domingo, 21 de fevereiro de 2010

OSTEOPOROSE


Osteoporose

Osteoporose e Consumo de Cálcio

A Osteoporose é um distúrbio do metabolismo ósseo caracterizado pela diminuição da densidade mineral óssea, com deterioração da microarquitetura óssea, levando a um aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas. Devido ao aumento na expectativa de vida da população, a osteoporose tem sido considerada uma importante questão em termos de saúde pública. Afeta entre 15 e 20 milhões de pessoas, incluindo uma em cada três com mais de 65 anos de idade. A prevalência de osteoporose e a incidência de fraturas variam de acordo com o sexo e a raça. As mulheres brancas na pós-menopausa apresentam maior incidência de fraturas.

A partir dos 50 anos, 30% das mulheres e 13% dos homens poderão sofrer algum tipo de fratura por osteoporose. Estudos realizados no Brasil evidenciaram incidência similar, especialmente na população branca, porém deve-se considerar a grande miscigenação da população brasileira, uma vez que indivíduos da raça negra apresentam menor incidência de fraturas.

A osteoporose se desenvolve como decorrência do processo de remodelação óssea, que consiste basicamente na retirada do osso mineralizado e sua substituição por osteóides mineralizados por ação dos osteoclastos e osteoblastos. O processo de remodelação ocorre de maneira seqüencial, ou seja, inicia-se pela reabsorção seguida pela formação, um processo que dura, em média, três a quatro meses. No desenvolvimento da osteoporose ocorre um desequilíbrio nesse processo, com reabsorção predominando sobre a formação, resultando em diminuição da massa óssea. O pico de massa óssea é determinado geneticamente e alcançado logo após o término do crescimento linear, porém fatores ambientais podem ser mais determinantes para influenciar a massa óssea final do indivíduo e a probabilidade do desenvolvimento da osteoporose.

Dentre os fatores de risco está a ausência de atividade física regular e de terapia de reposição hormonal, bem como, fatores genéticos e aqueles relacionados à dieta. A massa óssea adequada a cada indivíduo está associada a uma boa nutrição que deve ser constituída de uma dieta balanceada com quantidade calórica suficiente e suprimento de cálcio e vitamina D adequados.

Em relação ao esqueleto, o nutriente mais importante é o cálcio e sua ingestão está relacionada com o pico de massa óssea, prevenção e tratamento da osteoporose. Quando há ingestão insuficiente de cálcio, a concentração plasmática deste mineral cai e a glândula paratireóide é estimulada a liberar paratormônio (PTH). O PTH aumenta a reabsorção renal de cálcio, estimula os locais de reabsorção óssea e ativa a vitamina D para aumentar a absorção intestinal de cálcio. Embora esse mecanismo regulador permita uma resposta rápida para corrigir a diminuição de cálcio no sangue (hipocalcemia) transitória, uma dieta cronicamente deficiente em cálcio acarretará conseqüências graves para o esqueleto.

As recomendações de ingestão de cálcio para mulheres adultas estão entre 1000 e 1300 mg por dia, de acordo com os valores de ingestão adequada (AI) estabelecidos pelo Food and Nutritiom Board, 1997. De acordo com os guias alimentares, as recomendações de produtos lácteos para a população brasileira são de três porções diárias.

Levando-se em consideração que um copo médio de leite (200ml) contém 240 mg de cálcio, uma fatia média de queijo branco de 30g equivale a aproximadamente 200 mg de cálcio e um iogurte de 200g contém em média 240 mg de cálcio. Somando as três porções, obtém-se um valor de 680 mg de cálcio, bastante inferior à ingestão adequada recomendada pelo Food and Nutrition Board, principalmente para a faixa etária acima de 51 anos, a qual necessitaria do dobro das porções recomendadas para atingir 1300 mg/dia.
O risco de osteoporose depende tanto do índice de perda de massa óssea na pós-menopausa quanto da massa óssea alcançada após a adolescência. Indivíduos que não alcançam a maior densidade mineral óssea durante o pico de formação, apresentam maiores risco de desenvolvimento da osteoporose em idades mais avançadas.

Portanto, é necessário que haja um esforço entre os profissionais da área de saúde, no sentido de estimular o aumento do consumo de alimentos ricos em cálcio, com o objetivo de prevenção da osteoporose, pois não é provável que possa ocorrer deposição de maiores quantidades de cálcio na idade adulta, como uma correção da falta de cálcio dietético nas idades de formação da massa óssea.

A vitamina D também é essencial para uma absorção adequada de cálcio e fósforo. Seus precursores são sintetizados na pele a partir da exposição solar. O Brasil, por ser um país tropical, não tem muitos estudos que avaliam os níveis de vitamina D da população, porém alguns resultados apontam que uma porcentagem de aproximadamente 30% dos idosos possa apresentar deficiência desta vitamina. Nos idosos a síntese cutânea de vitamina D equivale a um terço da produção de um individuo jovem. Associado ao fato de permanecerem mais tempo em ambientes fechados e usarem roupas mais pesadas, são uma população de risco para deficiência de vitamina D.

Além da ausência da vitamina D, alguns nutrientes ou componentes de nutientes podem inibir a absorção do cálcio.

Entre eles estão o ácido oxálico (presente no espinafre, acelga, semente de tomate, cacau, nozes e feijões), ácido fítico (película externa dos grãos de cereais e feijões) e a fibra.

Uma outra mediada importante na prevenção da osteoporose é a prática regular de atividade física. O exercício transmite carga ao esqueleto mediante o impacto direto e a contração muscular. A falta de atividade física adequada pode influenciar negativamente o pico de massa óssea, havendo a necessidade de incentivo à prática esportiva para mulheres em todas as idades. A sustentação para a afirmativa de que o exercício físico é uma medida preventiva para a osteoporose baseia-se em observações segundo as quais indivíduos fisicamente ativos e atletas têm maior massa óssea em relação aos sedentários.

Frente à gravidade da osteoporose e apesar da sua prevenção envolver vários fatores interativos, o consumo de dietas que atendam as recomendações de cálcio deve ser incentivado como uma das estratégias de prevenção primária da osteoporose. O que pode ser conseguido através de um programa de educação alimentar que enfatize a necessidade do cálcio.

O que é osteoporose?

Osteoporose é uma doença que se apresenta com perda óssea progressiva associada a um risco aumentado de fraturas. Ela literalmente significa "osso poroso". Frequentemente a doença se desenvolve sem ser notada através de muitos anos, sem sintomas ou desconfortos até que uma fratura aconteça. A osteoporose frequentemente causa diminuição da estatura e gibosidade (uma região lombar marcadamente arredondada).

Da esquerda para direita: vértebra normal, vértebra com osteoporose leve e vértebra com osteoporose marcante.
Da esquerda para direita: vértebra normal, vértebra com osteoporose leve e vértebra com osteoporose marcante.

Por que eu deveria estar preocupado com isso?

A osteoporose é um problema de saúde, que afeta 28 milhões de americanos e contribui para um número aproximado de 1 milhão de fraturas ósseas por ano.

Uma em duas mulheres e um em cinco homens com idade superior a 65 anos, irão sofrer fraturas ósseas devido à osteoporose. Muitas dessas são fraturas dolorosas do quadril, coluna vertebral, punho, braço e perna que frequentemente ocorrem como resultado de uma queda. Entretanto mesmo simples tarefas diárias podem produzir uma fratura da coluna vertebral se os ossos foram enfraquecidos pela doença.

A mais debilitante fratura por osteoporose é a dor quadril. A maioria dos pacientes com fratura do quadril que anteriormente viviam independentes, vão necessitar de auxílio de sua família ou algum cuidado de terceiros. Todos os pacientes com fratura do quadril vão necessitar auxílio para caminhar por muitos meses, e quase a metade vai precisar permanentemente de muletas ou andadores para se locomover tanto no domicilio como fora dele. Fraturas do quadril são de custo elevado. Os cuidados com esses pacientes que tiveram fratura do quadril somam mais de 10 bilhões - 35 mil dólares por paciente.

O que causa a osteoporose?

Médicos não sabem exatamente a causa da osteoporose, mas eles conhecem a maior parte dos fatores que podem levar à doença.

Envelhecimento. Todos perdem massa óssea com o envelhecimento. Após a idade de 35 anos, o organismo fabrica menos osso novo para recolocar a perda de osso velho. Em geral quanto mais velho você é, mais baixa é a sua massa óssea e maior o risco de osteoporose.

Hereditariedade. História familiar de fraturas; com formação óssea esguia; pele clara; descendência caucasiana ou asiática pode aumentar o risco para osteoporose. A hereditariedade também pode explicar porque algumas pessoas desenvolvem osteoporose cedo na vida.

Nutrição e estilo de vida. Nutrição deficiente, incluindo uma dieta pobre em cálcio, baixo peso corporal e um estilo de vida sedentário tem sido relacionados à osteoporose, assim como o fumar e uso excessivo de álcool.

Medicamentos e outras doenças. A osteoporose tem sido relacionada com alguns medicamentos, incluindo esteróides, e com outras doenças incluindo alguns problemas da tireóide.

Da esquerda para direita: vértebra normal, vértebra com osteoporose leve e vértebra com osteoporose marcante.
Da esquerda para direita: vértebra normal, vértebra com osteoporose leve e vértebra com osteoporose marcante.

Como eu posso prevenir a osteoporose ou impedir que ela se agrave?

Existe uma série de atitudes que você pode ter durante a vida para prevenir a osteoporose, ou então para diminuir a sua velocidade de progressão e proteger a você próprio de fraturas.

Inclui-se adequadas quantidade de cálcio e vitamina D em sua dieta.

Cálcio. Durante o crescimento o seu corpo necessita cálcio para construir ossos fortes e para criar um suprimento de reserva de cálcio. Construir uma boa massa óssea quando se é jovem é um bom investimento para o futuro. Níveis baixos de cálcio durante o crescimento podem contribuir para o desenvolvimento da osteoporose mais tarde na vida.

Independente da sua idade ou do seu estado de saúde, você necessita cálcio para manter os seus ossos sadios. O cálcio continua a ser um nutriente essencial mesmo após o crescimento, porque o organismo necessita de cálcio todo dia. Mesmo que o cálcio não consiga prevenir a perda óssea gradual após a menopausa, ele continua a ser uma regra essencial em manter a qualidade óssea. Mesmo que você tenha passado pela menopausa ou no momento já tem osteoporose, aumentar a ingesta de cálcio e vitamina D, pode diminuir o seu risco de fraturas.

A quantidade de cálcio que você vai precisar, dependerá da sua idade e de outros fatores. A Academia Nacional de Ciências, faz as seguintes recomendações relativas à ingesta diária de cálcio.

Homens e mulheres dos nove aos dezoito anos: 1,300mg por dia.

Mulheres e homens dos dezenove aos cinqüenta anos: 1.000mg por dia.

Grávidas ou amamentando até a idade de dezoito anos: 1,300mg por dia.

Grávidas ou amamentando dos dezenove aos cinqüenta anos: 1.000mg por dia.

Mulheres e homens acima dos cinqüenta anos: 1,200mg por dia.

Lacticínios incluído iogurte e queijo são excelentes fontes de cálcio. Um copo de leite de aproximadamente 250ml contém aproximadamente 300mg de cálcio. Outra fonte de alimentos ricos em cálcio incluem sardinha com os ossos e vegetais de folhas verdes, incluindo brócolis e vagens.

Se a sua dieta não contem cálcio suficiente, suplementos dietéticos podem auxiliar. Converse com o seu médico antes de iniciar o uso de suplemento de cálcio.

Vitamina D. A vitamina D auxilia o seu organismo a absorver cálcio. A recomendação para a quantidade diária de vitamina D é de 200 a 600 UI. Laticínios são uma excelente fonte de vitamina D. Uma xícara de leite contém 100 UI. Um medicamento multi-vitamínico cotem 400 UI de vitamina D. Suplementos vitamínicos podem ser ingeridos se a sua dieta não é insuficiente neste nutriente. Outra vez, consulte o seu médico antes de iniciar o uso de um suprimento vitamínico. Vitamina D pode causar hipervitaminose.

Exercite-se regularmente. Assim como os músculos, os ossos necessitam de exercícios para continuar fortes. Independente da sua idade, o exercício pode auxiliá-lo a minimizar a perda de osso, enquanto provê benefício adicional a sua saúde. Médicos acreditam que um programa regular e moderado de exercícios (três a quatro vezes por semana), é efetivo para a prevenção e controle da osteoporose. Exercícios de impacto como: caminhar, correr, subir escadas, dançar, levantamento de peso são provavelmente os melhores. Quedas são responsáveis por 50% das fraturas. Dessa maneira mesmo que você tenha uma densidade óssea baixa, você pode prevenir fraturas prevenindo as quedas. Programas que enfatizam o treinamento do equilíbrio, especialmente "taichi", deveriam ser considerados. Consulte seu médico antes de iniciar qualquer programa de exercícios físicos.

Como a osteoporose é diagnosticada?

O diagnóstico da osteoporose é normalmente feito pelo seu médico, usando uma combinação de história médica completa e exame físico, radiografias do esqueleto, densitometria óssea e testes laboratoriais. Se o seu médico achar uma massa óssea baixa, ele por ventura poderá solicitar testes adicionais para descartar a possibilidade de outras doenças que podem causar perda óssea, incluindo osteomalácia (deficiência de vitamina D) ou hiperparatiroidismo (hiperatividade das glândulas paratireóides).

Densitometria óssea é um estudo radiográfico seguro e indolor que compara a sua densidade óssea com o pico de densidade óssea que toda pessoa do seu sexo, da sua etnia deve ter alcançado por volta da idade de 20 a 25 anos, quando este pico está em seu ponto mais alto.

Ela é normalmente realizada em mulheres por volta da menopausa. Vários tipos de densitometria óssea são usados hoje em dia para detectar perda óssea em diferentes áreas do seu corpo. A medida da absorção através de uma radiografia de duplo facho é um dos mais acurados métodos, porém outras técnicas podem da mesma maneira identificar osteoporose, incluindo a medida da absorção através de único fóton ou a tomografia computadorizada quantitativa, a medida da absorção radiográfica e o ultrasom. Seu médico pode determinar qual o melhor método para você.

Perda da altura ombros encurvados de uma pessoa com osteoporose resulta do colapso de vértebras enfraquecidas.
Perda da altura ombros encurvados de uma pessoa com osteoporose resulta do colapso de vértebras enfraquecidas.

Como a osteoporose é tratada?

Devido ao fato de que o osso perdido não pode ser recuperado, o tratamento da osteoporose foca prevenção de perda óssea continuada. O tratamento é normalmente o esforço de um time envolvendo médico de família, ortopedista, ginecologista e o endocrinologista.

Enquanto exercício e uma terapia nutricional são frequentemente a chave do plano de tratamento da osteoporose, existem outros tratamentos.

A terapia de reposição hormonal é normalmente recomendada para mulheres com osteoporose de alto risco, para prevenir a perda óssea e reduzir o risco de fratura. A medida da densidade óssea quando a menopausa inicia, pode ajudar a decidir se a terapia de reposição hormonal está indicada para você. Os hormônios também previnem doença cardíaca, melhoram o funcionamento cognitivo, assim como a função renal. A terapia de reposição hormonal não é totalmente isenta de riscos, incluindo um aumentado risco para câncer de mama. Ela deve ser adequadamente discutida com o seu médico.

Novas drogas tem sido introduzidas, assim como os anti-estrogênios. Eles incrementam a massa óssea, diminuem o risco de fraturas vertebrais e diminuem o risco de câncer da mama.

Calcitonina é outra medicação usada para diminuir a perda óssea. O spray nasal desta medicação aumenta a massa óssea, limita as fraturas vertebrais e pode oferecer alguma diminuição da dor.

Bisfosfonados incluindo alendronato, aumentam de maneira marcante a massa óssea e previnem tanto as fraturas vertebrais como as do quadril. A terapia de reposição hormonal, alendronato e o uso de anti-estrogênios com a calcitonina, todos juntos oferecem ao paciente com osteoporose uma oportunidade não apenas para aumentar a massa óssea, mas também para significantemente reduzir o risco de fratura. A prevenção é preferível do que aguardar até que algum tratamento seja necessário.

O seu ortopedista é um médico com extenso treinamento em diagnosticar e tratar de maneira cruenta ou incruenta o sistema músculo-esquelético incluindo ossos, articulações, ligamentos, tendões, músculos e nervos.

Essa brochura foi preparada pela academia americana de cirurgiões ortopedistas e contem informações atualizadas sobre o problema fornecidas por reconhecidas autoridades médicas. Porém ela não representa uma estratégia oficial da academia e o seu texto não deve excluir outros pontos de vista aceitáveis.

É uma desordem esquelética caracterizada pela redução da massa óssea com alterações da microarquitetura do tecido ósseo, o que leva a redução da resistência do osso e ao aumento da suscetibilidade a fraturas.

A osteoporose é uma doença ósteo-metabólica e não é necessariamente sinônimo de envelhecimento. Atinge uma em cada quatro mulheres aos cinqüenta anos e um em cada 10 homens a partir dos 65 anos.

Causa

A osteoporose pode ser desencadeada por diversos fatores. A pós-menopáusica aparece em mulheres de 51 a 75 anos e é causada pela falta de estrogênio, hormônio feminino que auxilia na regulação da incorporação do cálcio aos ossos das mulheres. Já, a osteoporose senil provavelmente é decorrente de uma deficiência de cálcio relacionada com a idade e de um desequilíbrio entre a velocidade de degradação do tecido ósseo e a velocidade de formação de osso novo. Normalmente os indivíduos com mais de 70 anos de idade são os mais afetados, além de ser duas vezes mais comum em mulheres.

A osteoporose secundária, identificada em menos de 5% dos pacientes, é desencadeada por outras enfermidades ou por drogas. Por último, a mais rara de todas, a osteoporose juvenil idiopática ocorre em crianças e adultos jovens aparentemente sem qualquer fragilidade hormonal ou vitamínica e sua causa ainda não foi esclarecida.

Vários fatores de risco também estão associados tanto ao desenvolvimento da osteoporose quanto às fraturas:

história prévia de fratura

baixo peso

sexo feminino

raça branca

fatores genéticos (existência de parente de primeiro grau com história de fratura sem trauma ou com trauma mínimo)

fatores ambientais (tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas e cafeína, inatividade física)

baixa ingestão de cálcio alimentar

alterações hormonais (menopausa precoce, menarca tardia, amenorréias)

drogas (corticosteróides, alguns anti-epilépticos, hormônios tireoideanos, ciclosporina)

doenças endocrinológicas (hiperparatireoidismo primário, tireotoxicose, síndrome de Cushing, hipogonadismos e diabete melito)

doenças hematológicas (mieloma múltiplo)

doenças reumatológicas (artrite reumatóide)

doenças gastroenterológicas (síndrome de má-absorção doença inflamatória intestinal, doença celíaca)

doenças neurológicas (demência)

Principais sinais e sintomas

O paciente não apresenta sinais e sintomas nos primeiros estágios da doença. Eles aparecem mais tarde, quando a densidade óssea diminui a ponto de causar colapso ou fratura óssea, o que pode provocar dor e deformidade óssea. Pode ainda ocorrer dorsalgia (dor nas costas) se o indivíduo sofrer um colapso vertebral (fraturas por esmagamento vertebral). Caso várias vértebras sejam fraturadas, a coluna vertebral sofre uma curvatura anormal que provoca distensão muscular e dor, chamada de "corcunda de viúva". Pequenas sobrecargas de peso ou quedas podem fraturar outros ossos. A osteoporose não só provoca fraturas, mas também retarda a consolidação delas.

Complicações

As complicações principais são as causadas pelas fraturas: dorsalgia (dores nas costas); dificuldade ou incapacidade para a realização de movimentos devido ao grave enfraquecimento das vértebras e compressão das raízes nervosas; dificuldade na marcha, quando a fratura acontece no quadril.

Tratamento

Para os pacientes com osteoporose, o tratamento tem o objetivo de diminuir ou frear a perda óssea, minimizar os riscos de quedas para prevenir as fraturas e controlar a dor associada à doença. Para isto são usados alguns medicamentos e fisioterapia.

A reposição hormonal durante ou depois da menopausa minimiza a ocorrência de osteoporose. Também é necessário manter uma dieta com quantidades adequadas de cálcio, vitamina D e proteínas.

Prevenção

A prevenção e o tratamento podem envolver o emprego de recursos que procuram evitar a perda do tecido ósseo. Para as pessoas que tendem a desenvolver a osteoporose ou estão no início da doença, principalmente as mulheres acima dos 50 anos, os exercícios físicos que envolvem força são indicados.

Fonte: AllRefer Health, Manual Merck, Ministério da Saúde e livro “Osteoporose”, dos autores Luis Augusto Tavares Russo, Luis Henrique de Gregório, Roberto A. Carneiro, Jaime Samson Danowski e Raimundo Grossi.

Mariana Mesquita

Fonte: www.unimed.com.br

Osteoporose

Uma doença que atinge os ossos. Ocorre quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Faz parte do processo normal de envelhecimento e é mais comum em mulheres que em homens

A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames.

Osteoporose
Osteoporose

Coluna (1)

Pessoas idosas podem fraturar as vértebras da coluna com freqüência. A chamada ''corcunda de viúva'' é uma deformação comum e pode até levar à diminuição de tamanho do doente

Pulso (2)

Por ser um ponto de apoio, é uma área na qual as fraturas acontecem normalmente. Os ossos sensíveis têm pouca estrutura para sustentar o peso do corpo quando cai

Quadril (3)

Outro ponto fraco entre os que têm a doença. As fraturas de bacia são difíceis de cicatrizar e podem levar à invalidez. Estudos mostram que em torno de 50% dos que fraturam o quadril não conseguem mais andar sozinhos

Fêmur (4)

Também muito comum entre os que desenvolvem a doença. É freqüente tanto em homens quanto em mulheres, principalmente depois dos 65 anos. A recuperação costuma ser lenta.

A MASSA ÓSSEA

O aparecimento da osteoporose está ligado aos níveis hormonais do organismo. O estrógeno — hormônio feminino, também presente nos homens, mas em menor quantidade — ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea.


Curva da massa Óssea

As mulheres

São as mais atingidas pela doença. Na menopausa, os níveis de estrógeno caem bruscamente. Com isso, os ossos passam a incorporar menos cálcio (fundamental na formação do osso), tornando-se mais frágeis. Para cada quatro mulheres, um homem desenvolve o mal.

SINTOMAS

A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames sangüíneos e de massa óssea, é percebida apenas quando surgem as primeiras fraturas, acompanhadas de dores agudas. A osteoporose pode, também, provocar deformidades e reduzir a estatura do doente.

QUEM TEM MAIS RISCO DE DESENVOLVER A DOENÇA

  • Mulheres
  • Pessoas de raça branca
  • Fumantes
  • Os que consomem álcool ou café em excesso
  • Diabéticos
  • Os que se exercitam e excesso

OSSO NORMAL

Osso Normal
Osso Normal

Embora pareçam estruturas inativas, os ossos se modificam ao longo da vida. O organismo está constantemente fazendo e desfazendo ossos.

Esse processo depende de vários fatores como: genética, boa nutrição, manutenção de bons níveis de hormônios e prática regular de exercícios.

As células ósseas

Células ósseas
Células ósseas

Os osteócitos são células responsáveis pela formação do colágeno, que dá sustentação ao osso. Os canais que interligam os osteócitos permitem que o cálcio, essencial para a formação óssea, saia do sangue e ajude a formar o osso.

O OSSO COM OSTEOPOROSE

Osso com Osteoporose
Osso com Osteoporose

A densidade mineral (de cálcio) é reduzida de 65% para 35% quando a doença se instala. O canal medular central do osso torna-se mais largo. Com a progressão da osteoporose, os ossos podem ficar esburacados e quebradiços.

As células ósseas doentes

Células ósseas doentes
Células ósseas doentes

Com a osteoporose, o colágeno e os depósitos minerais são desfeitos muito rapidamente e a formação do osso torna-se mais lenta. Com menos colágeno, surgem espaços vazios que enfraquecem o osso.

PREVENÇÃO


Fazer exercícios físicos regularmente. Atividades esportivas aeróbicas são as mais recomendadas


Dieta com alimentos ricos em cálcio — como leite e derivados; verduras, como brócolis e repolho, camarão, salmão e ostra


A reposição hormonal do estrógeno em mulheres na menopausa consegue evitar a osteoporose

TRATAMENTO

Reposição hormonal Importante tanto durante a prevenção quanto durante o tratamento. O estrógeno reduz o risco de fraturas em mulheres com osteoporose
Administração de cálcio
Para quem já tem a doença, o cálcio pode ser dado em dosagens de 1 mil a 1,5 mil miligramas por dia, com recomendação médica
Calcitina É um hormônio que tem a função de evitar que o cálcio saia dos ossos.Evita-se assim o processo de corrosão que a doença provoca no osso


A osteoporose é uma diminuição progressiva da massa óssea, que faz com que os ossos se tornem mais frágeis e propensos às fracturas.

Os minerais como o cálcio e o fósforo dão solidez e densidade aos ossos.

O organismo requer um fornecimento adequado de cálcio e de outros minerais para manter a densidade dos ossos. Deve, além disso, produzir as quantidades convenientes de hormonas como a paratiróidea, a do crescimento, a calcitonina, os estrogénios nas mulheres e a testosterona nos homens.

Também precisa de um fornecimento adequado de vitamina D para absorver o cálcio dos alimentos e incorporá-lo nos ossos. Estes aumentam a sua densidade até atingir o seu valor máximo por volta dos 30 anos de idade. A partir de então, a densidade diminui lentamente.

Quando o organismo não é capaz de regular o conteúdo mineral dos ossos, estes perdem densidade e tornam-se mais frágeis, provocando osteoporose.

Tipos de osteoporose

Existem diversos tipos de osteoporose.

A causa da osteoporose pós-menopáusica é a falta de estrogénio, a principal hormona feminina que ajuda a regular o fornecimento de cálcio aos ossos.

Em geral, os sintomas aparecem em mulheres dos 51 aos 75 anos de idade; não obstante, podem começar antes ou depois dessas idades. Nem todas as mulheres têm o mesmo risco de desenvolver uma osteoporose pós-menopáusica (as mulheres das etnias branca e oriental são mais propensas a esta doença que as mulheres de etnia negra).

A osteoporose senil é o resultado de uma deficiência de cálcio relacionada com a idade e de um desequilíbrio entre a velocidade de degradação e de regeneração óssea.

Senil

Significa que se manifesta em pessoas de idade avançada. Afecta, em geral, pessoas com mais de 70 anos e é duas vezes mais frequente nas mulheres que nos homens. As mulheres, com frequência, sofrem de ambas as formas de osteoporose, a senil e a pós-menopáusica.

Menos de 5 % das pessoas que padecem de osteoporose sofrem de uma osteoporose secundária (induzida por outras perturbações de saúde ou por medicamentos). Na sequência de certas doenças, como a insuficiência renal crónica e certas perturbações hormonais (especialmente da tiróide, das paratiróides ou das supra-renais) ou da administração de alguns medicamentos, como corticosteróides, barbitúricos, anti-convulsivantes e quantidades excessivas de hormona tiroideia. O consumo excessivo de álcool e de tabaco agrava a afecção.

A osteoporose juvenil idiopática é uma doença pouco frequente, de causa desconhecida. Aparece em crianças e adultos jovens, sem perturbações hormonais nem carências de vitaminas, e que não apresentam qualquer razão óbvia para ter ossos débeis.

Osteoporose

Observe-se a diferença entre uma vértebra normal (A) e as vértebras de pessoas com osteoporose (B, C).

Sintomas

A osteoporose não produz sintomas num primeiro momento devido à lenta diminuição da densidade óssea, especialmente entre os afectados pela osteoporose senil.

Outras pessoas nunca têm sintomas. Aparecem dor e deformações quando a redução da densidade óssea é tão importante que os ossos se esmagam ou fracturam. A dor crónica de costas pode aparecer devido ao esmagamento das vértebras (fracturas por esmagamento vertebral). As vértebras debilitadas podem partir-se de forma espontânea ou em consequência de uma pequena pancada. Em geral, a dor começa de maneira súbita, localiza-se numa zona determinada das costas e piora quando se está de pé ou ao andar. Pode aparecer dor ao tacto e, habitualmente, a dor desaparece de forma gradual ao fim de umas semanas ou meses. No caso de haver fractura de várias vértebras, pode produzir-se uma curvatura anormal da coluna vertebral (corcunda), causando distensão muscular e dor.

Podem-se fracturar outros ossos, com frequência por causa de uma sobrecarga leve ou de uma queda, sendo a fractura da anca uma das mais graves e uma das principais causas de invalidez e perda de autonomia em pessoas de idade avançada. Também é frequente a fractura de um dos ossos do braço (o rádio) no ponto de articulação com o punho (fractura de Colles). Além disso, as fracturas tendem a curar-se lentamente em indivíduos que sofrem de osteoporose.

Diagnóstico

Em caso de fractura, o diagnóstico de osteoporose baseia-se numa combinação de sintomas, exame físico e radiografias dos ossos; podem ser precisos exames complementares para afastar doenças curáveis que possam provocar osteoporose.

A osteoporose pode ser diagnosticada antes que se verifique uma fractura por meio de exames que medem a densidade dos ossos. O mais preciso destes exames é a absorciometria de raios X de energia dupla (densitometria óssea). Este exame é indolor, não apresenta qualquer risco e tem uma duração de 5 a 15 minutos.

É útil para as mulheres com elevado risco de osteoporose e para aquelas em quem o diagnóstico é incerto, ou para avaliar com precisão os resultados do tratamento.

Prevenção e tratamento

A prevenção da osteoporose é mais eficaz que o seu tratamento e consiste em manter ou aumentar a densidade óssea por meio do consumo de uma quantidade adequada de cálcio, da prática de exercícios nos quais se deve suportar o peso corporal e, em alguns casos, da administração de medicamentos.

O consumo de uma quantidade adequada de cálcio é eficaz, sobretudo antes de se atingir a máxima densidade óssea (por volta dos 30 anos), mas também depois dessa idade.

Beber dois copos de leite por dia (alimento rico em cálcio) e tomar um suplemento de vitamina D ajuda a aumentar a densidade óssea em mulheres saudáveis de meia-idade que não receberam a quantidade suficiente destes nutrientes. Contudo, a maioria das mulheres precisa de tomar comprimidos de cálcio. Existem muitos preparados diferentes; alguns incluem vitamina D suplementar.

Recomenda-se tomar cerca de 1,5 g de cálcio por dia.

Os exercícios que implicam suportar o peso corporal, como andar e subir escadas, aumentam a densidade óssea. Pelo contrário, os exercícios como a natação, em que não se suporta o próprio peso, não parecem aumentar a densidade.

Os estrogénios ajudam a manter a densidade óssea nas mulheres e costumam administrar-se juntamente com progesterona.

A terapia de substituição de estrogénios é mais eficaz se começar dentro dos primeiros 4 a 6 anos depois da menopausa; contudo, pode atrasar a perda óssea e reduzir o risco de fracturas mesmo que se inicie mais tarde. As decisões acerca do uso da terapêutica de substituição de estrogénios depois da menopausa são complexas, dado que o tratamento pode implicar riscos e efeitos secundários.

Há um novo medicamento semelhante aos estrogénios (raloxifeno), que, apesar de poder ser menos eficaz que os estrogénios para prevenir a perda óssea, carece dos efeitos secundários característicos destes sobre as mamas e o útero.

Em contrapartida, os bifosfonatos, como o alendronato (veja-se mais adiante), podem ser administrados sós ou em combinação com a terapia de substituição hormonal para prevenir a osteoporose.

O objectivo do tratamento consiste em aumentar a densidade óssea. Todas as mulheres, sobretudo as que sofrem de osteoporose, deveriam tomar suplementos de cálcio e vitamina D.

As mulheres pós-menopáusicas que apresentam formas mais graves de osteoporose podem também tomar estrogénios (em geral, combinados com progesterona) ou alendronato, que podem atrasar e inclusive deter a progressão da doença.

Os bifosfonatos também são úteis no tratamento da osteoporose. O alendronato reduz a velocidade de reabsorção óssea nas mulheres pós-menopáusicas, aumentando a massa óssea na coluna vertebral e nas ancas, e reduzindo a incidência de fracturas. Não obstante, para assegurar a correcta absorção do alendronato, este deve ser tomado imediatamente depois do despertar juntamente com um copo de água e não se deve ingerir comida ou bebida durante os 30 minutos seguintes.

Considerando que o alendronato irrita o revestimento do tracto gastrointestinal superior, a pessoa não deve deitar-se pelo menos durante os 30 minutos seguintes à ingestão da dose e até ingerir algum alimento. As pessoas que têm dificuldade de deglutição ou certas perturbações do esófago ou do estômago, não devem tomar este medicamento.

Algumas autoridades de saúde recomendam calcitonina, particularmente a pessoas que sofrem de fracturas dolorosas das vértebras. Este medicamento pode ser administrado por meio de injecções ou sob forma de pulverizador nasal.

Embora os suplementos de fluoretos possam aumentar a densidade óssea, o osso resultante poderá ser anormal e frágil, pelo que a sua administração não é recomendada. Estão a ser investigadas novas formas de fluoreto, que não produzam reacções adversas sobre a qualidade dos ossos.

Administram-se suplementos de vitamina D e cálcio aos homens que sofrem de osteoporose, especialmente quando os exames mostram que o seu organismo não absorve as quantidades de cálcio adequadas. Os estrogénios não são eficazes nos homens, mas a testosterona é-o, no caso de o valor desta se manter baixo.

Devem tratar-se as fracturas que aparecem como resultado da osteoporose. Em geral, no caso das fracturas da anca, substitui-se toda a anca ou uma parte dela. Um pulso fracturado é engessado ou corrigido cirurgicamente. Quando as vértebras se partem e causam uma dor de costas intensa, usam-se coletes ortopédicos, analgésicos e fisioterapia; contudo, a dor persiste durante muito tempo.

Vértebras

Factores que aumentam o risco de osteoporose nas mulheres

  • Membros da familia com osteoporose
  • Défice de cálcio na dieta
  • Estilo de vida sedentário
  • Etnia branca ou oriental
  • Constituição magra
  • Não ter estado grávida
  • Uso de certos medicamentos, como corticosteróides e quantidade excessiva de hormona tiroideia
  • Menopausa prematura
  • Tabagismo
  • Consumo excessivo de álcool

Fonte: www.manualmerck.net

Osteoporose

1. O que é osteoporose?

A osteoporose é a perda de massa óssea, isto é, a diminuição da densidade do osso e ocorre devido a vários fatores. Dependendo do nível desta diminuição, o osso pode ficar mais fraco e susceptível a fratura.

2. A criança pode ter osteoporose?

Sim, a criança pode ter osteoporose se apresentar fatores de risco para isso.

3. Qual a composição do osso?

O cálcio desempenha importante papel no crescimento e desenvolvimento normal dos ossos e dentes. O principal local de armazenamento do cálcio são os ossos. Além do cálcio e outros minerais, o osso contém também células formadoras e destruidoras de osso (osteoblastos e osteoclastos).

4. Quais são as causas de osteoporose na infância?

A osteoporose pode ser primária (quando não há uma causa evidente de perda de densidade óssea) e secundária (quando é decorrente de doenças como doenças gastrointestinais, reumáticas, renais, pulmonares, endócrinas, alergia ao leite de vaca ou intolerância à lactose, uso de certos medicamentos e imobilização prolongada). Os principais exemplos de osteoporose primária são a osteogênese imperfeita e a osteoporose juvenil idiopática. A osteogênese imperfeita tem maior incidência em certas famílias e leva a perda importante de estatura decorrente das fraturas. A osteoporose juvenil idiopática costuma surgir na pré-adolescência ou adolescência e a perda da massa óssea pode durar por 4 a 6 anos, levando a aparecimento de fraturas.

5. Quais são os sintomas da osteoporose?

A osteoporose é assintomática, a menos que ocorram fraturas, que são raras na infância. Queixas de dor são geralmente associadas a fraturas e raramente à forma primária da doença.

6. Quando suspeitar de osteoporose?

Deve-se pensar em osteoporose nas crianças com baixa ingestão de cálcio, com fraturas de repetição, com história familiar de osteoporose, com alterações nas radiografias e com fatores de risco como presença de doenças crônicas e uso de medicamentos que baixam a densidade óssea (como o corticóide).

7. Qual o exame que diagnostica a osteoporose?

O exame que diagnostica a osteoporose é a densitometria óssea. Este exame é indolor, de rápida execução (cerca de 20 minutos) e tem pouca exposição à irradiação. Erros de diagnóstico podem ocorrer quando a técnica não é adequada ou não se leva em conta o sexo, idade ou estatura da criança. Este exame está indicado em crianças e principalmente adolescentes com baixa ingestão de cálcio, nos casos de indivíduos com várias fraturas, em pacientes com doenças crônicas e uso de medicações que prejudicam o osso e nos indivíduos com história familiar de osteoporose ou com alterações sugestivas de perda de massa óssea já presentes na radiografia.

A radiografia nem sempre está alterada e só mostra perda de densidade óssea nos casos mais avançados.

8. Existe tratamento para osteoporose?

Uma vez diagnosticada a osteoporose o tratamento deve ser iniciado.

As principais medidas são:

eliminação de fatores de risco como álcool, fumo e sedentarismo
exposição ao sol
ingestão de leite e derivados
uso de cálcio e vitamina D
eventualmente uso de outras drogas

9. Como prevenir a osteoporose?

É durante a infância e principalmente na adolescência que se previne a osteoporose da menopausa e terceira idade.

Deve-se estimular a ingestão de grande quantidade de leite e derivados, evitar fatores de risco como álcool e fumo e praticar exercícios físicos. Dependendo da idade a necessidade diária de cálcio é variável.

Fonte: www.reumatologia.com.br

Osteoporose

A osteoporose é uma doença que causa o enfraquecimento progressivo dos ossos, pela perda de cálcio e massa óssea. Surge com o avançar da idade e pode causar fraturas mesmo com traumatismos leves como uma pequena queda, apoiar-se na janela, tossir ou carregar objetos mais pesados.

É uma das principais causas de invalidez nas pessoas idosas. Na maioria das vezes a doença não causa nenhum sintoma, nem mesmo dor, e evolui até que ocorra uma fratura. Os locais mais comuns de fratura são as vértebras, o quadril e o punho.

As fraturas vertebrais são muito mais comuns e geralmente são assintomáticas, na maioria das vezes a pessoa não conseguem determinar o momento da fratura, mas pode começar a apresentar dor pelo achatamento das vértebras e com isto aumenta a curvatura da coluna, diminuindo a altura.

A osteoporose é mais comum nas mulheres brancas de pele clara, magras e baixas, na pós-menopausa (a diminuição dos estrógenos é sem dúvida a causa mais comum) especialmente as que tiveram menopausa antes dos 45 anos ou retiraram útero e ovários precocemente.

Outros fatores de risco são o sedentarismo ou exercícios em excesso, história familiar de osteoporose, dieta pobre em cálcio, pouca exposição ao sol, uso exagerado de álcool, café e fumo.

O uso de alguns medicamentos como corticóides, anticonvulsivantes, lítio, anticoagulantes, uso crônico de antiácidos, diuréticos que produzem perda de cálcio na urina, doenças da tireóide, diabetes mellitus, cirrose e doenças reumáticas podem aumentar a incidência de osteoporose.

Apesar de acometer mais as mulheres idosas, por volta de 13 % dos homens acima dos 50 anos podem apresentar algum tipo de fratura por osteoporose e as fraturas masculinas têm um índice maior de mortalidade que as das mulheres, isto é as mulheres fazem mais fraturas que os homens mas os homens morrem mais destas fraturas.

As causas de osteoporose nos homens são semelhantes às das mulheres com exceção da menopausa. O homem idoso também pode apresentar diminuição da testosterona (hormônio masculino), depressão, cansaço, perda da libido e isto tudo pode ser fator de risco importante para fratura nos homens.

O grande risco de fratura nos idosos com osteoporose aumenta pela tendência a quedas nesta faixa etária, pela diminuição da visão, uso de medicamentos que diminuem a concentração e o equilíbrio, sedativos, diminuição da força muscular e ambiente propício para quedas.

Para diminuir as possibilidades de quedas não use tapetes e pisos escorregadios, não deixe fios e animais soltos pela casa. Evite calçados de salto alto e sola lisa, mantenha a casa iluminada, coloque um interruptor de luz próximo à cama, não levante rapidamente após acordar, espere alguns minutos antes de sentar e caminhar, especialmente se usar medicamentos para dormir.

O diagnóstico pode ser feito através da densitometria óssea, exame indolor, relativamente fácil de ser feito e bastante preciso.

Pelo grande risco de fratura e invalidez a melhor atitude frente à possibilidade de osteoporose ainda é a prevenção através dos seguintes cuidados:

Dieta

Deve ser rica em cálcios (leite, queijo e iogurte), vegetais (brócolis, espinafre, nabo, ervilha, rabanete,couve, agrião) frutas, peixes, fibras.

A quantidade de cálcio diária ideal para ser ingerida é de 1000 a 1200 mg ao dia após a menopausa. 1 copo de leite ou iogurte tem aproximadamente 300 mg de cálcio.

Atividade física

Deve ser adequada a cada indivíduo de acordo com a idade e capacidade física e tem vários objetivos: como manter ou aumentar a massa óssea, melhorar a força muscular e o equilíbrio. A inatividade diminui a massa óssea.

Os exercícios mais indicados são os aeróbicos e de impacto, por 40 minutos, 3 a 4 vezes por semana. Nos idosos devido a múltiplas doenças a prescrição de exercícios deve ser cuidadosamente avaliada e individualizada. De um modo geral a associação de caminhada diária de 40 minutos e hidroginástica 3 x na semana, tem demonstrado bons resultados para manutenção de massa óssea , massa muscular e melhora do equilíbrio.

Tomar sol diariamente

Os raios ultravioletas auxiliam a produção e absorção de vitamina D. O banho de sol deve ser antes das 10 e após as 16 horas, pelo período mínimo de 15 minutos ao dia.

Não fumar, moderar o uso de bebidas alcoólicas e limitar o café a 5 taças diárias.

Se a ingestão pela dieta não for suficiente é necessário suplementação de cálcio e vitamina D por via oral diáriamente.

Reposição hormonal

Se for possível, e houver vontade, a terapia de reposição hormonalé importante fator de prevenção da osteoporose.

Em caso de fratura ou se você faz parte de algum grupo de risco converse com seu medico a respeito desta doença, da sua prevenção e seu tratamento.

Teste de Auto-avaliação

1. Sua dieta é pobre em cálcio? Sim Não
2.Tem alguém na sua família com osteoporose?
3.Você é diabético (a)?
4.Você tem ou já tratou artrite reumatóide?
5.Você tem mais de 50 anos?
6. Você teve menopausa antes do tempo ou cirúrgica?
7.Você é sedentário (a)?
8. Você bebe ou fuma em excesso?
9.Você usa corticóides, hormônio para tireóide,quimioterapia?
10.Você é muito magra e sua pele é muito clara?

OBS.: Quanto mais respostas "sim" maior seu risco para osteoporose.


O que é a osteoporose?

A osteoporose é uma doença óssea metabólica que resulta da carência de cálcio nos ossos. Ocorre uma redução da quantidade de osso (massa óssea) e, portanto, há deterioração da sua qualidade. Estes ficam cada vez mais porosos e, após alguns anos, estão suficientemente frágeis para se faturarem com facilidade.

Fatores de risco

A osteoporose é uma doença que resulta de uma multiplicidade de factores, quer intrínsecos - sobre os quais não temos capacidade de intervenção - quer extrínsecos, em que podemos interferir com o objectivo de minorar o seu impacto sobre o organismo.

Fatores Endógenos

Sexo Feminino
Estado Hormonal Carência de Estrogênios
Idade Envelhecimento
Raça Branca e Asiática
Estatura Pequena

Fatores Exógenos

Estilos de Vida Desequilíbrio alimentar, excesso de álcool e de cafeína, tabajismo, inatividade física
Doenças Endócrinas, gastro intestinais, renais, neoplasias
Medicamentos Corticóides, anti-convulsivos, doses excessivas de hormônios tireóideos, tratamento longo com heparina, anti-ácidos que contenham alumínio

Osteoporose: proteja-se prevenindo

Os ossos humanos crescem até aos 20 anos. A partir dessa idade o tamanho permanece estável, mas aumenta a densidade até aos 35 anos. É a partir dessa idade que a massa óssea começa a perder-se progressivamente. A velocidade de perda é diferente nos homens e mulheres, sendo mais rápida nestas, sobretudo após a menopausa.

Medidas de prevenção

Uma das medidas de prevenção consiste no fornecimento de cálcio aos ossos nas quantidades que eles necessitam diariamente. De facto, sendo o cálcio o principal constituinte dos ossos, percebe-se a importância que este mineral assume para a saúde óssea.

Para além do cálcio, de que a seguir se falará em maior detalhe, há outros requisitos a cumprir para a prevenção da osteoporose:

Fornecer quantidades adequadas de vitamina D por exposição moderada ao sol e ingestão de alimentos ricos nesta vitamina

Praticar exercício físico com regularidade, falando anteriormente com o médico. Os exercícios possíveis incluem passeios, subida e descida de escadas, dança, natação, etc.;

Abandonar o excesso de tabaco e de álcool

Prevenir quedas que têm como consequência a morte, lesões, fraturas, hospitalizações, incapacidade permanente, isolamento social e problemas psicológicos. Os programas de exercício, entre outras vantagens, aumentam a capacidade muscular e a confiança

Fazer o diagnóstico

Educar a população - o conhecimento dos factores de risco através de campanhas de consciencialização melhora a compreensão da doença e incentiva as pessoas a adoptar estilos de vida mais saudáveis interferindo sobre os factores extrínsecos;

Iniciar medicamentos de substituição (terapêutica hormonal de substituição) quando e nas condições ordenadas pelo seu médico, nas mulheres após a menopausa.

Quais são as necessidades diárias de cálcio?

Quais são as fontes de cálcio?

  • Leite e derivados
  • Legumes verdes
  • Cereais
  • Frutos secos
  • Peixe

Todavia, o leite e os derivados têm muito mais cálcio e de mais fácil absorção que os restantes alimentos mencionados.

Prevenção das fraturas e cálcio

Até que ponto podem o leite e o cálcio retardar a osteoporose já instalada?

Nas mulheres de idade avançada a prevenção ainda é possível. Estudos efectuados na França nesta população mostram que uma dieta rica em cálcio (1200 mg/dia) e vitamina D durante 18 meses reduzia em 30% as fraturas não vertebrais e, em particular, as do colo do fémur.

Num outro estudo 957 mulheres e homens com idades compreendidas entre 50 e 79 anos fora submetidos a diferentes aportes de cálcio. Verificou-se um decréscimo significativo do número de fraturas do colo do fémur para aqueles grupos em que era maior a quantidade diária de cálcio ingerida.

Diagnóstico

Existem exames de sangue e urina para avaliar o grau de formação e de reabsorção óssea, além de poder detectar se existe perda de cálcio pela urina.

As radiografias podem mostrar diminuição da densidade óssea, porém pode existir variação de até 30 % e não é possível quantificar a perda óssea.

Atualmente a densitometria é o método mais indicado para detectar uma baixa densidade óssea, antes de uma fratura ocorrer; prever as chances estatísticas de ocorrer uma fratura no futuro; auxiliar um diagnóstico de osteoporose se existiu uma fratura e determinar a sua taxa de perda de osso a ainda avaliar os efeitos do tratamento.

É um exame sem dor, não invasivo e seguro. Avalia a densidade da sua coluna e quadril ou de outros ossos, dependendo do equipamento utilizado. Sua densidade óssea é comparada à de pessoas de sua idade e de jovens normais; o resultado habilita seu médico a identificar se você está dentro dos limites normais ou se você tem risco de sofrer uma fratura; quanto mais baixa a densidade do osso, maior o risco de sofrer fraturas.

Fonte: www.sbot.org.br