ENFERMAGEM, CIÊNCIAS E SAÚDE

Gerson de Souza Santos - Bacharel em Enfermagem, Especialista em Saúde da Família, Mestrado em Enfermagem, Doutorado em Ciências da Saúde - Universidade Federal de São Paulo. Atualmente professor do Curso de Medicina do Centro Universitário Ages - Irecê-Ba.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

ALIMENTAÇÃO


Alimentação: Café contra Alzheimer
Café para o tratamento de Alzheimer? É o que descrevem dois artigos publicados neste domingo no Journal of Alzheimer's Disease. Os trabalhos por enquanto foram feitos apenas em camundongos, mas os resultados deixaram os autores otimistas. Segundo o grupo internacional de pesquisadores responsável pelos dois estudos complementares, a ingestão de cafeína levou à redução de níveis anormais de placas amiloides - depósitos de proteínas que danificam nervos no cérebro e são características da doença - tanto no sangue como no cérebro de camundongos.
Os estudos foram baseados em trabalhos anteriores feitos no Centro de Pesquisa sobre a Doença de Alzheimer da Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, os quais mostraram que a administração de cafeína no início da vida adulta preveniu a manifestação de problemas de memória em camundongos modificados geneticamente para desenvolver sintomas de Alzheimer quando idosos.
"Os novos resultados fornecem evidência de que a cafeína pode ser uma alternativa viável para o tratamento da doença já estabelecida, e não apenas como uma estratégia preventiva. Isso é muito importante, pois o consumo de cafeína é seguro para a maioria das pessoas, ela entra facilmente no cérebro e aparentemente afeta diretamente o processo da doença", disse Gary Arendash, da Universidade do Sul da Flórida, um dos coordenadores das pesquisas.
Com base nos resultados animadores, os cientistas esperam começar em breve testes em humanos para avaliar se a cafeína pode beneficiar pacientes com prejuízo cognitivo suave ou Alzheimer em estágio inicial.
Os pesquisadores haviam determinado em trabalho anterior que a administração de cafeína em idosos sem sinais de demência altera rapidamente os níveis de beta-amiloide (proteína responsável pela formação da placa) no sangue, da mesma forma como foi verificada em testes com animais.
O grupo se interessou em investigar o potencial da cafeína há alguns anos, após a publicação de um estudo feito em Portugal que apontou que pessoas com Alzheimer haviam consumido menos café nos 20 anos anteriores do que outros sem a doença.
Desde então, diversos estudos clínicos não controlados apontaram que o consumo moderado de café poderia proteger contra o declínio da memória que ocorre normalmente durante o envelhecimento. Os novos estudos, controlados, permitiram isolar efeitos da cafeína de outros fatores, como dieta ou exercício, segundo os autores.
Os trabalhos foram feitos em 55 camundongos geneticamente alterados para desenvolver problemas de memória, simulando Alzheimer, à medida que envelheciam.
Depois que testes comportamentais confirmaram que os animais apresentavam sinais de déficits de memória por volta dos 18 meses - que correspondem aos 70 anos em humanos -, os pesquisadores dividiram os camundongos em dois grupos, um dos quais passou a receber café junto com a água que bebiam.
Os roedores ingeriram cerca de 500 miligramas de café por dia, o equivalente a um pouco mais de dois expressos. Após os dois meses da pesquisa, o grupo que ingeriu café se saiu bem melhor do que o outro em testes para avaliar a memória.
De acordo com os pesquisadores, a análise dos cérebros dos camundongos que consumiu café mostrou uma redução de quase 50% nos níveis de beta-amiloide.
Outro experimento do mesmo grupo indicou que a cafeína aparentemente restaura a memória ao reduzir as quantidades de enzimas necessárias para a produção da beta-amiloide. Os autores estimam que a cafeína deve suprimir as alterações inflamatórias no cérebro que levam à abundância de beta-amiloide.
Se a cafeína teve importante ação nos animais doentes, o mesmo não ocorreu em outro experimento feito com exemplares saudáveis. Nesses, a administração da substância não levou a uma melhoria da memória.
Os artigos Caffeine reverses cognitive impairment and decreases brain amyloid-? levels in aged Alzheimer's disease mice e Caffeine suppresses amyloid-? levels in plasma and brain of Alzheimer's disease transgenic mice podem ser lidos por assinantes do Journal of Alzheimer's Disease em www.j-alz.com.
Fonte: Boletim FAPESP - www.agencia.fapesp.br
Alimentação: Fast-foof do cajueiro
Uma pesquisa realizada na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) testou hambúrgueres à base de caju como alternativa para possibilitar o consumo fora do período de safra e aproveitar o excedente de produção.
Os testes mostraram que os hambúrgueres feitos com caju apresentam menores teores de gordura quando comparados a produtos similares à base de soja e de carne, disponíveis no mercado. Além disso, o produto obteve boa avaliação no teste de aceitação sensorial.
De acordo com a autora da pesquisa, Janice Ribeiro Lima, um dos objetivos do estudo era sugerir estratégias para estimular a comercialização do caju, uma vez que cerca de 88% da produção é perdida anualmente. O pedúnculo, que corresponde a 90% do fruto, é desperdiçado devido ao curto período de safra, à reduzida estabilidade pós-colheita e à pequena capacidade de absorção da indústria.
"O hambúrguer pode ser elaborado no período de safra e consumido no restante do ano, quando o caju não está disponível", disse Janice à Agência FAPESP. O estudo, realizado pela Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza, foi publicado na Revista Ciência e Agrotecnologia.
Segundo a pesquisadora da Embrapa, a agroindústria de caju do Nordeste tem relevante importância socioeconômica: ela explora 700 mil hectares de cajueiros, mobiliza cerca de 280 mil pessoas no campo e produz 200 mil toneladas de castanha e 2 milhões de toneladas de pedúnculo por ano. Desse total, 60% da produção vêm da agricultura familiar.
A elaboração dos hambúrgueres foi feita a partir da carne de caju liquidificada. Depois de peneirada, a fim de adquirir uma fibra enxuta, a carne de caju foi refogada com outros ingredientes (cebola, pimentão, alho, tomate, tempero comercial e cheiro-verde) e misturada com farinha de trigo.
Para os testes comparativos, foram utilizados quatro tipos de hambúrgueres de marcas nacionais. Dessas amostras, uma era à base de carne bovina e três de proteína vegetal. Os hambúrgueres de caju apresentaram baixo teor de proteína, mas, de acordo com a pesquisadora, esse resultado já era esperado.
"A falta de proteínas na composição poderá ser corrigida, no futuro, com incorporação de outros ingredientes à formulação básica, como a proteína de soja. A elaboração de novas formulações, com a utilização de outros temperos pode melhorar as características nutricionais e sensoriais do produto", explicou.
Em contrapartida, o teor de gordura foi inferior e o de carboidratos maior em relação aos produtos comerciais, tornando o hambúrguer de caju uma boa alternativa de alimentação para as pessoas que não ingerem derivados de carne ou que buscam produtos menos calóricos.
"Trata-se de um produto vegetal que apresenta fibras, sais minerais e vitamina C em sua composição. A principal desvantagem é que o produto deve ser conservado congelado", disse Janice.
Na merenda escolar: Os testes de aceitação sensorial foram realizados por 50 provadores não treinados. Foi utilizada uma escala hedônica, com nove pontos, variando de "desgostei muitíssimo" (nota um) a "gostei muitíssimo" (nota nove).
A média de aceitação do hambúrguer composto com caju foi de seis pontos, de acordo com os resultados - o que é considerado um padrão aceitável. A incorporação de temperos da culinária local e o hábito de consumo podem melhorar esse nível, segundo a pesquisadora.
O pH também foi inferior ao dos hambúrgueres comerciais, acidez maior que pode ter influenciado de forma negativa a aceitação sensorial do produto. "Os consumidores tendem a rejeitar novas formulações que pretendem substituir produtos tradicionais existentes no mercado. Por isso, é importante salientar que com o hambúrguer de caju não se pretende substituir o hambúrguer tradicional, mas sim fornecer uma nova alternativa de alimento à população", explicou.
De acordo com Janice, a pesquisa dá um exemplo de como produtos locais, que muitas vezes são subutilizados, podem ser transformados para se tornar uma fonte de alimentação. "É importante procurar novas formas de utilização e consumo dos alimentos, de maneira a evitar o desperdício", destacou. A pesquisadora da Embrapa sugere que o produto seja incluído na merenda escolar da rede pública. "Além disso, seria interessante incentivar a criação de pequenas unidades de produção, que seriam uma nova alternativa para geração de emprego e renda na região, valorizando um produto tipicamente regional", disse.
Por Alex Sander Alcântara
Fonte: Boletim FAPESP - www.agencia.fapesp.br
Alimentação: Acréscimo de proteínas no pão
Este trabalho teve como objetivos elaborar pães enriquecidos com proteína de pescado para aumentar o conteúdo deste nutriente no produto e avaliar estes pães sensorial(quando ao cheiro e sabor), tecnológica(textura) e físico- quimicamente(durabilidade). A proteína de pescado foi obtida a partir de cabrinha (Prionotus punctatus), espécie de baixo valor comercial. Para obtenção da polpa de cabrinha, a matéria-prima foi submetida a um processo de lavagem, seguido de secagem. Foram desenvolvidas cinco formulações de pão: 30, 40 e 50% de polpa lavada úmida (PU) e 3 e 5% de polpa lavada seca (PS) em base à farinha. Os pães foram avaliados sensorial (teste de ordenação, escala hedônica e perfil de atributos), tecnológica (notas das características internas, externas e volume específico) e físico-quimicamente (composição centesimal). O teste de perfil de atributos mostrou que o pão com 5% PS não diferiu significativamente (? = 0,05) do padrão para nenhum atributo avaliado. Todos os pães apresentaram aceitação superior a 74%, no entanto ocorreu diminuição das notas(aceitação do produto) das características internas e externas e do volume específico dos pães com o aumento da adição de polpa em todas as formulações, caracterizando queda da qualidade tecnológica. Os pães com 3 e 5% de PS e 50% de PU apresentaram um aumento no conteúdo protéico de 31, 45 e 48% respectivamente, em relação ao conteúdo protéico do pão padrão.
Em conclusão, todos os pães formulados apresentaram boa aceitação sensorial, apesar das características tecnológicas terem sido prejudicadas quando se adicionou mais de 3% PS nos pães devido ao acréscimo de polpa de pescado na formulação. No entanto, houve um aumento considerável do conteúdo protéico, que era o principal objetivo, a partir de uma espécie de pescado de baixo valor comercial. Dessa maneira, nas condições experimentais realizadas, pode-se concluir que a adição de polpa de pescado em pães pode contribuir para o enriquecimento protéico de produtos de panificação.
Ciência e Tecnologia de Alimentos
ISSN 0101-2061 versão impressa

Alimentação: Benefícios do alho na dieta
Há vários séculos, diferentes culturas têm observado que o consumo de alho é bom para a saúde, especialmente por estar relacionado à redução dos riscos de doenças cardiovasculares. Mas, até agora, a ciência não tinha muito a dizer sobre os mecanismos de ação e os princípios ativos por trás dessas propriedades.
Um grupo de pesquisadores norte-americanos acaba de descobrir, no entanto, que os compostos polissulfídeos derivados do alho digerido são processados pelas hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) transformando-se no mensageiro celular sulfeto de hidrogênio (H2S), que relaxa os vasos sangüíneos e aumenta o fluxo sangüíneo.
De acordo com a coordenadora da equipe, Gloria Benavides, da Universidade do Alabama, ingerir alho provavelmente aumenta o suprimento natural de sulfito de hidrogênio no organismo. O estudo será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).
Para realizar a pesquisa, os cientistas extraíram suco de alho - do tipo comumente encontrado em supermercados - e o adicionaram em quantidades diminutas a hemácias humanas. As células imediatamente começaram a emitir H2S. O sulfeto de hidrogênio, embora seja venenoso em altas concentrações, é essencial, em baixos níveis, para a sinalização celular.
Experimentos posteriores determinaram que a reação química chave acontecesse principalmente nas membranas dos glóbulos vermelhos, embora uma fração do H2S tenha sido também produzida dentro das células.
"Achamos que a produção de H2S desses polissulfídeos orgânicos derivados do alho fornece a base para os efeitos benéficos de longo prazo obtidos pelo consumo habitual da planta", destacou o estudo.
A produção de H2S foi medida em tempo real por um novo sensor polarográfico. Segundo os pesquisadores, a produção de H2S de polissulfídeos orgânicos é facilitada pela presença de compostos de alil e pelo aumento do número de átomos de enxofre. Poucas plantas além do alho possuem compostos de alil e enxofre - e o alho é a única comestível.
De acordo com os autores do trabalho, numerosos estudos destacam os efeitos benéficos de uma dieta rica em alho contra a progressão de doenças cardiovasculares. Mas também há uma série de estudos que indicam a ausência de efeito em suplementos alimentares à base de alho. Por conta disso, os pesquisadores sugerem que a produção de H2S nos glóbulos vermelhos poderia ser usada para padronizar suplementos dietéticos de alho.
Baseado nesses estudos uma alimentação rica em alho poderia ser favorável na profilaxia(prevenção) de moléstias cardiovasculares o flagelo atual que vem na esteira da obesidade, do sedentarismo e nas dietas desregradas.
Fonte: Boletim FAPESP - www.agencia.fapesp.br
Alimentação: Carnes de vaca com menor teor de colesterol
Um estudo realizado na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (USP), em Pirassununga, no interior paulista, verificaram que a suplementação na ração de bovinos com níveis elevados de sulfato de cobre diminuiu a deposição de colesterol no músculo conhecido, popularmente como contrafilé. Essa suplementação não causa efeito tóxico.Foram utilizados bois de uma raça que produz carne de melhor qualidade. Antes de serem abatidos, os animais permaneceram em baias individuais por 131 dias, alimentados com ração à base de milho e uma mistura mineral contendo sulfato de cobre.O experimento resultou na tese de doutorado de Gustavo Ribeiro Del Claro, que teve bolsa da FAPESP, e teve a orientação do professor Marcus Antonio Zanetti. Segundo o docente, do Departamento de Zootecnia, a deficiência de sulfato de cobre em bovinos causa hipercolesterolemia(aumento do teor de colesterol no sangue). Zanetti explicou que o inverso, doses elevadas de sulfato de cobre, provoca uma diminuição na síntese de colesterol nos bovinos. O sulfato de cobre é usado na suplementação da alimentação dos bovinos. Os autores aumentaram essa suplementação em 4 vezes. Com essa suplementação maior, a carne apresentou 30% a menos de colesterol. Com o aumento do sulfato de cobre na alimentação, não houve nenhum efeito tóxico nos animais, que tiveram crescimento e ganho de peso normais. No fim do período, os bovinos, que antes do confinamento tinham 14 meses de idade, ganharam cerca de 1,3 quilos por dia. O sulfato de cobre é amplamente utilizado para a promoção do crescimento em animais como suínos e frangos, nesse caso em doses que chegam a até 200 miligramas por quilo de ração. Para quem se preocupa com esse uso, é importante destacar que, mesmo em quantidades elevadas como essa usado com os bois, o cobre não é transferido para a carne.
Fonte: Boletim FAPESP - www.agencia.fapesp.br
Alimentação: Leite Longa Vida
O leite longa vida é um leite que sofre um processo especial para mantê-lo em ótimo estado para o consumo por um maior tempo.
O leite inicialmente passa pela homogeneização(tornando os glóbulos de gordura menores), aumentando a estabilidade do leite e evitando que o leite forme nata.
Em seguida é submetido a um processo que é chamado de ultra pasteurização que consiste em elevar a temperatura a 140 e 150 graus por 2 a 4 segundos e imediato resfriamento a temperaturas inferiores a 32 graus.
A seguir o leite é empacotado em condições de total assepsia em embalagens cartonadas também assépticas.
Há uma crendice de que o leite pode ser reprocessado por várias vezes depois de vencido o seu prazo, o que não é verdade.
Todos esses produtos possuem inspeção constante do Ministério da Agricultura. E pela Vigilância Sanitária.
As caixas apresentam um número no seu fundo. Essa numeração está relacionada ao número de ordem na produção.
Antes de seu aberto o pacote pode ser guardado sem refrigeração, mas depois de aberto deve ser guardado em geladeira. Aconselha-se que o leite após ser aberto, seja consumido em no máximo 3 dias.
As embalagens do leite longa vida são formadas por 6 camadas de proteção, com isso a embalagem é de alta qualidade, que protege o alimento da exposição à luz, ar, água e microorganismos. Com uma embalagem deste tipo o aroma e o sabor do leite são conservados.
Uma dúvida que às vezes surge é porque o leite não precisa de refrigeração quando fechado? É devido à caixa em que é guardado. Durante 180 dias, em condições ambientes ele resiste. No preparo do leite longa vida, nenhum conservante é colocado.
Uma dúvida comum que as mães têm é se o leite longa vida precisa ser fervido antes de consumido.
Não há necessidade de fervura antes do uso.
Alimentação: Como organizar a alimentação de seu filho
Muitos familiares nos perguntam como organizar uma alimentação saudável para seus filhos. Que alimentos escolher, como combiná-los nas várias refeições do dia. Vamos procurar de maneira bem simples dar variações para a alimentação.
Inicialmente vamos dividir as refeições em manhã e noite; almoço e jantar e lanche da tarde.
Manhã – pela manhã deveremos basear a alimentação no leite e nos casos de alergia a proteína do leite de vaca a um outro leite. Quando existe intolerância ao açúcar do leite(lactose), usar um substituto que não contenha a lactose(deveremos saber que todos os leite contem lactose). O leite poderá ser misturado a frutas(banana, maçã, mamão, abacate), quanto a maçã, não usar nos casos de refluxo ou acrescido de farinhas aveia (ligeiramente laxante) maizena, milho, arroz, araruta. As farinhas achocolatadas estão contra-indicadas em crianças que apresentam refluxo gastroesofágico.
Nas crianças maiores na refeição da manhã poderemos usar pão com manteiga ou geléia, queijo e presunto magro. Os sucos de frutas poderão eventualmente substituir parte do leite, nesta primeira refeição ou a noite.
No almoço e no jantar deveremos sempre usar um tipo de carne (as crianças não evoluem bem em dietas vegetarianas puras), que poderá ser de vaca, peixe ou frango. Em torno de 50 gramas por refeição é suficiente. óleo vegetal é preferível que gordura. Dentre os óleos vegetais dar preferência ao de girassol. Entre 10 a 15 ml para condimentar cada refeição. Os temperos só deverão ser usados perto de um ano e moderadamente.
Quanto aos alimentos propriamente ditos, vamos agrupá-los em :
Arroz : Poderá ser substituído por macarrão (a não ser em casos de doença celíaca).
Feijão : poderemos usar lentilha, milho verde, ervilha e grão de bico.
Cenoura : ou abóbora, moranga, abobrinha, batata baroa, beterraba, chuchu.
Batata inglesa : ou inhame, aipim, cará.
Alimentos ricos em fibras, muito úteis para o funcionamento intestinal: quiabo, vagem, couve-flor, brócolos, palmito, aspargo.
Folhas : alface, espinafre, bertalha, couve, agrião, broto de feijão.
Quando a criança é pequena o alimento poderá ser ligeiramente liqüefeito e depois amassado ou simplesmente amassado. Dever´[a ser dado preferentemente de colher.
Lanche: O lanche deverá ser constituído preferentemente por frutas como laranja, tangerina, abacaxi, caqui, morango + banana, maçã + mamão, melão, melancia ou abacate. Poderemos acrescer ainda dependendo da idade da criança, biscoitos, pão, queijo, geléias.
Nunca insistir para que se alimente.
Nos dias de verão predominar as frutas e evitar os alimentos gordurosos.
Só usar alimentos de boa qualidade.
As sopas e papas poderão ser feitas em maior quantidade, repartida em vasilhas de 250 a 300 ml e guardadas no congelador. O alimento congelado, só poderá ser descongelado uma vez; portanto não re-congelar um alimento que foi descongelado.
Não há vantagens de mudar o cardápio diariamente; você poderá aguardar alguns dias e só mudar quando a criança mostrar interesse em variar a alimentação(recusar parte da alimentação oferecida).
Alimentação: Cultivo de peixes brasileiros.
A carne de pescado durante muitos anos ficou somente usada nas regiões praianas ou ribeirinhas. Com o desenvolver da piscicultura, a oferta de peixe cresceu muito e tornou-se uma opção muitas vezes, mais em conta que as outras carnes como peixe, porco e vaca. As informações sobre a criação de peixes careceram apenas nos últimos anos, propiciando o aumento expressivo do uso do peixe na alimentação do adulto e da criança.
Dados sobre a criação de espécies brasileiras de peixes geralmente estão difusos em revistas científicas ou em anais de congressos, sendo difícil para os piscicultores e também para os cientistas obterem informações completas e atualizadas. Para se obter o máximo da criação e nas melhores condições de higiene, são preciso pesquisas e trabalhos científicos. Em vários estados brasileiros encontramos criações de tilápias, pacu, matrinxam, pintado, tambaqui, dourado etc. surgiu agora à oportunidade para aqueles que se interessam pela criação de peixes e obviamente pelo seu consumo. O livro intitulado "Espécies nativas para piscicultura no Brasil", organizado por Bernardo Baldisserotto e Levy C. Gomes, publicado pela editora da UFSM, foram reunidos capítulos sobre o cultivo de 19 espécies de peixes, cada um escrito por pesquisadores especialistas na espécie em questão.
Cada capítulo fornece ao leitor informações sobre a biologia, reprodução, engorda, efeitos da qualidade da água, nutrição, doenças e transporte destas espécies. Este livro é destinado a piscicultores, estudantes, pesquisadores e entusiastas pelo assunto.
O livro tem 473 páginas e o custo de obtenção é de R$ 57,00. Para informações e compra do livro enviar e-mail para levy@cpaa.embrapa.br.
Esperamos que novos entusiastas surjam para melhorar a nossa alimentação.
Alimentação: Principais fontes de alimentos alternativos
Vamos listar as principais fontes de alimentos alternativos que poderão ser usados na alimentação infantil e do adulto.
  1. Farinha de pescado – Essa farinha é muito usada na alimentação no Chile. Entre nós ela é pouco aceita. O gosto é forte, o aroma é de pescado limitando o seu uso. Quando usada é por acréscimo nas papinhas é de 10 a 20%. Em alguns locais ela é acrescida ao pão, não devendo ultrapassar 3%. O talharim e outras pastas poderão ser acrescidas da farinha também em 3%.

  2. Farelos – O farelo é um subproduto obtido através da moagem e refinação. Consiste no embrião mais os tegumentos que envolvem o grão e que são removidos no preparo do cereal para a alimentação humana. Os farelos mais usados como alimentação alternativa são os de trigo e de arroz. Usamos 1 a 2 colheres das de sopa ao dia de mistura com os vários alimentos. O farelo de arroz deveremos peneirar e retirara casca e o arroz quebradinho. Torrar em panela seca até que exale um cheiro semelhante ao amendoim torrado. Guardar em vasilhas secas e bem fechadas. O de trigo possui composição semelhante à do arroz. Preparar igual ao de arroz.

  3. Verduras e folhas alternativas – Citaremos apenas algumas mais usadas: azedinha, folha de batata- doce, ora pró nobis(maria sem vergonha), folha de cenoura, folha de rabanete, folha de quiabo, folha de tomate, folha de abóbora, folha de chuchu, folha de pimentão, folha de feijão, folha de beterraba, folha de couve- flor. Todas deverão ser preparadas igual a couve.

  4. Pó de casca de ovo.

  5. Fruta-pão – usar a fruta antes de totalmente amadurecida(de vez) Usar cozida ou assada.

  6. Sementes de girassol, abóbora e de melancia torradas,

  7. Farinhas de soja, de banana usadas para enriquecimento de misturas alimentares.

Na utilização dos alimentos alternativos, deveremos ter sempre presente a possibilidade de fatores tóxicos existirem nos mesmos. A maioria dos fatores tóxicos são termolábeis e não causam problemas desde que o alimento seja bem cozido. A contaminação dos alimentos deve ser sempre investigada. Risco de defensivos agrícolas nas folhas e sementes. Resumindo: as folhas deverão ser usadas em pó, torradas ou refogadas. Ass cascas deverão ser usadas no preparo de refrescos e doces. As sementes sempre torradas. Os caroços sempre torrados, ralados, cozidos ou moídos. Os farelos acrescidos aos bolos, mingaus, pães. Bem manejados os alimentos alternativos poderão suprir várias deficiências alimentares.

Alimentação: Alimentos Alternativos e Modismos
Os alimentos são divididos em três grandes grupos: Os chamados: a) construtores, ricos em proteínas, onde estão carnes, ovos, queijos, leites, amendoim, castanha, feijão, soja, etc., b) os energéticos, ricos em calorias como o açúcar, gorduras, óleos, margarinas, manteiga, arroz, aipim(mandioca, macaxera), milho, etc., c) os protetores que são ricos em vitaminas e sais minerais como as frutas, legumes e verduras.
Podem ainda ser divididos em: a) Convencionais. Aqueles consumidos pela maioria dos grupos populacionais independente de locais, raças e religiões. Como exemplos temos as carnes, pescados, leites, ovos e legumes. Temos ainda os b) Semiconvencionais que são consumidos por grupos humanos, ,mas que obrigam uma mudança nos hábitos alimentares. Como exemplo temos farinha de pescado, tortas oleaginosas como da soja e do girassol, algumas folhas e algumas cascas de alimentos. Finalmente temos o grupo dos não convencionais que são oriundos de microorganismos que crescem e se multiplicam em subprodutos da cana de açúcar, do petróleo e da celulose. Chamamos de alimentação alternativa aquela que se utiliza de fontes alimentares não convencionais e/ou semiconvencionais, tendo como finalidade, preencher as deficiências de uma alimentação inadequada ou enriquecê-la a fim de satisfazer as necessidades nutricionais com a dieta costumeira. Para que possamos utilizar fontes alternativas de alimentos, é fundamental que esses alimentos sejam de fácil preparo, baixo custo, alto valor nutritivo e de bom paladar. Se o alimento alternativo não preencher essas 4 qualidades ele não cairá no gosto da população alvo. Fonte de referência Nutrição da Criança – Fundo editorial BYK.

Alimentação: Sucralose
Sucralose é um adoçante derivado do açúcar. É o utilizado em todo mundo tanto para adoçar alimento como bebidas com baixo teor de calorias. Tem uma estrutura muito sólida sendo 600 vezes mais doce que o açúcar.
Inúmeros estudos científicos foram realizados nos últimos 20 anos, comprovando a sua segurança.
Estudos toxicológicos realizados comprovaram que não tem efeito cancerígeno nem teratogênico, podendo ser usado em nutrição infantil.
O FDA(órgão de fiscalização nos Estados Unidos), a FAO/WHO Expert Comittee on Food Additives (JECFA), a Health Protection Branch of Health and Welfane Canada; a National Food Anthority of Australia; e os Ministérios da Saúde da Argentina, Brasil, China e México, num total de mais de 25 países pôr todo o mundo autorizaram o seu uso.
Sucralose por si só não produz calorias. As vezes produtos feitos com sucralose acrescentam outros carbohidratos que forneceram calorias, bem como proteínas e gorduras.
A Sucralose é usada para adoçar produtos de baixa caloria, incluindo refrigerante, sorvete, laticínios e alguns "doces" chamados dietéticos. Pode ser usado como açúcar, sem perder a sua semelhança com o mesmo, mesmo quando é exposto à altas temperaturas. Mesmo após cozimento os produtos com Sucralose mantém o sabor doce.
Mesmo sendo derivado da sacarose(açúcar de cana), a Sucralose passa pelo corpo sem ser metabolizada. passa pelo corpo sem se modificar, isto é, não é metabolizada, e é eliminada após o consumo.
O cloro em forma de cloreto, que é encontrado no produto não causa problemas. O cloro restitui química e biologicamente a molécula de Sucralose, de maneira que a Sucralose passa através do corpo sem ser metabolizado e é eliminado após o consumo.
A quantidade de Sucralose que pode ser consumida por indivíduos, mesmo que diariamente durante toda sua vida, continuará sendo seguro por uma larga margem, segundo as autoridades internacionais de saúde. A Dose Diária Consumida (ADI) para a Sucralose estabelecida pelo U.S. Food and Drug Administration, é de 5mg/Kg do peso do indivíduo, por dia.
A Sucralose pode ser consumida com segurança por diabéticos. O Sucralose não é reconhecido pelo corpo como açúcar ou carbohidrato. Não é metabolizado pelo corpo como energia e não afeta a taxa de glicemia. O Sucralose não afeta também na utilização da glicose no sangue, no metabolismo do carbohidrato ou na produção de insulina. Produtos adoçados com Sucralose proporcionam um bom sabor e baixas calorias, sendo uma boa alternativa para pessoas diabéticas
Sucralose pode ser consumido por qualquer pessoa, inclusive mulheres grávidas e que estejam amamentando. Embora a Sucralose possa ser usada como parte de uma saudável dieta pré e pós natal, mulheres grávidas devem sempre consultar seu médico ou nutricionista à respeito da melhor alimentação para assegurar sua saúde e a do bebê durante este tempo muito especial.
Comidas e bebidas adoçadas com Sucralose podem ser usadas sem risco para crianças e jovens a saúde de jovens. Devemos ter sempre em mente que ela não acrescenta calorias a dieta.
A Sucralose pode ser usado como parte de uma dieta saudável, a qual inclui uma variedade de alimentos nutritivos em porções moderadas. Como o Sucralose oferece o doce sabor do açúcar sem as calorias do mesmo, e por ser ideal para cozinhar e assar, ajuda na exigência de consumo por alimentos de bom sabor e bebidas sem as calorias do açúcar.

Alimentação - Inadequação do leite de vaca em natureza para crianças menores que um ano
Inúmeros tem sido os trabalhos mostrando que as necessidades das crianças nos primeiros 12 meses de vida, não são satisfeitas pelo uso do leite em natureza, o leite de vaca sem sofrer alterações e adaptação ao organismo do lactente A Academia Americana de Pediatria recomenda que o leite de vaca integral, sem modificações em sua composição não seja oferecido as crianças no primeiro ano de vida. Esta falta de adequação do leite em natureza, poderá quando não convenientemente corrigida gerar problemas como anemia e sobrecarga renal. Poderíamos listar estas principais falhas: Deficiência de ferro , ferro de má qualidade dificultando o seu aproveitamento pelo lactente, excesso de fósforo e perda de ferro pelo intestino devido a pequena incompatibilidade que todo leite de espécie diferente causa na espécie humana. Essas falhas acabam por acarretar anemia por falta de ferro e de certa forma prejudicar o crescimento e o bom desenvolvimento da lactente. Apresenta ainda uma deficiência em um ácido muito importante para o crescimento, desenvolvimento da pele e do sistema nervoso que é o ácido linoleico. Como o leite de vaca em natureza apresenta maiores quantidades de sódio, potássio, cloretos e proteínas de não tão boa qualidade como a humana, acarretarão grande sobrecarga aos rins e facilitando a instalação de desidratações. A grande quantidade de fósforo encontrada, prejudica uma boa absorção do cálcio podendo levar a deficiência de cálcio. O uso das fórmulas lácteas infantis, em que pese, não substituírem em nenhuma hipótese o leite materno, não acarretam estes problemas. As fórmulas infantis, procuram melhorar a qualidade das proteínas, tornar as gorduras de melhor absorção, o acréscimo de vitaminas corrigirá a falta existente no leite de vaca e o acréscimo de ferro de fácil absorção evita a instalações de anemia ferropriva. Assim sempre que possível deveremos estimular o aleitamento materno, nada o substitui; mas na sua ausência deveremos sempre que possível até um ano, usar uma fórmula láctea adequada a cada período etário da criança no primeiro ano de vida.

Alimentação: Anorexia no adolescente.
A incidência da anorexia tem-se mantido a mesma nos últimos anos, a não ser entre os adolescentes. Entre as meninas acima de 15 anos até pouco mais de 20, sua incidência tem crescido principalmente entre 15 e 18 anos. Em mais baixa idade também estamos encontrando aumento de casos. Em algumas idades como entre 10 e 14 anos, período que coincide com a puberdade, chega a ser assustador o número de crianças que apresentam o problema. Muito se tem perguntado o motivo do aumento desta incidência e tudo leva a crer que seja um tributo cobrado pela sociedade. A sociedade cobra muito um corpo perfeito das meninas, fazendo com que elas fiquem sem se alimentar com medo de se tornarem gordas e obesas. Entre o sexo masculino esta cobrança é menor e menos intensa. Muitas destas meninas mesmo com o corpo correto, se acham gordas e, param de se alimentar. Algumas chegam a casos extremos necessitando serem internadas afim de serem recuperadas. É preciso que tenhamos cuidado na condução das meninas na puberdade. Nesta idade é comum a menina ganhar mais peso, ficando ligeiramente mais roliça. Neste ponto poderá haver um desespero para perder peso, surgindo a anorexia rebelde e as vezes fatal. A menina deverá ser bem acompanhada pelo pediatra , por nutricionista e por psicólogo ou se for o caso psiquiatra. Não adianta a família brigar ou insistir para que se alimente, pois quando isto acontece, muitas delas, vomitam espontaneamente ou após provocarem. O peso é importante, mas a saúde é muito mais.

Alimentação: Aleitamento Materno: Composição do Leite Humano.
A composição do leite humano foi conseguida através de estudos com o leite no terceiro dia após o parto, no décimo quarto dia e no vigésimo oitavo dia. O leite no terceiro dia é chamado de colostro, e ao contrário do leite de dias posteriores é mais rico em proteínas e mais pobre em gorduras e em açucares(lactose). O leite chamado de transição é aquele que sucede ao colostro, a partir do terceiro dia, até o décimo quarto dia. Ele mantém ainda um teor mais elevado de proteínas, menor de gorduras e de lactose. O leite maduro é aquele que se estabiliza após o leite de transição e está presente no décimo oitavo dia. Ele tem menos proteínas, mais gorduras e lactose. Quando comparado com o leite de vaca, o leite humano tem menor quantidade de proteínas, mas proteínas de melhor qualidade. No quadro abaixo poderemos ver a composição do leite na fase de colostro, transição e maduro.

Colostro Leite de Transição Leite Maduro

Prot.gr......................................2,29 1,57 1,42

Açúcar em gramas.................6,16 6,78 7,26

Gordura em gramas...............1,71 3,48 4,00

Cálcio em mg%....................21,40 25,80 24,90

Fósforo mg% ......................11,00 16,80 15,80

Magnésio mg%.....................2,50 2,60 2,50