a suprimem. Algumas vezes, a hipófise é denominada glândula mestra por controlar muitas funções de outras glândulas endócrinas. Alguns hormônios hipofisários produzem efeitos diretos, enquanto outros simplesmente controlam a velocidade com que outros órgãos endócrinos secretam seus hormônios. A hipófise controla a velocidade de secreção de seus próprios hormônios através de um circuito de retroalimentação (feedback) no qual as concentrações séricas (sangüíneas) de outros hormônios endócrinos a estimulam a acelerar ou a alentecer sua função. Nem todas as glândulas endócrinas são controladas pela hipófise. Algumas respondem de modo direto ou indireto às concentrações de substâncias presentes no sangue:
• As células pancreáticas secretoras de insulina respondem à glicose e aos ácidos graxos.
• As células paratireoídeas respondem ao cálcio e ao fosfato.
• A medula adrenal (parte da glândula adrenal) responde à estimulação direta do sistema nervoso parassimpático. Muitos órgãos secretam hormônios ou substâncias similares aos hormônios, mas, geralmente, eles não são considerados parte do sistema endócrino. Alguns desses órgãos produzem substâncias que atuam somente na área próxima de sua liberação, enquanto outros não secretam seus produtos na corrente sangüínea. Por exemplo, o cérebro produz muitos hormônios cujos efeitos são limitados basicamente ao sistema nervoso.

Principais Glândulas Endócrinas

Hormônios

Os hormônios são substâncias liberadas na corrente sangüínea por uma glândula ou órgão e que afetam a atividade de células de um outro local. Em sua maioria, os hormônios são proteínas compostas de cadeias de aminoácidos de comprimento variável. Outros são esteróides, substâncias gordurosas derivadas do colesterol. Quantidades muito pequenas de hormônios podem desencadear respostas muito grandes no organismo. Os hormônios ligam-se aos receptores localizados sobre a superfície da célula ou no seu interior. A ligação de um hormônio a um receptor acelera, reduz ou altera a função celular de uma outra maneira. Em última instância, os hormônios controlam a função de órgãos inteiros. Eles controlam o crescimento e o desenvolvimento, a reprodução e as características sexuais. Eles influenciam a maneira como o organismo utiliza e armazena a energia. Além disso, os hormônios controlam o volume de líquido e as concentrações de sal e de açúcar no sangue. Alguns hormônios afetam somente um ou dois órgãos, enquanto outros afetam todo o organismo. Por exemplo, o hormônio estimulante da tireóide é produzido na hipófise e afeta apenas a tireóide. Em contraste, o hormônio tireoidiano é produzido na tireóide, mas afeta células de todo o organismo. A insulina, produzida pelas células das ilhotas pancreáticas, afeta o metabolismo da glicose, das proteínas e das gorduras em todo o organismo.

Controles Endócrinos

Quando as glândulas endócrinas funcionam mal, as concentrações séricas dos hormônios podem tornar-se anormalmente altas ou baixas, alterando as funções orgânicas. Para controlar as funções endócrinas, a secreção de cada hormônio deve ser regulada dentro de limites precisos. O organismo precisa detectar a cada momento a necessidade de uma maior ou menor quantidade de um determinado hormônio. O hipotálamo e a hipófise secretam seus hormônios quando detectam que a concentração sérica de um outro hormônio por eles controlado encontra-se muito alta ou muito baixa. Os hormônios hipofisários então circulam na corrente sangüínea para estimular a atividade de suas glândulas alvo. Quando a concentração sérica do hormônio alvo é a adequada, o hipotálamo e a hipófise deixam de produzir hormônios, uma vez que eles detectam que não há mais necessidade de estimulação. Este sistema de retroalimentação regula todas as glândulas que se encontram sob controle hipofisário.

Principais Hormônios


Hormônio Onde é Produzido Função

Aldosterona
Adrenais
Ajuda na regulação do equilíbrio do sal e da água através de sua retenção e da excreção do potássio

Hormônio antidiurético (vasopressina)
Hipófise
Faz com que os rins retenham água e, juntamente com aldosterona, ajuda no controle da pressão arterial

Corticosteróide
Adrenais
Produz efeitos disseminados por todo o organismo; em especial, tem uma ação antiinflamatória; mantém a concentração sérica de açúcar, a pressão arterial e a força muscular; auxilia no controle do equilíbrio do sal e da água

Corticotropina
Hipófise
Controla a produção e a secreção de hormônios do córtex adrenal

Eritropoietina
Rins
Estimula a produção de eritrócitos

Estrogênios
Ovários
Controla o desenvolvimento das características sexuais e do sistema reprodutivo femininos

Glucagon
Pâncreas
Aumenta a concentração sérica de açúcar

Hormônio do crescimento
Hipófise
Controla o crescimento e o desenvolvimento; promove a produção de proteínas

Insulina
Pâncreas
Reduz a concentração sérica de açúcar; afeta o metabolismo da glicose, das proteínas e das gorduras em todo corpo

Hormônio luteinizante e hormônio folículoestimulante
Hipófise
Controlam as funções reprodutoras, como a produção de espermatozóides e de sêmen, a maturação dos óvulos e os ciclos menstruais; controlam as características sexuais masculinas e femininas (p.ex., a distribuição dos pêlos, a formação dos músculos, a textura e a espessura da pele, a voz e, talvez, os traços da personalidade)

Ocitocina
Hipófise
Produz contração da musculatura uterina e dos condutos das glândulas mamárias

Paratormônio (hormônio paratireoídeo)
Paratireóides
Controla a formação óssea e a excreção do cálcio e do fósforo

Progesterona
Ovários
Prepara o revestimento do útero para a implantação de um ovo fertilizado e prepara as glândulas mamárias para a secreção de leite

Prolactina
Hipófise
Inicia e mantém a produção de leite das glândulas mamárias

Renina e angiotensina
Rins
Controlam a pressão arterial

Hormônio tireoidiano
Tireóide
Regula o crescimento, a maturação e a velocidade do metabolismo

Hormônio estimulante da tireóide
Hipófise
Estimula a produção e a secreção de hormônios pela tireóide

Determinados hormônios que são controlados pela hipófise variam de acordo com programas previstos. Por exemplo, o ciclo menstrual de uma mulher envolve flutuações mensais da secreção do hormônio luteinizante e hormônio folículoestimulante pela hipófise. Os hormônios ovarianos (os estrogênios e a progesterona) também apresentam flutuações mensais. Ainda não está claro como o hipotálamo e a hipófise controlam esses biorritmos. No entanto, sabe-se com certeza que os órgãos respondem a algum tipo de relógio biológico. Existem outros fatores que também estimulam a produção de hormônios. A prolactina, um hormônio secretado pela hipófise, faz com que as glândulas mamárias produzam leite. O lactente, ao sugar o mamilo, estimula a hipófise a secretar mais prolactina. A sucção também aumenta a secreção de ocitocina, a qual provoca a contração dos canais lactíferos, conduzindo o leite até o mamilo para alimentar o lactente. As glândulas que não são controladas pela hipófise (p.ex., ilhotas pancreáticas e paratireóides) possuem seus próprios sistemas para determinar quando é necessária uma maior ou uma menor secreção. Por exemplo, a concentração de insulina aumenta logo após as refeições, pois o organismo precisa processar os açúcares dos alimentos. Entretanto, se a concentração de insulina permanecesse elevada, a concentração sérica de açúcar diminuiria perigosamente. Outras concentrações hormonais variam por razões menos óbvias. As concentrações de corticosteróides e do hormônio do crescimento são mais elevadas pela manhã e mais baixos no meio da tarde. As razões dessas variações diárias não são totamente conhecidas.

A Função dos Transmissores


Embora todas as células respondam aos transmissores e a maioria delas os produzam, os seus efeitos são comumente agrupados em três sistemas principais (o nervoso, o imune e o endócrino) essenciais para a coordenação das atividades do organismo. Esses três sistemas têm muito em comum e cooperam entre si. Seus transmissores são compostos por proteínas ou derivados das gorduras. Alguns transmissores percorrem somente uma curta distância (inferior a 2,5 cm), enquanto outros percorrem distâncias consideráveis através da corrente sangüínea para atingirem seus alvos. Os transmissores ligam-se às suas célulasalvo utilizando proteínas receptoras específicas localizadas sobre a superfície celular ou no interior da célula. Alguns transmissores alteram a permeabilidade das membranas celulares para determinadas substâncias (p.ex., a insulina altera o transporte da glicose através das membranas celulares). Outros transmissores, como a adrenalina (epinefrina) e o glucagon, alteram a atividade de seus receptores, fazendo com que eles produzam outras substâncias que atuam como transmissores secundários. Eles afetam a atividade do material genético da célula, alterando a produção celular de proteínas ou a atividade das proteínas que já se encontram no interior da célula. O efeito de um transmissor específico depende de seu local de secreção. Por exemplo, a noradrenalina (norepinefrina) eleva a pressão arterial quando as adrenais a secretam no sangue. No entanto, quando ela é liberada no sistema nervoso, a noradrenalina estimula apenas a atividade das células nervosas próximas, sem afetar a pressão arterial.
fonte: manual Merck

GENÉTICA


Genes Letais: derrubam a proporção de Mendel 1 : 2 : 1 .( Muitas vezes as proporções não eram de acordo com Mendel , corretas .Chegou-se a conclusão de que havia raramente , uma combinação letal entre os genes .).Para cada cruzamento só existe uma combinação letal .

Herança Intermediária
A herança intermediária é o tipo de dominância em que o indivíduo heterozigoto exibe um fenótipo diferente e intermediário em relação aos genitores homozigotos.Vejamos os seguintes exemplos:

Exemplo 1. A planta ""maravilha"" (Mirabilis jalapa) apresenta duas variedades básicas para a coloração das flores: a variedade Alba(com flores brancas) e a variedade rubra (com flores vermelhas). chamando o gene que condiciona flores brancas de B e o gene para flores vermelhas de V, o genótipo de uma planta com flores brancas é BB, e o genótipo de uma planta com flores rubras é VV. Cruzando-se esses dois tipos de plantas (VV X BB), os descendentes seram todos VB; as flores dessas plantas (VB) serão rosas, isto é, exibirão um fenótipo intermediário em relação aos fenótipos paternais(flores vermelhas e brancas).

Exemplo 2. Nas galinhas de raça andaluza, o cruzamento de um galo de plumagem preta (PP) com uma galinha de plumagem branca(BB) produz descendentes com plumagem azulada (PB). Percebe-se então que a interação do gene para a plumagem preta(P) com o gene para plumagem branca(B) determina o surgimento de um fenótipo intermediário (plumagem azulada).

Co-dominância
A co-dominância é o tipo de ausência de dominância em que o indivíduo heterozigoto expressa simultaneamente os dois fenótipos paternos. Como exemplo podemos considerar da cor da pelagem em bovinos da raça Shorthon: os indivíduos homozigotos AA tem pelagem vermelha; os homozigotos BB tem pelagem branca;e os heterozigotos AB têm pêlos brancos e pêlos vermelhos alternadamente distribuídos.

Alelos Múltiplos : Atrás de um determinado fenótipo ha mais de um par de alelos .Eles obedecem as proporções mendelianas.

Tomemos como exemplo a cor da pelagem dos coelhos .
> = domina
Cch > Ch > Cc > Ca > c

Um só par entra na constituição do genótipo do coelho ( cada indivíduo tem 2 alelos ).
Os alelos múltiplos tem uma seqüência de dominância .

Grupos sangüíneos ( caso de alelos múltiplos ):
- Se tiver mais de dois genes é um caso de alelos múltiplos ;
- Se tiver mais de dois fenótipos pode ser um caso de herança sem dominância .

Sistema ABO:

Introdução:
Foi no século XX que a transfusão de sangue, adquiriu bases mais científicas. Em 1900 foram descritos os grupos sanguíneos A, B e O por Landsteiner e em 1902 o grupo AB por De Costello e Starli. A descrição do sistema Rh foi posterior (1940), por Landsteiner e Wiener.

Os grupos sanguíneos são constituídos por antígenos que são a expressão de genes herdados da geração anterior. Quando um antígeno está presente, isto significa que o indivíduo herdou o gene de um ou de ambos os pais, e que este gene poderá ser transmitido para a próxima geração. O gene é uma unidade fundamental da hereditariedade, tanto física quanto funcionalmente.

Sistema ABO:
Há vários grupos sangüíneos herdados independentemente entre si. São conhecidos diversos sistemas de grupo sangüíneos.

Entre eles podemos citar os sistemas ABO, Rh, MNS, Kell, Lewis, etc. O sistema ABO é o de maior importância na prática transfusional por ser o mais antigênico, ou seja, por ter maior capacidade de provocar a produção de anticorpos, seguido pelo sistema Rh.

Os antígenos deste sistema estão presentes na maioria dos tecidos do organismo . Fazem parte deste sistema três genes A, B e O podendo qualquer um dos três ocupar o loco ABO em cada elemento do par de cromossomos responsáveis por este sistema.

Os genes ABO não codificam diretamente seus antígenos específicos, mas enzimas que tem a função de transportar açúcares específicos, para uma substância precursora produzindo os antígenos ABO.

O indivíduo do grupo AB é possuidor de um gene A e de um gene B, tendo sido um herdado da mãe e o outro do pai. Ele possui nos seus glóbulos vermelhos os antígenos A e B, seu genótipo é AB.

No caso do grupo O, foi herdado do pai e da mãe o mesmo gene O. O gene O é amorfo, isto é, não produz antígeno perceptível. As células de grupo O são reconhecidas pela ausência de antígeno A ou B. Quando o gene O é herdado ao lado de A, apenas o gene A se manifesta; e se é herdado ao lado do gene B apenas o gene B se manifesta.

Ao realizarmos os testes rotineiros em laboratório, não podemos diferenciar os indivíduos BO e BB, e nem AO e AA. Os símbolos A e B, quando nos referimos a grupos, indicam fenótipos, enquanto que AA, BO etc. são genótipos (ver quadro abaixo).

FENÓTIPO
GENÓTIPO
A
AO
A
AA
O
OO
B
BO
B
BB
AB
AB

É dito homozigótico quando o indivíduo é possuidor de genes iguais (AA, BB, OO), e heterozigótico quando os genes são diferentes (AO, BO, AB)

A CLASSIFICAÇÃO SANGÜÍNEA

A determinação do grupo sangüíneo deste sistema, é feito usando dois tipos de teste.

1º– Através da identificação da presença de antígenos nos eritrócitos, usando reativos compostos de anticorpos conhecidos (anti-A, anti-B, anti-AB). Esta é a chamada classificação ou tipagem direta .

2º– Através da identificação da presença de anticorpos no soro/plasma usando reativos compostos de antígenos conhecidos (hemácias A e hemácias B). Esta é a classificação ou tipagem reversa (ver quadro abaixo).

GRUPO SANGUÍNEO
SORO DE TIPAGEM

Anti-A Anti-B

HEMÁCIAS DE TIPAGEM

A B

ANTÍGENO
ANTICORPO
A
+
-
-
+
A
Anti-B
B
-
+
+
-
B
Anti-A
AB
+
+
-
-
AB
Ausente
O
-
-
+
+
-
Anti-A e Anti-B

Regularmente as pessoas expostas a um antígeno que não possuem, podem responder com a produção de um anticorpo específico para este antígeno. Entretanto, há alguns antígenos que possuem uma estrutura que se parece muito com antígenos de bactérias e planta, aos quais estamos constantemente expostos. Nestes casos, ocorre a produção de anticorpos a partir do contato com as bactérias e plantas, e não ao antígeno eritrocitário.

Neste grupo encontramos os antígenos do sistema ABO. Por este processo, os indivíduos com idade superior a seis meses, possuem o anticorpo contra o antígeno que não tem, pois já foram expostos a essas bactérias e plantas, através da alimentação. Estes anticorpos são chamados de isoaglutininas ou aglutininas naturais.

Observando o quadro acima podemos perceber a presença dos antígenos e anticorpos em cada grupo sanguíneo. É nesta presença ou ausência de antígenos e anticorpos que se baseia a tipagem sanguínea e a escolha do sangue a ser transfundido.

As transfusões podem ser:

* Isogrupo – quando doador e receptor são do mesmo grupo ABO
* Heterogrupo – doador e receptor são de grupo sanguíneo diferente

A escolha do sangue se baseia em que o indivíduo não pode ser transfundido com um sangue que possua um antígeno que ele não tem, pois o anticorpo presente no seu plasma, contra esse antígeno, iria reagir com essas hemácias transfundidas. Em vista disso e observando o quadro acima, fica claro que um indivíduo do grupo A não pode tomar sangue B e assim por diante.

Sempre que possível deve se transfundir sangue isogrupo, pois se por exemplo, transfundimos um sangue do grupo O a um paciente do grupo A, junto com as hemácias transfundidas temos uma quantidade de plasma onde há anticorpo anti-A, que poderá reagir com as hemácias deste paciente causando um grau de hemólise maior ou menor, mas que poderá ter um significado a depender do quadro clinico do paciente. Cada caso deve ser analisado pelo hemoterapeuta .

Este sistema ABO, também pode ocasionar incompatibilidade materno-fetal, com desenvolvimento da doença hemolítica peri-natal. Apresenta também importância em transplantes renais ou cardíaco, com menor papel nos hepáticos ou de medula óssea. Em alguns processos pode ocorrer a perda parcial do antígeno A ou B, como em algumas leucemias.


No soro , parte do plasma onde se concentram anticorpos ( proteínas de defesa), são usados contra o antígeno.

B : no grupo A
A : no grupo B
nenhum : no grupo AB
A, B, AB : no grupo O
- AB : Receptor universal
- O : Doador universal

Sistema Rh:

Quando referimos que o indivíduo é Rh Positivo, quer dizer que o antígeno D está presente. O antígeno D foi o primeiro a ser descoberto nesse sistema, e inicialmente foi considerado como único. Além deste, foram identificados quatro outros antígenos C, E, c, e, pertencentes a este sistema. Após os antígenos A e B (do sistema ABO), o antígeno D é o mais importante na prática transfusional.

Em algumas situações podemos ter uma expressão fraca do antígeno D . Isso pode ocorrer por:

* Variações quantitativas que são transmitidas genéticamente

* Efeito de posição, sendo o mais conhecido o enfraquecimento do antígeno D quando o gen C está na posição trans em relação ao D

* Expressão parcial por ausência de um dos múltiplos componentes do antígeno D

Estes casos são chamados na prática de Rh fraco, e se refere ao que era conhecido anteriormente como Du.

Ao contrário do que ocorre com os antígenos A e B, as pessoas cujos eritrócitos carecem do antígeno D, não tem regularmente o anticorpo correspondente. A produção de anti-D quase sempre é posterior a exposição por transfusão ou gravidez a eritrócitos que possuem o antígeno D. Uma alta proporção de pessoas D-negativas que recebem sangue D-positivo produzem anti-D.

Se encontramos um anticorpo deste sistema podemos concluir que ocorreu uma imunização através de uma transfusão ou de uma gravidez. Qualquer antígeno deste sistema é capaz de provocar a produção de anticorpos, e assim a gerar situações de incompatibilidade.

Aloimunizações contra antígenos E, c, e, C são também observadas em pacientes politransfundidos, mas com uma freqüência inferior.

A maioria dos casos de Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN) é devida ao anti-D. A profilaxia por imunoglobulinas anti-D diminuiu o número de aloimunizações maternas contra o antígeno D, mas não contra E, c, e, C

Na rotina, é realizada a tipagem, apenas, para o antígeno D nesse sistema. Os outros antígenos (E, C, c, e), são determinados em situações onde ocorre incompatibilidade, e é necessário obter sangue que não possuam algum desses antígenos.

A produção de anticorpos contra estes antígenos ocorre de forma semelhante a produção de anti-D. A capacidade de provocar a produção de anticorpos destes antígenos varia. Partindo do mais imunogênico, temos D > c > E > C > e.

TRANSFUSÃO

Para efeito de transfusão, é considerado que pacientes Rh positivos podem tomar sangue Rh positivo ou negativo, e que pacientes Rh negativos devem tomar sangue Rh negativo.

Para os pacientes D fraco, existem alguns critérios a serem observados. Se o antígeno D está enfraquecido por interação gênica, estando o mesmo presente integralmente, o paciente poderá tomar Rh positivo ou negativo. Porém nos casos em que o antigeno D está enfraquecido por ausência de um dos componentes, pode ocorrer produção de anticorpos contra o antigeno D na sua forma completa. Como rotineiramente, não identificamos a causa que leva a expressão enfraquecida do antígeno, acostuma-se a dar preferência a usar sangue Rh negativo para os pacientes Rh fraco. (1)

Existem situações clínicas onde é necessário avaliar o risco X benefício, e fazer outras opções. Neste momento é necessário o acompanhamento do hemoterapeuta.

Resumo:

Genótipo Dd , DD dd
Fenótipo Rh + Rh -


Rh - : não tem nas paredes da hemácia o fator Rh ;
Se um Rh - doar sangue para um Rh+ , ele estará entregando hemácias lisas e nada acontece;
Se um Rh + doar sangue para um Rh -, ele estará entregando uma proteína estranha (fator Rh ), no soro do receptor pode haver anticorpos, assim pode ocorrer a aglutinação do sangue .

Eritroblastose Fetal: (Doença hemolítica do recém - nascido)

A mãe e o feto possuem Rh diferentes. ( mãe - , filho + ).
Nos últimos meses de gravidez , a criança comprime o abdome da mãe . E comum haver contato de sangue materno e sangue fetal .Quando isso ocorre o sistema imunológico e ativado , iniciando a produção de anticorpos . Não acontece nada dessa primeira vez. Mas , no caso de uma segunda gravidez , o sistema imunológico produz anticorpos com mais rapidez e quantidade .O soro da mãe passa para o feto , ocorrendo uma reação nas hemácias : o bebe recebe sangue Rh - , podendo assim ocorrer um aborto . Em caso de nascimento o bebe apresenta problemas hepáticos .
· A mãe fica muito sensibilizada.
· É evitada através de vacinas.

Linkage:

  • Não segue as proporções mendelianas .
  • Genes diferentes localizados no mesmo cromossomo.
  • Diferentes proporções de gametas : Linkage
  • A porcentagem de gametas com crossing over e sempre menor do que cromossomos sem crossing over.

Mapas Genéticos:

Exemplo: 3 genes
Taxa de recombinação entre : a e b : 21%

a
b
c

a e c : 15%
Quanto maior a taxa de recombinação entre os genes , maior a distancia .Quanto mais distantes mais facilmente ocorreram as quebras .
a b isômero cis heterozigoto
A B
A b isômero trans heterozigoto
a B

Cromossomos Sexuais:

2n = 46

23 pares de cromossomos
22 pares autossômicos

1 par sexual


Sexo heterogamético:
Indivíduo que fabrica gametas com cromossomos sexuais diferentes . Entre os mamíferos é o indivíduo masculino , e entre os repteis , o feminino .
Sexo homogamético:
Fabrica gametas com cromossomos sexuais iguais .

INTERAÇÃO GÊNICA

Consiste no processo pelo qual dois ou mais pares de genes, com distribuição independente, condicionam conjuntamente um único caráter.
Ex.: CRISTAS EM GALINHAS:
1) Crista ervilha: EE rr ou Ee rr.
2) Crista Rosa: ee RR ou ee Rr.
3) Crista Noz: EE RR ou EE Rr ou Ee RR ou Ee Rr.
4) Crista Simples: ee rr.

Epistasia

Constitui uma modalidade de interação gênica na qual genes de um par de alelos inibem a manifestação de genes de outros pares. Na epistasia a dominância manifesta-se entre genes não-alelos.
nQuando o gene epistático é dominante em relação ao seu alelo - como o gene I, no caso da coloração da plumagem em galinhas leghorn - a epistasia é chamada dominante. Nos casos em que o gene epistático é recessivo, no seu par de alelos, a epistasia é denominada recessiva.
Ex: Plumagem colorida: CC ii ou Cc ii.
Plumagem branca: CC II ou CC Ii ou Cc II ou Cc Ii ou cc II ou cc Ii ou cc ii.

EPISTASIA RECESSIVA

O Genótipo recessivo de um locus inibe a expressão dos genes do outro par de alelos. Ex: cor da pelagem de camundongos.

Genótipo
Fenótipo
CCBB, CcBb, Ccbb, CCBb
Pêlo preto
Ccbb, Ccbb
Pêlo marrom
ccBB, ccBc, ccbb
Albino (pêlo branco)

CcBb
X
CcBb
CB
Cb
cB
cb
CB
CCBB
CCBb
CcBB
CcBb
Cb
CCBb
CCbb
CcBb
ccbb
cB
CcBB
CcBb
ccBB
ccBb
Cb
CcBb
Ccbb
ccBb
ccbb

9 pretos; 3 marrons: 4 albinos

Epistasia Recessiva Duplicada
Ocorre quando qualquer um dos alelos em homozigose recessiva é epistático sobre o gene dominante do outro par. Ex: cor da flor de ervilhas-de-cheiro.

Genótipo
Fenótipo
BBCC, BBCc, BbCc, BbCC
Púrpura
bbCC, bbCc, BBcc, Bbcc, bbcc
Branca

BbCc
X
BbCc
BC
Bc
bC
bc
BC
BBCC
BBCc
BbCC
BbCc
Bc
BBCc
BBcc
BbCc
Bbcc
bC
BbCC
BbCC
bbCC
bbCc
Bc
BbCc
Bbcc
bbCc
bbcc

9 Púrpuras: 7 Brancas

Herança Quantitativa

Dois ou mais pares de genes apresentam seus efeitos somados, em relação a um mesmo caráter, de maneira a ocasionar a manifestação de um fenótipo em diferentes intensidades.
Ex.: A coloração da pele humana é condicionada por dois pares de genes que produzem a melanina, pigmento escuro cuja quantidade determina a cor da pele.
NEGROS: AA BB.
MULATOS ESCUROS: AA Bb, Aa BB.
MULATOS MÉDIOS: AA bb, AaBb, aa BB.
MULATOS CLAROS: Aa bb, aa Bb.
BRANCOS: aa bb.

Número de Fenótipos = nº de genes + 1

Pleiotropia


É o inverso da interação gênica. Um único par de genes atua na manifestação de vários caracteres.
Ex.: FENILCETONÚRIA:

A criança afetada é portadora de um par de alelos recessivos, que condicionam um defeito na enzima fenilalanina hidroxilase, responsável pela conversão do aminoácido fenilalanina em tirosina. Em vez do tirosina, forma-se o ácido fenilpirúvico, que se acumula na sistema nervoso, ocasionando deficiência mental.


O aminoácido tirosina participa também da produção de melanina. Por isso, as crianças fenilcetonúricas exibem também pele mais clara do que deveriam ter.

Como se vê, neste caso apenas um par de genes atua em dois caracteres diferentes: cor de pele e capacidade de matabolização da fenilalanina

FONTE: http://www.cynara.com.br/genetica.htm#sistabo

citoplasma


O citoplasma

Os componentes do citoplasma - O citoplasma é constituído por um material mais ou menos viscoso , chamado hialoplasma. Nele estão mergulhadas estruturas consideradas vivas, os orgânulos do citoplasma. Citoesqueleto são fibras de proteínas finíssimas no hialoplasma.

O Hialoplasma - Quimicamente o hialoplasma é constituído de água e moléculas de proteína, formando uma dispersão que os químicos chamam de colóide. A região mais externa do citoplasma é o ectoplasma que é bastante viscoso. A parte interna do hialoplasma é o endoplasma ou citosol que é mais fluida e característica de colóide no estado de sol.

A ciclose - É uma corrente citoplasmática orientada num certo sentido, sendo bem visível especialmente no endoplasma de muitas células vegetais. A velocidade da ciclose é aumentada pela elevação da luz e da temperatura.

O movimento amebóide - É o movimento das amebas e dos glóbulos brancos que são capazes de formar pseudópodes. Tudo se passa como o pseudópode se destruísse na parte traseira e se reconstruísse na dianteira, dessa forma a ameba se locomove.

O retículo endoplasmático - São um sistema de membranas duplas, lipoprotéicas. Essas membranas constituem as vezes, sacos achatados e, outras vezes túbulos. Conhecem-se dois tipos de retículos: O retículo endoplasmático liso, constituído apenas por membranas e o retículo endoplasmático rugoso que possui aderidos ao lado externo das membranas grânulos chamados ribossomos. O retículo endoplasmático liso têm algumas funções bem óbvias:
- Facilitar reações enzimáticas - As enzimas ficam associadas as sua membrana.
- Promover a síntese de lipídios na célula - O retículo produz triglicerídeos, fosfolipídios e esteróides.
- Transportar substâncias no interior da célula, desta para o meio e vice-versa - suas membranas se comunicam com a carioteca e a membrana plasmática movimentando-se.
- Regular a pressão osmótica - o retículo para regular a pressão osmótica retira o hialoplasma e armazena substâncias em suas cavidades.
- Armazena substâncias produzidas - Os vacúolos das células vegetais são partes hipertrofiadas do retículo dessas células onde armazenam: água, sais, açúcares e pigmentos.

Quanto ao retículo rugoso além de desempenhar todas as funções do retículo liso ele ainda sintetiza proteínas, devido a presença de ribossomos.

Os ribossomos - Podem ser encontrados livremente no hialoplasma, ou então presos uns aos outros por uma fita de RNA; neste caso são chamados polissomos ou poliribossomos. Cada ribossomo é constituído por duas subunidades. Quimicamente essas estruturas são constituídas por RNA e proteínas. Os ribossomos quando associados a uma fita de RNA , juntam os aminoácidos de citoplasma para formar cadeias de proteínas.

Complexo de Golgi - O complexo de golgi de uma célula é constituído de várias unidades menores, os dictiossomos. Cada dictiossomo é composto por uma pilha de cinco ou mais sacos achatados, feitos de membrana dupla lipoprotéica, e disposto de forma regular. Nas bordas dos sacos podem ser observadas vesículas em processo de brotamento, se difere do retículo endoplasmático liso devido ao empilhamento regular dos sacos achatados enquanto os componentes do retículo se distribuem de forma irregular na célula. Os papéis do complexo de golgi:
- Secreção da célula de ácino pancreático - Os ácinos são pequenas estruturas glandulares que secretam as enzimas do suco pancreático.
- Secreção de muco das células caliciformes do intestino - Na mucosa intestinal, existem células especiais em forma de cálice que produzem um liquido lubrificante e protetor, chamado muco. O muco é um material complexo, constituído principalmente por glicoproteínas ( proteínas ligadas a polissacarídeos) .
- O complexo de golgi também é responsável pela secreção da primeira parede que separa duas células vegetais em divisão.
- O acrossomo do espermatozóide é secretado pelo complexo de golgi.
- O complexo de golgi origina os lisossomos, vesículas cheias de enzimas.


Lisossomo e seu papel

São pequenas vesículas , que contém enzimas digestivas de todos os tipos. Essas enzimas digerem material que a célula engloba e, ocasionalmente, elementos da própria célula.

As enzimas lisossômicas são produzidas no retículo rugoso, passam para o complexo de golgi, onde são empacotadas e liberadas na forma de vesículas ( lisossomos primários). Quando uma partícula de alimentos é englobadas por endocitose, forma-se um vacúolo alimentar, um ou mais lisossomos fundem-se no fagossomo despejando enzimas digestivas nele, assim forma-se o vacúolo digestivo e as moléculas provenientes da digestão se fundem no citoplasma. O vacúolo cheio de resíduos é chamado de vacúolo residual.

Funções dos Lisossomos:

a) Heterofagica: substancias que entram na célula e são digeridas pelos lisossomos. Ex: fagocitose e pinocitose

b) Autofágica: Os lisosssomos digerem estruturas da própria celula. Ex: organelas que perdem sua função e são digeridas ou em casos de subnutrição celular.

c) Autolise: Os lisossomos rompem-se e matam as células como caso da silicose, doença pulmonar causada por inalação de pó de sílica, destruindo regiões do pulmão.

Apoptose: morte celular programada.

Estudos revelam que células de organismos multicelulares carregam instruções para autodestruir-se no momento em que passam a não ser úteis ao organismo. Assim, como é preciso gerar células para manter os processos vitais, é imprescindível eliminar as defeituosas e as doentes.

O processo no qual a célula promove sua autodestruição de modo programado é chamado apoptose. Esse fenômeno é importante na embriogênese, no desenvolvimento do sistema imunológico e na diferenciação celular, entre outros.

Na apoptose, as células encolhem e a cromatina é compactada, formando massas concentradas nas bordas do núcleo, que se parte, levando à formação de vesículas apoptóticas. Essas são fagocitadas por macrófagos antes que se desintegrem. Em indivíduos adultos, se a multiplicação das células não é compensada pelas perdas, os tecidos e órgãos crescem sem controle, levando ao câncer.

Nas células estudadas, várias enzimas proteases, chamadas caspases, têm papel central na apoptose. Essas ativam proteínas tóxicas e destroem proteínas essenciais ou aquelas que protegem a célula da apoptose, levando à sua destruição.

Pesquisas mostram que neurônios e fibras musculares são mais resistentes à apoptose porque sua perda seria danosa ao organismo. Já células substituídas com facilidade, como as do sangue, são mais propensas a morrer desse modo. A explicação para isso está no gene que codifica a proteína Bcl-2, que impede a apoptose em diversos tipos de célula, bloqueando a enzima caspase.

Distúrbios no controle da apoptose podem levar a uma série de doenças. A apoptose excessiva pode causar doenças neurodegenerativas (mal de Alzheimer e mal de Parkinson) e osteoporose. Já a ausência de apoptose pode levar a doenças auto-imunes, como lupus eritematoso, infecções viróticas prolongadas (herpes vírus) e câncer.
Peroxissomos

São estruturas em forma de vesículas, semelhantes ao lisossomos, contendo certas enzimas relacionadas a reações que envolvem oxigênio. Uma das enzimas é a catalase, que facilita a decomposição da água oxigenada em água e oxigênio. Além disso os grandes peroxissomos existentes nos rins e no fígado têm um importante papel na destruição de moléculas tóxicas.
As mitocôndrias

São pequenos orgânulos existentes apenas em células eucariontes . A membrana interna da mitocôndria apresenta dobras chamadas cristas mitocondriais, No interior da mitocôndria é repleto de um material de consistência fluida, chamada matriz mitocondrial. O papel da mitocôndria é a liberação de energia indispensável para o trabalho celular.


Os plastos
São orgânulos citoplasmáticos exclusivo de células vegetais. Os plastos podem ser incolores (leucoplastos) ou possuir pigmentos. Os leucoplastos são relacionados com a reserva de alimentos . A coloração de muitos órgão vegetais, como flores frutas e folhas deve-se aos cromoplastos. Nos cloroplastos ocorre a fotossíntese os xantoplastos e os eritroplastos atuam com filamentos protetores.


Os cloroplastos: Estrutura e função
No interior do cloroplasto é preenchido com material amorfo , o estroma. Neste ficam mergulhadas lamelas, dispostas de maneira mais ou menos paralela ao eixo maior do cloroplasto. Perto das lamelas se encontra o tilacóide, que lembra pilhas de moedas. Cada pilha é chamada de granum. O conjunto deles se chama de grana. A clorofila fica concentrada principalmente nos grana.


O citoesqueleto: microfilamentos e microtúbulos

Ao conjunto de filamentos que forma a rede hialoplasmática dá-se o nome de citoesqueleto. Os microfilamentos são constituído de uma proteína chamada actina. Os microtúbulos são constituídos de uma proteína chamada tubulina. Há dois exemplos em que o citoesqueleto é bastante conhecido: na contração muscular, e no batimento dos cílios e flagelos.
Os centríolos

São orgânulos citoplasmáticos encontrados em todas as células com exceção do organismos procariontes e dos vegetais que produzem fruto. Cada centríolo é formado por nove túbulos triplos ligados entre si formando um tipo de cilindro. Cada túbulo é um microtúbulo. Um diplossomo é dois centríolos dispostos perpendicularmente. Hoje sabemos que os centríolos originam os cílios e os flagelos, estruturas contráteis que possibilita movimentos. S

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centriolos

Os cílios e os flagelos

São estruturas móveis, que podem ser encontradas tantos em unicelulares como em organismos complexos. Os cílios são numerosos e curtos e os flagelos são longos , existindo um , ou poucos numa célula. Papéis:
· Permitir a locomoção da célula ou do organismo no meio líquido
· Permitir ao meio aquoso deslizar sobre a célula ou o organismo


A estrutura dos cílios e flagelos

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Cílios


Os vacúolos
Qualquer pedaço no citoplasma delimitado por um pedaço de membrana lipoprotéica. As variedades mais comuns são:
» Vacúolos relacionados com a digestão intracelular
» vacúolos contráteis (ou pulsáteis)
» vacúolos vegetais


As inclusões

São formações não vivas existentes no citoplasma, como grãos de amido gotas de óleo. O conjunto de inclusões denomina-se paraplasma. A seqüência das estruturas formadas durante a digestão intracelular é: Vacúolo alimentar, vacúolo digestivo e vacúolo residual.

A diferença entre Peroxissomos e lisossomos é que os Peroxissomos liberam enzimas responsáveis à destruição de moléculas tóxicas que possuem oxigênio e lisossomos contém as enzimas se relacionam a digestão intracelular.

Vacúolo autofágico é um verdadeiro vacúolo digestivo que fazem reciclagem e renovação do material celular.

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Célula
Eucariotica
animal

Célula
Eucariótica
vegetal
Célula
Procariótica de bactéria

Núcleo Celular

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· Uma das principais características da célula eucarionte é a presença de um núcleo de forma variável, porém bem individualizado e separado do restante da célula:

Ao microscópio óptico o núcleo tem contorno nítido, sendo o seu interior preenchido por elementos figurados. Dentre os elementos distingem-se o nucléolo e a cromatina.

Quando uma célula se divide, seu material nuclear (cromatina) perde a aparência relativamente homogênea típica das células que não estão em divisão e condensa-se numa serie de organelas em forma de bastão, denominadas cromossomos. Nas células somáticas humanas são encontrados 46 cromosssomos.

Há dois tipos de divisão celular: mitose e meiose . A mitose é a divisão habitual das células somáticas, pela qual o corpo cresce, se diferencia e realiza reparos. A divisão mitótica resulta normalmente em duas células-filhas, cada uma com cromossomos e genes idênticos aos da célula-mãe. A meiose ocorre somente nas células da linhagem germinativa e apenas uma vez numa geração. Resulta na formação de células reprodutivas (gametas), cada uma das quais tem apenas 23 cromossomos.

OS CROMOSSOMOS HUMANOS

Nas células somáticas humanas são encontrados 23 pares de cromossomos. Destes, 22 pares são semelhantes em ambos os sexos e são denominados autossomos. O par restante compreende os cromossomos sexuais, de morfologia diferente entre si, que recebem o nome de X e Y. No sexo feminino existem dois cromossomos X e no masculino existem um cromossomo X e um Y.

Cada espécie possui um conjunto cromossômico típico ( cariótipo ) em termos do número e da morfologia dos cromossomos. O número de cromossomos das diversas espécies biológicas é muito variável. A figura abaixo ilustra o cariótipo feminino humano normal:

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· O estudo morfológico dos cromossomos mostrou que há dois exemplares idênticos de cada em cada célula diplóide. Portanto, nos núcleos existem pares de cromossomos homólogos . Denominamos n o número básico de cromossomos de uma espécie, portanto as células diplóides apresentarão em seu núcleo 2 n cromossomos e as haplóides n cromossomos. Cada cromossomo mitótico apresenta uma região estrangulada denominada centrômero ou constrição primária que é um ponto de referência citológico básico dividindo os cromossomos em dois braços: p (de petti) para o braço curto e q para o longo. Os braços são indicados pelo número do cromossomo seguido de p ou q; por exemplo, 11p é o braço curto do cromossomo 11.

Além da constrição primária descrita como centrômero, certos cromossomos apresentam estreitamentos que aparecem sempre no mesmo lugar: São as constrições secundárias.

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· De acordo com a posicão do centrômero, distinguem-se alguns tipos gerais de cromossomos:

Metacêntrico: Apresenta um centrômero mais ou menos central e braços de comprimentos aproximadamente iguais.

Submetacêntrico: O centrômero é excêntrico e apresenta braços de comprimento nitidamente diferentes.

Acrocêntrico: Apresenta centrômero próximo a uma extremidade.Os cromossomos acrocêntricos humanos (13, 14, 15, 21, 22) têm pequenas massas de cromatina conhecidas como satélites fixadas aos seus braços curtos por pedículos estreitos ou constrições secundárias.

Telocêntrico: Apresenta o centrômero na extremidade, de modo que ocorre uma única cromátide. Não ocorre na espécie humana.

fonte: http://www.cynara.com.br/citologia.htm

Distúrbios da Nutrição e do Metabolismo - Obesidade


A obesidade é o acúmulo excessivo de gordura no corpo. Excetuando-se aqueles que são extremamente musculosos, os indivíduos cujo peso encontra-se 20% ou mais acima do ponto médio de uma escala padrão de altura-peso são considerados obesos. A obesidade pode ser classificada como leve (20 a 40% de sobrepeso), moderada (41 a 100% de sobrepeso) ou grave (mais de 100% de sobrepeso). A obesidade é grave em apenas 0,5% dos indivíduos obesos.

Obesidade na Vida Adulta

Nos Estados Unidos, a prevalência da obesidade vem crescendo (até 33% somente na década passada). De modo geral, 31% dos homens e 35% das mulheres sofrem de obesidade, mas a prevalência varia com a idade e a raça. A obesidade é duas vezes mais comum entre os indivíduos idosos que entre os mais jovens. A prevalência da obesidade é mais ou menos a mesma entre homens da raça negra e da raça branca, sendo discretamente maior entre os homens de origem hispânica que entre os homens negros e brancos e muito maior entre as mulheres da raça negra e de origem hispânica que entre as mulheres brancas. Por exemplo, cerca de 60% das mulheres negras de meia-idade são obesas, em comparação com 33% das mulheres brancas.

Causas

A obesidade é resultado do consumo de uma quantidade de calorias maior que a que o corpo utiliza. Os fatores genéticos e ambientais influenciam o peso corpóreo, mas ainda não está totalmente claro como eles interagem para determinar o peso de um indivíduo. Uma explicação proposta é que o peso corpóreo é ajustado em torno de um ponto fixo, similar ao ajuste de um termostato. Um ponto fixo acima do normal pode explicar a razão pela qual alguns indivíduos são obesos e porque a perda de peso e a manutenção da perda são difíceis para eles.

Fatores Genéticos: Pesquisas recentes sugerem que, em média, a influência genética contribui em aproximadamente 33% do peso corpóreo, mas a contribuição pode ser maior ou menor em um determinado indivíduo.

Fatores Socioeconômicos: Esses fatores têm uma forte influência sobre a obesidade, sobretudo entre as mulheres. Nos Estados Unidos, a obesidade é mais do que 2 vezes mais comum entre as mulheres de nível socioeconômico mais baixo que entre as mulheres de um nível socioeconômico mais elevado. Ainda não está totalmente clara a razão pela qual os fatores socioeconômicos têm uma influência tão forte sobre o peso das mulheres, mas as sanções contra a obesidade aumentam à medida que o nível socioeconômico aumenta.

Fatores Psicológicos: Os distúrbios emocionais, antigamente considerados uma causa importante da obesidade, são atualmente considerados uma reação contra o forte preconceito e a discriminação contra os indivíduos obesos. Um tipo de distúrbio emocional, a imagem corpórea negativa, é um problema grave para muitas mulheres jovens obesas. Ele acarreta uma autocrítica extrema e desconforto em situações sociais. Dois padrões anormais de alimentação que contribuem para a obesidade em algumas pessoas, o distúrbio da ingestão exagerada de alimentos e a síndrome da alimentação noturna, podem ser desencadeados pelo estresse e por distúrbios emocionais. O distúrbio da ingestão exagerada de alimentos é semelhante à bulimia nervosa, exceto pelo fato dos excessos não serem seguidos por vômitos auto-induzidos. Como conseqüência, mais calorias são consumidas. Na síndrome da alimentação noturna, a falta de apetite pela manhã é seguida por uma ingestão exagerada, agitação e insônia durante a noite.

Fatores Relacionados ao Desenvolvimento: Um aumento de tamanho e/ou da quantidade de células adiposas aumenta a quantidade de gordura armazenada no corpo. Os indivíduos obesos, sobretudo aqueles que se tornaram obesos durante a infância, podem ter até cinco vezes mais células adiposas do que aqueles que possuem um peso normal. Como o número de células não pode ser reduzido, o peso somente pode ser perdido através da redução da quantidade de gordura existente em cada célula.

Atividade Física: A atividade física reduzida é provavelmente uma das principais razões para o aumento da obesidade entre os indivíduos que vivem em sociedades abastadas. Nos Estados Unidos, a obesidade é atualmente mais de duas vezes mais freqüente que em 1900, apesar da quantidade média de calorias consumidas diariamente tenha diminuído uns 10%. Os indivíduos sedentários necessitam de uma menor quantidade de calorias. O aumento da atividade física faz com que os indivíduos com peso normal comam mais, mas o mesmo pode não ocorrer em indivíduos obesos.

Hormônios: Os distúrbios hormonais raramente causam obesidade.

Lesão cerebral: Raramente, uma lesão cerebral (sobretudo do hipotálamo) pode acarretar obesidade.

Medicamentos: Vários medicamentos freqüentemente utilizados produzem aumento de peso. Eles incluem os corticosteróides (p.ex., prednisona), muitos antidepressivos e também a maioria dos outros medicamentos que são utilizados no tratamento de distúrbios psiquiátricos.

Sintomas

O acúmulo do excesso de gordura abaixo do diafragma e na parede torácica pode exercer pressão sobre os pulmões, causando dificuldade respiratória e falta de ar, mesmo com um esforço mínimo. A dificuldade respiratória pode interferir gravemente no sono, provocando a parada momentânea da respiração (apnéia do sono), acarretando sonolência durante o dia e outras complicações. A obesidade pode causar vários problemas ortopédicos, incluindo a dor na região dorsal baixa e o agravamento da osteoartrite, particularmente nos quadris, joelhos e tornozelos. Os distúrbios cutâneos são particularmente comuns. Como os indivíduos obesos possuem uma superfície corpórea pequena em relação ao seu peso, eles não conseguem eliminar o calor do corpo de modo eficaz e suam mais do que os indivíduos magros. O inchaço dos pés e tornozelos, causado pela retenção de uma quantidade pequena a moderada de líquido (edema), também é comum.

Complicações

Os indivíduos obesos apresentam um maior risco de adoecer ou de morrer por qualquer doença, lesão ou acidente, e esse risco aumenta proporcionalmente ao aumento da obesidade. O risco também é influenciado pela localização do excesso de gordura. A gordura tende a acumular-se no abdômen (obesidade abdominal) dos homens e nas coxas e nádegas (obesidade da parte inferior do corpo) das mulheres. A obesidade abdominal foi relacionada a um risco muito mais elevado de doença coronariana e com três des seus principais fatores de risco: a hipertensão arterial, o diabetes com início na vida adulta e a concentração alta de gorduras (lipídeos) no sangue.

Desconhece-se a razão pela qual a obesidade abdominal aumenta esses riscos, mas a perda de peso reduz dramaticamente os riscos em indivíduos com obesidade abdominal. Na maioria dos indivíduos hipertensos, a perda de peso reduz a pressão arterial e permite que mais de 50% dos indivíduos que apresentam diabetes na vida adulta interrompam o uso da insulina ou outro tratamento medicamentoso. Certos tipos de câncer são mais comuns nos indivíduos obesos que naqueles que não o são. Eles incluem o câncer da mama, de útero e de ovário nas mulheres e o câncer de cólon, de reto e de próstata nos homens. Os distúrbios menstruais também são mais comuns e as colecistopatias (doenças da vesícula biliar) ocorrem três vezes mais freqüentemente nos obesos.

Diagnóstico e Tratamento

Embora a obesidade seja evidente, a sua extensão é determinada pela mensuração da altura e peso. Freqüentemente, essas medidas são convertidas no índice de massa corpórea, o peso (em quilogramas) dividido pela altura (em metros quadrados). Um valor superior a 27 indica obesidade leve, enquanto que um valor de 30 ou mais indica a necessidade de tratamento. Paradoxalmente, as mulheres que apresentam obesidade da parte inferior do corpo, a qual tem um risco muito menor de acarretar um problema de saúde, procuram tratamento para a obesidade em uma proporção oito vezes maior que os homens. A obesidade não tratada tende a piorar, mas os efeitos a longo prazo do tratamento são desapontadores. Embora tenham sido realizados progressos consideráveis para ajudar os indivíduos a diminuir de peso, este geralmente é recuperado em 3 anos.

As preocupações sobre o fato da recuperação do peso (denominada ciclagem do peso) provoca vários problemas de saúde são infundadas, de modo que essas preocupações não devem impedir que os indivíduos obesos tentem perder peso. Para perder peso, os indivíduos obesos devem consumir menos calorias do que as despendidas. Os métodos utilizados para atingir esse objetivo podem ser classificados em três grupos: autoajuda, no qual os indivíduos, sozinhos ou em grupos com interesses comuns, utilizam informações provenientes de livros ou de outras fontes; programas não clínicos fornecidos por conselheiros que não são profissionais da saúde licenciados; e programas clínicos fornecidos por profissionais licenciados da área da saúde. A maioria dos programas de controle de peso baseiam-se na mudança comportamental.

Normalmente, as dietas são consideradas menos importantes que as alterações permanentes dos hábitos alimentares e do exercício físico. Os programas reconhecidos ensinam os indivídos como realizar alterações seguras, sensatas e graduais dos hábitos alimentares que aumentam o consumo de carboidratos complexos (frutas, vegetais, pães e massas) e diminuem o consumo de gorduras. Para os indivíduos com obesidade leve, recomenda-se apenas uma restrição modesta de calorias e gorduras dietéticas. Para aqueles que apresentam obesidade moderada e desejam perder peso mais rapidamente, foram desenvolvidos programas baseados em dietas com um baixo conteúdo calórico, isto é, de 800 calorias diárias ou menos. Essas dietas são seguras quando supervisionadas por um médico.

No entanto, o entusiasmo por essas dietas diminuiu porque elas são caras e os indivíduos tendem a recuperar o peso ao deixarem de segui-las. De modo crescente, os médicos vêm prescrevendo medicamentos para reduzir o peso corpóreo. Geralmente, esse tipo de medicamento reduz o peso em aproximadamente 10% em seis meses e mantêm a perda de peso enquanto o seu uso for mantido. Quando o indivíduo interrompe o seu uso, o peso é imediatamente recuperado. As muitas complicações graves da obesidade grave (mais de 100% de sobrepeso) tornam o tratamento importante e a cirurgia vem se tornando o tratamento de escolha.

A cirurgia, geralmente para reduzir o tamanho do estômago e, conseqüentemente, a quantidade de alimento que pode ser consumido de uma vez, pode acarretar grandes perdas de peso, as quais comumente chegam a atingir a medade do sobrepeso do indivíduo, geralmente de 36 a 68 quilos. Inicialmente, a perda de peso é rápida e, em seguida, diminui gradualmente durante dois anos, até atingir um nível que, com freqüência, é mantdo. Geralmente, a perda alivia as complicações e melhora o humor, a auto-estima, a imagem corpórea, o nível de atividade e a capacidade laborativa e de relacionamento interpessoal do indivíduo. A cirurgia deve ser reservada aos indivíduos com obesidade grave e somente é realizada dentro de determinados programas especializados nesse tipo de cirurgia e que tenham demonstrado segurança e eficácica suficientes. Nesses programas, a cirurgia é geralmente bem tolerada. Menos de 10% desses pacientes de alto risco apresentam complicações decorrentes da cirurgia e 1% ou menos morre.

Obesidade na Adolescência

Os fatores que influenciam a obesidade de adolescentes são os mesmos que os dos adultos. Freqüentemente, o adolescente com obesidade leve ganha peso rapidamente e torna-se substancialmente obeso em poucos anos. Muitos adolescentes obesos possuem uma auto-imagem desfavorável e tornam-se progressivamente mais sedentários e socialmente isolados. Freqüentemente, os pais não sabem como ajudá-los. Não existem muitas opções terapêuticas disponíveis para os adolescentes obesos. Há poucos programas comerciais elaborados especificamente para os adolescentes, poucos médicos com experiência no tratamento específico de adolescentes e a experiência com o uso de medicamentos que possam ajudá-los é limitada.

As escolas proprorcionam várias oportunidades para a educação nutricional e para a atividade física. No entanto, esses programas raramente se preocupam o suficiente em ensinar aos adolescentes como controlar a obesidade. Quando a obesidade é grave, a cirurgia algumas vezes é realizada. A modificação comportamental pode ajudar os adolescentes no controle da obesidade. Ela consiste na redução da ingestão calórica através da instituição de uma dieta bem balanceada composta por alimentos comuns, em mudanças pernanentes dos hábitos alimentares e no aumento da atividade física (p.ex., marcha, ciclismo, natação, dança). Os acampamentos de verão para adolescentes obesos normalmente os ajudam a perder uma quantidade significativa de peso. No entanto, se não for mantido um \esforço contínuo, o peso é comumente recuperado. Um programa de aconselhamento para ajudar os adolescentes a enfrentar seus problemas e a sua má auto-estima pode ser útil.

Fonte: Manual Merck