Psoríase caracteriza-se por ser uma doença de etiologia desconhecida, com evolução crônica, acentuada e tendência às recidivas. A lesão característica é representada por uma placa eritemato-escamosa, saliente em relação à superfície da pele. As escamas estão superpostas como lâminas de um fragmento de mica; apresentam cor avermelhada e podem ser destacadas com facilidade, mediante a raspagem da lesão. As lesões podem ser do tamanho de gotas (gutata)
ou de moedas (numular); podem confluir para formação de figuras policíclicas, como também branquear o centro e permanecer em atividade na periferia, formando arcos de círculo A psoríase tem elevada predileção pelo couro cabeludo e pelas superfícies de extensão de joelhos e
cotovelos, mas qualquer área cutânea pode ser sede de lesões. As unhas são freqüentemente envolvidas, e traumatismos de qualquer natureza, que atingem a pele do paciente, podem produzir o aparecimento de novas lesões na área traumatizada. A generalização por toda a pele denomina-se forma entrodérmica. Formas de difícil controle são representadas pelas psoríases artropática e eritrodérmica.
De acordo com Sampaio, Castro e Rivitti (1989), a psoríase artropática é aquela cujas lesões são disseminadas com comprometimento das articulações (particularmente das mãos), que se apresentam inchadas e dolorosas; psoríase pustulosa com um quadro de lesões eritemato-escamosas e pustuloso generalizado, ampla exacerbação de formação de pústula na pele, levando o indivíduo a apresentar febre; e, finalmente, a psoríase eritrodérmica, que é uma descamação universal ou muito extensa, podendo ter um aumento até que todo o corpo seja envolvido.
Para alguns estudiosos, o tipo mais comum de psoríase é a denominada vulgar. A psoríase vulgar é caracterizada por pápulas e placas róseas e vermelhas que são de tamanho variável, nitidamente demarcadas, secas e usualmente cobertas com camadas de finas escamas prateadas. O couro cabeludo, a região sacra e as superfícies extensoras das extremidades são comumente afetados, embora em alguns pacientes as áreas flexurais e intertriginosas (psoríase inversa) sejam principalmente afetadas.
Chiozza (1991) acrescenta que a psoríase vulgar evolui em episódios separados, com períodos de latência inconstantes, ao acaso e imprevisíveis, e com momentos de remissão total. O prognóstico e o tratamento dependem da gravidade e da extensão do acometimento inicial.
ou de moedas (numular); podem confluir para formação de figuras policíclicas, como também branquear o centro e permanecer em atividade na periferia, formando arcos de círculo A psoríase tem elevada predileção pelo couro cabeludo e pelas superfícies de extensão de joelhos e
cotovelos, mas qualquer área cutânea pode ser sede de lesões. As unhas são freqüentemente envolvidas, e traumatismos de qualquer natureza, que atingem a pele do paciente, podem produzir o aparecimento de novas lesões na área traumatizada. A generalização por toda a pele denomina-se forma entrodérmica. Formas de difícil controle são representadas pelas psoríases artropática e eritrodérmica.
De acordo com Sampaio, Castro e Rivitti (1989), a psoríase artropática é aquela cujas lesões são disseminadas com comprometimento das articulações (particularmente das mãos), que se apresentam inchadas e dolorosas; psoríase pustulosa com um quadro de lesões eritemato-escamosas e pustuloso generalizado, ampla exacerbação de formação de pústula na pele, levando o indivíduo a apresentar febre; e, finalmente, a psoríase eritrodérmica, que é uma descamação universal ou muito extensa, podendo ter um aumento até que todo o corpo seja envolvido.
Para alguns estudiosos, o tipo mais comum de psoríase é a denominada vulgar. A psoríase vulgar é caracterizada por pápulas e placas róseas e vermelhas que são de tamanho variável, nitidamente demarcadas, secas e usualmente cobertas com camadas de finas escamas prateadas. O couro cabeludo, a região sacra e as superfícies extensoras das extremidades são comumente afetados, embora em alguns pacientes as áreas flexurais e intertriginosas (psoríase inversa) sejam principalmente afetadas.
Chiozza (1991) acrescenta que a psoríase vulgar evolui em episódios separados, com períodos de latência inconstantes, ao acaso e imprevisíveis, e com momentos de remissão total. O prognóstico e o tratamento dependem da gravidade e da extensão do acometimento inicial.
O QUE É PSORÍASE
É uma doença de pele e de articulações (chamada psoríase artropática), de origem genética, mas que atinge somente 30% dos indivíduos que possuem histórico familiar. Aproximadamente 70 a 100 milhões de pessoas, em todo mundo, possuem o gene para psoríase em suas células, podendo ou não vir a desenvolvê-la em qualquer fase da vida. Não existem exames laboratoriais para identificar a psoríase. É conhecida desde a antiguidade e já foi confundida com a lepra (hanseníase). Muita gente acredita que a psoríase seja uma doença emocional ou psicossomática, porém, na última década, foi confirmada que além da predisposição genética, a psoríase é mediada pelo sistema imunológico de defesa, como ocorre em outras doenças como a artrite reumatóide e doença de chron, produzindo alterações nas células da pele, vasos de sangue e nas substâncias imunológicas. Psoríase e psoríase artropática são doenças inflamatórias crônicas, não contagiosas e que ocorrem em surtos de piora, melhora ou desaparecimento por tempo indeterminado. Não há como prever sua evolução. Geralmente, fatores desencadeantes promovem um novo surto. Na pele, a inflamação forma placas avermelhadas em que as células chamadas queratinócitos aumentam sua velocidade de produção e, ao se acumular na superfície,
formam escamas esbranquiçadas. Também pode ocorre inflamação na articulação óssea provocando rigidez de movimentação, inchaço, dor e, em alguns casos mais raros, destruição óssea. Aprender sobre essas doenças e seus tratamentos pode resultar em melhor qualidade
de vida. O Centro Brasileiro de Psoríase tem a função de contribuir para isso, oferecendo uma visão global e atualizada dos tratamentos.QUEM TEM PSORÍASE
A psoríase atinge igualmente homens e mulheres em qualquer idade. Em 15% dos casos aparece em crianças com até 10 anos. Quando ocorre na infância e já existem casos na família, a psoríase pode ter controle mais difícil. Ela existe em todas as regiões do mundo, com incidência de 2 % da população, sendo que em maior número em países como Finlândia, Islândia, Noruega e Alemanha e um pouco menos em povos em que não há mistura de raças, como os negros da África oriental, índios e esquimós. Nos EUA, estima-se em 8 milhões de pessoas com psoríase; no Brasil, em cerca de 2 % de seus habitantes. É muito importante saber que 20% a 30 % das pessoas com psoríase na pele podem, em qualquer fase da vida, desenvolver psoríase artropática. O dermatologista deve ser informado quando houver dores ou inchaços em alguma junta, para uma necessária avaliação do médico reumatologista.
FATORES DESENCADEANTESO indivíduo geneticamente predisposto para ter psoríase precisará de um ou mais fatores desencadeantes para iniciar o primeiro surto ou exacerbar uma psoríase já instalada. São eles: -Infecções em qualquer órgão por bactérias estreptocócicas (faringite, amigdalite, pneumonia,infecção urinária, etc...), vírus (herpes, gripe, HIV, etc...) ou fungos (micose, candidíase vaginal, etc...) podem ou não predispor à psoríase e psoríase artropática. Há uma hipótese de formação de superantígenos alterando o sistema imunológico da pele. Converse com seu dermatologista se as crises de psoríase vieram após infecções. -Trauma físico na pele pode resultar em uma nova lesão de psoríase (chamada fenômeno de Koebner) ou piorar uma lesão já existente. Isso explica porque a psoríase é mais comum em cotovelos (atritos na mesa), joelhos (raspam na calça) e couro cabeludo (atrito ao escovar os cabelos). É preciso evitar remover escamas ou coçar. -Medicamentos podem alastrar a psoríase para o corpo todo, principalmente aqueles compostos de cortisona (corticóides), em comprimidos, injeções ou mesmo na fórmula de cremes, pomadas e loções capilares que, quando utilizados por longos períodos e em áreas extensas do corpo, correm o risco de serem absorvidos pela a corrente sanguínea, piorando a psoríase na pele. Evite automedicação e informe seu dermatologista de todos os remédios que usa. Alguns medicamentos prescritos para hipertensão ou coração podem piorar a psoríase até mesmo meses depois de ingeridos, como o atenolol, propanolol e captopril. Lítio prescrito para depressão também pode influenciar, assim como a cloroquina para dores reumáticas. Nunca suspenda o uso sem antes conversar com o médico. -Origem emocional e estresse psíquico são comumente relacionados à psoríase, quando a forma é intensa e constante, mas nem sempre são a principal causa da evolução da afecção já que existem outros fatores que modificam o sistema imunológico. A explicação possível seria a liberação de neurotransmissores pelo sistema nervoso
central de outras substâncias mediadoras para pele. A psiconeuroimunologia é a ciência que estuda esses fenômenos e que também explica como técnicas de relaxamento físico e mental podem beneficiar alguns pacientes com psoríase e psoríase artropática. -Tabagismo e abuso de bebidas alcoólicas são associados com a piora da psoríase e certamente podem levar à toxicidade quando se faz uso de medicações sistêmicas para essa doença. Em relação a alimentos, nada foi associado e certamente uma dieta equilibrada, assim como evitar obesidade, são cuidados benéficos para o organismo como um todo. -Variações climáticas, inverno rigoroso e baixa umidade podem estar relacionados com períodos de piora da psoríase e da artralgia (dor articular) da psoríase artropática.
Tipo de psoríase e diagnósticoHá tipos diferentes de apresentação da psoríase na pele: -psoríase vulgar: pequenas lesões até grandes placas, comuns em couro cabeludo, cotovelos, região lombar e joelhos. Pode atingir unhas e genitais. -psoríase eritrodérmica: quando atinge a totalidade do corpo, sendo uma forma mais rara que pode ser grave e com sintomas sistêmicos. -psoríase gutata: semelhantes a lesões em gotas espalhadas pelo tronco. -psoríase palmoplantar: somente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Pode ter a variação pustulosa quando aparecem pequeníssimas pústulas que logo se rompem. -psoríase invertida:quando, em vez de áreas de extensão, acometem dobras das
axilas, virilhas. -psoríase artropática: em uma ou várias articulações e com características diferentes da artrite reumatóide. Geralmente é diagnosticada pelo médico reumatologista. A evolução pode ser aguda ou mais comumente progressiva das áreas de atrito para outras regiões. O diagnóstico pode exigir biópsia da pele, mas a experiência clínica do dermatologista geralmente é suficiente para confirmar.
Tratamentos
Varia conforme a quantidade de lesões na pele, sendo que em até 10% do corpo utilizam-se medicamentos tópicos com alcatrão, coaltar, derivados da vitamina D3, como o calcipotriol e calcitriol. Porém, quando há maior quantidade de lesões tornamse necessários tratamentos mais generalizados como a fototerapia (banho de luz) com ultravioleta A (PUVA) ou B, ou laser. Na psoríase disseminada por mais de 30% do corpo e na psoríase artropática estão indicados medicamentos sistêmicos sob rigoroso controle médico e laboratorial para evitar efeitos colaterais já conhecidos há anos da acitretina, metotrexato e ciclosporina. Quando essas medicações deixam de ser eficazes ou provocam toxidades no fígado ou em outros órgãos, são indicadas as drogas biológicas injetáveis como o infliximabe, etanercepte e efalizumabe e adalimumabe. É consenso que o melhor é combinar tipos de medicações e mudá-las na crise seguinte de psoríase. O uso de cremes hidratantes no corpo todo, sol com moderação (e fotoprotetor no rosto), não mexer ou atritar a pele, são medidas fundamentais para saúde da derme. A pessoa com psoríase, quando informada, tem maior condição de discernir o que é mais adequado tanto no momento como na gestão em longo prazo. Grupos de apoio geralmente proporcionam ambiente propício para conversa, troca, informação e apoio. Associações sem fins lucrativos são fundamentais para exercer o direito do paciente.
TER PSORÍASE
O estigma social pode ser mais difícil do que os sintomas da psoríase. É comum produzir mudanças de comportamento e até de personalidade. A falta de apoio e compreensão pode agravar a evolução da doença, tornando-a crônica. O custo dos medicamentos e o custo de dedicar horas a tratamentos sem resultados definitivos, leva a frustrações e perda da auto-estima. Porém, uma nova atitude de enfrentamento diante da psoríase, mudanças de hábitos e maiores cuidados, aliados a tratamentos médicos e científicos, levam com certeza a um controle e melhor qualidade de vida da pessoa com psoríase. • Centro Brasileiro de Psoríase promove encontros anuais gratuitos para pessoas com psoríase unindo as associações de psoríase, autoridades e profissionais da saúde pública, de estética e fisioterap
Referências Bibliográficas
1- Allegranti, I., Gon, T., Magaton-Rizzi, G., & Aguglia, E. (1994). Prevalence of alexithymic characteristics in psoriatic patients. Acta Dermato Venereologica Supplementum (Stockh), 186, 146–147.
2- Arruda, L. H. F., Campbell, G. A. M., & Takahashi, M. D. F. (2001). Psoríase. Anais Brasileiros de Dermatologia, 76 (2), 141-167.
3- Atkinson, R. L., Atkinson, R. C., Smith, E. E., Bem, D. J., & Hoeksema S. N. (1995). Estresse e enfrentamento. In R. L.
4- Atkinson, R. C. Atkinson, E. E. Smith, D. J. Bem & S. N. Hoeksema. Introdução à Psicologia (11a. ed., pp.458-483). Porto Alegre: Artes Médicas.
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6- Bork, K., & Brauninger, W. (1998). Dermatologia clínica: diagnóstico e terapia (2a. ed., pp.127-130). São Paulo: Manole.
7- Brophy, S., Taylor, G., Blake, D., & Calin, A. (2003). The interrelationship between sex, susceptibility factors, and outcome in ankylosing spondylitis and its associated disorders including inflammatory bowel diseases, psoriasis, and irits. Jounal Rheumatol, 30 (9), 2054-2058.