ENFERMAGEM, CIÊNCIAS E SAÚDE

Gerson de Souza Santos - Bacharel em Enfermagem, Especialista em Saúde da Família, Mestrado em Enfermagem, Doutorado em Ciências da Saúde - Universidade Federal de São Paulo. Atualmente professor do Curso de Medicina do Centro Universitário Ages - Irecê-Ba.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

HGH - Hormônio do Crescimento


O Hormônio do Crescimento tem sido visto como uma das descobertas mais promissoras no campo da medicina do rejuvenescimento e dos tratamentos antienvelhecimento. Todos os hormônios descritos até agora apresentam resultados importantes e indiscutíveis, mas o Hormônio do Crescimento atua de uma forma decisiva no processo de regeneração de tecidos.

O Hormônio do Crescimento, como diz o próprio nome, é o responsável pelo crescimento da criança durante a fase de crescimento. Em sua ausência ou deficiência surge o nanismo ou incapacidade de crescer. Trata-se de uma proteína globular, com 191 aminoácidos em sua estrutura e tem uma atividade espécie específica, isto é, cada espécie de animal possui o seu próprio tipo de Hormônio do Crescimento.

Trata-se de uma molécula relativamente pequena, produzida na parte anterior da glândula hipófise, parte essa também chamada de adeno-hipófise. Esse hormônio atua em todas as células do corpo, onde pode se ligar a receptores de membrana específicos para ele, pode atuar diretamente sobre enzimas e organelas citoplasmáticas ou pode atuar diretamente dentro do núcleo da célula, ao nível dos gens.

Hormônio do Crescimento
O Hormônio do Crescimento Humano é um dos muitos hormônios que tem sua produção diminuída com a idade, tal como acontece com o estrogênio, progesterona, testosterona, melatonina e DHEA. Segundo autores simpatizantes das terapias hormonais, enquanto muitos desses hormônios podem ser repostos para deter alguns dos efeitos do envelhecimento, o hGH pode ir além disso, adiando o envelhecimento biológico e mesmo revertendo uma série de sintomas associados com o envelhecimento.

O hGH, também conhecido como somatrofina, é secretado pela glândula hipófise e produzido numa taxa que alcança níveis máximos durante a adolescência, quando então o crescimento corporal é acelerado. Posteriormente sua secreção diária diminui com a idade, até quando, em torno dos 60 anos, a pessoa secretaria apenas 25% da quantidade liberada aos 20 anos.

Ao longo do dia, o Hormônio do Crescimento é liberado em maior quantidade em pulsos, durante as primeiras fases do sono, depois ele é rapidamente convertido no fígado para seu metabólito principal, o IGF-1, também conhecido como somatomedina - C. É esse IGF-1 quem promove, de fato, a maior parte dos efeitos atribuídos ao hGH.
O declínio fisiológico do Hormônio do Crescimento, com a idade, esta diretamente associado aos muitos dos sintomas do envelhecimento, tais como rugas, cabelos cinza, diminuição nos níveis de energia e função sexual, aumento no percentual de gordura corporal e doenças cardiovasculares, osteoporose, etc.

A Produção
Para que a hipófise produza o hormônio do crescimento é necessário que ela sofra a ação de um outro hormônio, chamado GHRF (growth hormone releasing factor - fator liberador do hormônio do crescimento), produzido no cérebro acima da hipófise, numa região conhecida como hipotálamo. Assim sendo, sob o estímulo do GHRF a hipófise libera o hormônio do crescimento.

Esse jogo hormonal tem origem cerebral. O hipotálamo controla a atividade de diversas glândulas e de diversos outros hormônios, e sempre através da interação com a hipófise. O hipotálamo é a região cerebral que recebe informações de todo organismo e dos acontecimentos externos. É assim, por exemplo, com relação à produção de TRF, um fator de liberação que estimula a hipófise a liberar o TSH, o qual, que por sua vez, irá estimular a tireóide a produzir o hormônio T4. Dependendo das informações recebidas o hipotálamo irá determinar a produção do GHRF que, por sua vez, desencadeará a produção e liberação do Hormônio do Crescimento pela hipófise.

O Hormônio do Crescimento, hGH ou somatotrofina como também é conhecido, é o mais abundante hormônio liberado pela hipófise. Sua produção ocorre em picos com maior intensidade à noite, durante a fase de movimentos rápidos dos olhos (REM) e em picos menores, durante o jejum e após exercícios físicos. É um dos chamados hormônios de antienvelhecimento ou de pró-longevidade, ao lado do estrógeno, da testosterona, da pregnenolona, da melatonina e do DHEA.

O que o diferencia dos o hGH dos outros hormônios é que, enquanto os outros agem principalmente de forma preventiva, detendo o avanço do envelhecimento, o Hormônio do Crescimento age principalmente revertendo alguns efeitos do envelhecimento, além de retardar o ritmo da evolução do processo de envelhecimento. Por isso se costuma dizer que o hormônio do crescimento atua atrasando o relógio biológico.

Hormônio do Crescimento - hGH
O Hormônio do Crescimento é uma substância produzida naturalmente pela hipófise, glândula situada no hipotálamo no Sistema Nervoso Central. Depois de produzido, o hormônio é levado pela corrente sanguínea para o fígado, que o utiliza para produzir os chamados fatores de crescimento, como o IGF-1 (Insulin-Like Growth Factor-1), um potente inibidor do envelhecimento.

A partir dos 21 anos, o Hormônio do Crescimento tem sua liberação reduzida e, acima dos 40 anos, apenas a metade dele estará disponível no organismo, com declínio progressivo de aproximadamente 14% por década. Aos 60 anos a produção diária de GH é reduzida em 50%.

Queda na concentração do hGH ao longo da idade

20 anos

500 mcg

40 anos

200 mcg

80 anos

25 mcg

As pesquisas na área da geriatria sugerem que a terapia de reposição desse hormônio teria a capacidade de diminuir e até reverter vários processos biológicos do envelhecimento. Por causa disso surgiu o Pró-Hormônio do Crescimento, um substituto do hGH com as mesmas características do hormônio original, porém, com muito menos contra-indicações.

O Pró-Hormônio do Crescimento é um complexo de glicoaminoácidos associados a substâncias de origem vegetal reguladoras da insulina e ativadoras do IGF-1. O IGF-1 (Insulin-Like Growth Factor-1), como vimos, é capaz de reverter alguns transtornos causados pela idade, como aumento de colesterol, perda muscular e enfraquecimento das funções mentais e neurológicas. A diferença entre o tratamento com Pró-Hormônio do Crescimento e com o próprio Hormônio do Crescimento, é que o pró-hormônio estimula a glândula a liberar o hormônio produzido pelo próprio organismo, enquanto o hGH puro inibiria a hipófise de produzi-lo.
Entre os benefícios propalados ao Pró-hGH estariam:

Aumento da massa muscular.
Redução da gordura corporal.
Melhora de todos os tecidos incluindo a pele através da redução de rugas.
Restauração do tecido capilar.
Restauração da cor do cabelo.
Aumento na energia.
Aumento na função sexual.
Melhora nos níveis de colesterol ldl/hdl.
Restauração do tamanho do fígado, pâncreas, coração e outros órgãos que encolhem com a idade.
Melhora na visão.
Melhora da memória.
Melhora no humor e no sono.
Normalização da pressão arterial.
Aumento da resistência e fluxo sanguíneo para o coração.
Melhora no sistema imunológico.

O Fator do Crescimento do Tipo Insulina, o IGF-1, estimulado pelo Pró-hGH, atualmente é mais seguro e tão potente quanto o próprio hGH. Algumas pesquisas têm mostrado que o Hormônio do Crescimento tem a capacidade de revertes algumas alterações do envelhecimento, tais como, fazer os cabelos voltarem a crescer e a recuperar sua cor normal, tornar a pele mais fina e delicada, diminuir as rugas e a flacidez da pele, tornar as unhas brilhantes e resistentes, recupera a musculatura, faz desaparecer massa gordurosa excedente, recalcifica os ossos, recupera os ligamentos e articulações.

Até recentemente, a terapia com hormônio do crescimento só estava disponível através de injeções muito caras e difíceis de usar. O hormônio usado por via oral era destruído pelos ácidos no estômago e não chegava a ser absorvido pelo organismo, devendo sua administração ser injetável. Mas já existem substâncias naturais capazes de aumentar os níveis de Hormônio do Crescimento em níveis bastante satisfatórios. Agora, com o Pró-hGH, há estimulação do IGF-1, chamado Pró-Hormônio do Crescimento, que pode ser usado por via oral.

Efeitos Indesejáveis
Para conduzir um tratamento de reposição do Hormônio do Crescimento é preciso vivência clínica e experiência. Quando bem conduzido o tratamento é completamente seguro, incapaz de causar mal ao paciente.

Parte dos efeitos ocasionados pelo hGH é produzida pela sua atuação direta, outra parte é devida à ação da IGF-1 como normalmente é conhecida. A IGF-1 é produzida no fígado a partir da metabolização do hGH e, ao contrário do próprio hGH, tem uma vida longa. Uma das mais importantes ações do hormônio do crescimento no organismo humano está ligada a sua capacidade de atuar como os anabolizantes ao nível muscular, isto é, promovendo o aumento da massa muscular.

As pessoas que se automedicam com Pró-hGH, podem sofrer efeitos colaterais decorrentes de doses mais altas. Entre esses efeitos observa-se a sobrecarga cardíaca por inchaço do músculo, crescimento de tumores já existentes, aumento das mamas, do queixo, das cartilagens, das orelhas, do nariz e até das mãos e dos pés. Outra prática perigosa e comum nos pacientes com Vigorexia é turbinar o efeito do Hormônio do Crescimento com doses extras de insulina. Isso pode acabar levando à morte.

Há fortes suspeitas de que doses imprudentes de Hormônio do Crescimento deflagrem quadros de diabetes, isso quando há predisposição genética para a doença. Há ainda suspeitas de que doses a mais desse hormônio estejam relacionadas ao desenvolvimento de câncer. Como a droga estimula a multiplicação celular, também estimularia o crescimento de tumores malignos. Mas, até agora, nada disso é inquestionavelmente provado. São apenas suspeitas.

Tendo em vista o fato dos efeitos determinados pelo hGH serem permanentes, parece muito sensato que esta substância só deva ser utilizada por um médico especializado e experiente.

para referir:
Ballone GJ - hGH - Hormônio do Crescimento - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, revisto em 2005.

Distúrbios das Glândulas Sebáceas



As glândulas sebáceas, as quais secretam óleo sobre a pele, estão localizadas na derme, camada de pele situada imediatamente abaixo da camada superficial (epiderme). Os distúrbios das glândulas sebáceas incluem a acne, a acne rosácea, a dermatite perioral e os cistos sebáceos.

Acne

A acne é uma doença cutânea comum na qual os poros cutâneos tornam-se obstruídos, acarretando a formação de pápulas e de abcessos (coleções de pus) inflamados e infectados. A acne tende a afetar os adolescentes devido a uma interação entre hormônios, óleos cutâneos e bactérias que vivem sobre e no interior da pele e no cabelo. Durante a puberdade, as glândulas sebáceas da pele tornam-se mais ativas e produzem óleo (sebo) em excesso. Freqüentemente, o sebo ressecado, a pele descamada e as bactérias acumulam-se nos poros cutâneos formando um comedão, o qual impede que o sebo flua dos folículos pilosos, atravessando os poros.

Quando a obstrução é parcial, ocorre a formação de um comedão aberto. Quando ela é total, ocorre a formação de um comedão fechado. As bactérias crescem nos poros obstruídos e degradam algumas das gorduras do sebo, irritando ainda mais a pele. Os comedões abertos e fechados causam as erupções cutâneas que são comumente conhecidas como espinhas. Quando a infecção e a irritação das espinhas pioram, pode ocorrer a formação de um abcesso. Se um indivíduo apresenta comedões, espinhas e pústulas (bolhas cheias de pus) sem abcessos, a condição é denominada acne superficial. Quando espinhas inflamadas projetam-se para o interior da pele subjacente e surgem cistos cheios de pus que podem romper e evoluir para abcessos maiores, a condição é denominada acne profunda.

Comparação entre a acne superficial e a acne profunda

Sintomas

A acne freqüentemente piora no inverno e melhora no verão, provavelmente devido ao efeito benéfico do sol. A dieta tem pouca ou nenhuma influência sobre a acne, embora algumas pessoas acreditem ser sensíveis a certos alimentos. A eliminação desses alimentos da dieta durante várias semanas e sua subseqüente reintrodução na dieta podem ajudar a determinar se os alimentos realmente afetam a acne. A acne também pode ocorrer durante o período menstrual em mulheres jovens e pode desaparecer ou piorar significativamente durante a gravidez.

Os adolescentes que fazem uso de esteróides anabolizantes podem apresentar uma piora da acne. Determinados cosméticos podem agravar a acne por obstruírem os poros. Na acne profunda, a infecção pode disseminarse, produzindo áreas maiores hiperemiadas, elevadas e inflamadas, cistos cheios de pus e abcessos, os quais podem romper e deixar cicatrizes. Geralmente, a acne superficial não deixa cicatrizes. O ato de espremer as espinhas ou de tentar abri-las de outras maneiras pode piorar a acne superficial, aumentando a infecção, a inflamação e as cicatrizes.

Tratamento

A lavagem das áreas afetadas várias vezes ao dia tem pouco efeito, excetuando-se a melhoria do aspecto da face oleosa. Qualquer sabão de boa qualidade pode ser utilizado. Os sabões antibacterianos não são particularmente benéficos e os sabões abrasivos podem secar melhor as lesões, mas também podem irritar a pele. As compressas de água quente ajudam a amolecer os comedões, tornando a sua remoção mais fácil. O médico pode demonstrar ao paciente ou a um familiar como remover os comedões cuidadosamente, uma ou duas vezes por semana, de preferência com uma agulha estéril ou com um extrator de alça de Schamberg. A espinha deve ser aberta com uma agulha estéril, mas apenas após a formação da pústula. Outros tratamentos dependem da gravidade da acne.

Acne Superficial

Para eliminar as espinhas, o indivíduo pode aplicar um antibiótico (clindamicina ou eritromicina) sobre a pele, com ou sem um irritante como a tretinoína (ácido retinóico). Outros antibióticos orais (p.ex.,tetraciclina, minociclina, eritromicina ou doxiciclina) podem reduzir ou prevenir a acne superficial, mas o indivíduo pode ter que utilizar o medicamento durante meses ou anos para controlar a acne. A luz solar pode ser útil, pois ela seca a pele e causa uma descamação discreta, a qual acelera a cicatrização. Contudo, nos indivíduos que utilizam a tretinoína, a exposição à luz solar pode causar uma irritação intensa.

A tretinoína (sob a forma de creme, líquido ou gel) seca a pele, mas ela deve ser utilizada com cautela. Se ocorrer irritação, a tretinoína deve ser aplicada apenas à noite ou em noites alternadas. Além disso, o indivíduo deve aplicar uma camada fina sobre a pele, evitando o contato com os olhos, as pregas da boca e as pregas em torno do nariz. A acne pode parecer pior durante os primeiros dias de tratamento com tretinoína e leva 3 a 4 semanas para melhorar. Outros medicamentos tópicos úteis são o peróxido de benzoíla, o melhor medicamento tópico de venda livre, e várias preparações contendo enxofre e resorcinol. Habitualmente, esses medicamentos são aplicados duas vezes ao dia, à noite e pela manhã.

Acne Profunda

Os médicos fazem o possível para evitar a formação de cicatrizes decorrentes da acne profunda, prescrevendo geralmente um antibiótico oral (p.ex., tetraciclina, minociclina ou eritromicina). Os indivíduos com acne profunda podem necessitar tomar um desses medicamentos durante semanas, meses ou mesmo anos para evitar a recidiva. No entanto, uma adolescente que utilize esses antibióticos pode apresentar uma infecção fúngica vaginal (va-ginite por Candida) que pode necessitar de tratamento com outros medicamentos. Quando o controle da infecção fúngica revela ser difícil, a antibioticoterapia para tratar a acne pode não ser razoável. Se os antibióticos não produzem resultados, a isotretinoína oral é o melhor tratamento. Esse medicamento revolucionou o tratamento da acne, mas pode produzir efeitos colaterais muito graves.

A isotretinoína pode causar danos a um feto em desenvolvimento e as mulheres que a utilizam devem adotar medidas contraceptivas rigorosas para evitar a gravidez. Uma mulher sexualmente ativa deve realizar um teste de gravidez antes de começar a usar isotretinoína e o teste deve ser repetido mensalmente enquanto durar o tratamento. A contracepção ou a abstinência sexual deve ser iniciada um mês antes do início do tratamento e deve ser mantida enquanto a tretinoína estiver sendo utilizada, prolongando- se por mais um mês após a suspensão da medicação. É necessária a realização de exames de sangue para se assegurar que o medicamento não está afetando as células do sangue, o fígado ou as concentrações de gorduras (triglicerídeos e colesterol). Esses exames são realizados antes do início do tratamento, duas semanas após o seu início e, em seguida, mensalmente durante o tratamento.

A maioria dos indivíduos que utilizam a isotretinoína apresentam ressecamento dos olhos, fissuras labiais e ressecamento da pele fina que reveste o pênis ou a vagina. A vaselina pode ajudar a melhorar a secura da pele. Aproximadamente 15% dos indivíduos tratados com tretinoína apresentam dor ou rigidez das grandes articulações e da região lombar. A dor freqüentemente desaparece quando a dose é reduzida. Em geral, a terapia dura 20 semanas. Quando for necessário prolongá-la, ela não deve ser reiniciada pelo menos por 4 meses. Algumas vezes, os dermatologistas tratam os cistos inflamados ou abcessos com a injeção local de corticosteróides.

Ocasionalmente, o médico pode também drenar um cisto ou um abcesso. A dermoabrasão, um procedimento no qual a superfície da pele é friccionada com um instrumento metálico abrasivo com o objetivo de remover a camada superior, pode ajudar na remoção de pequenas cicatrizes. A terapia com raios X para tratar a acne não é recomendável e os corticosteróides tópicos podem piorá-la. Para a mulher que apresenta acne grave durante o período menstrual, um contraceptivo oral pode ser útil, mas o tratamento leva 4 a 6 meses para produzir resultados.

Acne Rosácea

Os médicos fazem o possível para evitar a formação de cicatrizes decorrentes da acne profunda, prescrevendo geralmente um antibiótico oral (p.ex., tetraciclina, minociclina ou eritromicina). Os indivíduos com acne profunda podem necessitar tomar um desses medicamentos durante semanas, meses ou mesmo anos para evitar a recidiva. No entanto, uma adolescente que utilize esses antibióticos pode apresentar uma infecção fúngica vaginal (va-ginite por Candida) que pode necessitar de tratamento com outros medicamentos. Quando o controle da infecção fúngica revela ser difícil, a antibioticoterapia para tratar a acne pode não ser razoável. Se os antibióticos não produzem resultados, a isotretinoína oral é o melhor tratamento. Esse medicamento revolucionou o tratamento da acne, mas pode produzir efeitos colaterais muito graves.

A isotretinoína pode causar danos a um feto em desenvolvimento e as mulheres que a utilizam devem adotar medidas contraceptivas rigorosas para evitar a gravidez. Uma mulher sexualmente ativa deve realizar um teste de gravidez antes de começar a usar isotretinoína e o teste deve ser repetido mensalmente enquanto durar o tratamento. A contracepção ou a abstinência sexual deve ser iniciada um mês antes do início do tratamento e deve ser mantida enquanto a tretinoína estiver sendo utilizada, prolongando- se por mais um mês após a suspensão da medicação. É necessária a realização de exames de sangue para se assegurar que o medicamento não está afetando as células do sangue, o fígado ou as concentrações de gorduras (triglicerídeos e colesterol). Esses exames são realizados antes do início do tratamento, duas semanas após o seu início e, em seguida, mensalmente durante o tratamento.

A maioria dos indivíduos que utilizam a isotretinoína apresentam ressecamento dos olhos, fissuras labiais e ressecamento da pele fina que reveste o pênis ou a vagina. A vaselina pode ajudar a melhorar a secura da pele. Aproximadamente 15% dos indivíduos tratados com tretinoína apresentam dor ou rigidez das grandes articulações e da região lombar. A dor freqüentemente desaparece quando a dose é reduzida. Em geral, a terapia dura 20 semanas. Quando for necessário prolongá-la, ela não deve ser reiniciada pelo menos por 4 meses. Algumas vezes, os dermatologistas tratam os cistos inflamados ou abcessos com a injeção local de corticosteróides.

Ocasionalmente, o médico pode também drenar um cisto ou um abcesso. A dermoabrasão, um procedimento no qual a superfície da pele é friccionada com um instrumento metálico abrasivo com o objetivo de remover a camada superior, pode ajudar na remoção de pequenas cicatrizes. A terapia com raios X para tratar a acne não é recomendável e os corticosteróides tópicos podem piorá-la. Para a mulher que apresenta acne grave durante o período menstrual, um contraceptivo oral pode ser útil, mas o tratamento leva 4 a 6 meses para produzir resultados.

Dermatite Perioral

A dermatite perioral é uma erupção vermelha, freqüentemente proeminente, localizada em torno da boca e sobre o queixo. A dermatite perioral pode ser muito semelhante à acne ou à acne rosácea. Contudo, uma á rea de pele normal geralmente separa a borda dos lábios da erupção cutânea. Os corticosteróides e alguns cosméticos oleosos, especialmente os umectantes, tendem a causar o distúrbio ou piorá-lo. Freqüentemente, a sua causa é desconhecida. O distúrbio afeta principalmente as mulheres com 20 a 60 anos de idade.

Tratamento

A antibioticoterapia com a tetraciclina, é geralmente o melhor tratamento via oral. Quando as tetraciclinas não eliminam a erupção cutânea e a caso for particularmente grave, a isotretinoína, um medicamento utilizado no tratamento da acne, pode ser útil.

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Cistos Sebáceos

Um cisto sebáceo (cisto queratinoso) é uma tumoração de crescimento lento que contém pele morta, excreções cutâneas e outras partículas cutâneas. Esses cistos podem ser diminutos e podem localizar- se em qualquer parte do corpo, mais freqüentemente no couro cabeludo, nas orelhas, na face, nas costas ou na bolsa escrotal. Eles tendem a ser firmes e fáceis de serem movidos no interior da pele. Geralmente não são dolorosos. Os cistos sebáceos costumam ter uma cor amarelada ou cor de carne. Quando eles são puncionados, ocorre a drenagem de um material gorduroso e caseoso. Ocasionalmente, os cistos sebáceos tornam-se infectados.

Tratamento

O médico quase sempre pode tratar um cisto sebáceo puncionando sua parte mais elevada com uma agulha ou cortando essa parte com o auxílio de um bisturi e, em seguida, espremendo o seu conteúdo. No entanto, a menos que os cistos grandes sejam completamente removidos, eles podem reaparecer. Os cistos infectados são tratados com um antibiótico e, a seguir, são removidos cirurgicamente.

fonte Manual Merck