domingo, 11 de outubro de 2009

HIPERTENSÃO ARTERIAL


Introdução

O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de tubos chamados artérias. Quando o sangue é bombeado, ele é "empurrado" contra a parede dos vasos sangüíneos e isto gera uma pressão, a pressão arterial.
A hipertensão arterial ou "pressão alta" é a elevação da pressão arterial para números acima dos valores considerados normais (140/90mmHg). Esta elevação anormal pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo como o cérebro, coração, rins e olhos.
A pressão arterial varia ao longo do dia de acordo com o nível de atividade desenvolvido pela pessoa. A pressão sofre uma elevação quando se pratica exercícios físicos ou mesmo quando a pessoa se excita emocionalmente. Quando a pessoa se encotra relaxada ou mesmo no estado de dormência a pressão arterial diminui. Fatores até mesmo a postura - sentado ou em pé - são capazes de influenciar a pressão arterial. Este é o motivo pelo qual os médicos devem aferir várias vezes a pressão arterial para firmarem corretamente o diagnóstico de hipertensão arterial.
Quando sua pressão arterial é medida, dois números são anotados, tais como 120/80 (mmHg), o comum 12/8 (cm/Hg). O maior número corresponde à pressão arterial sistólica e é a pressão do sangue nos vasos quando o coração se contrai para impulsionar o sangue para o resto do corpo. O menor número corresponde à pressão diastólica, é a pressão do sangue nos vasos quando o coração encontra-se na fase de relaxamento (diástole). A alternância 12 por 8 representa o ciclo de contração e relaxamento do coração.

Diversos fatores estão relacionados com desenvolvimento da hipertensão, bem como relacionam-se com os meios para evitá-la, ou pelo menos tornar-se menos susceptível a ela. Dentre estes fatores pode-se citar:

1. Histórico familiar
2. Raça
3. Idade
4. Dieta alimentar
5. Diabetes
6. Peso corpóreo
7. Consumo de bebidas alcóolicas
8. Atividade Física
9. Fumo
10. Stress


HISTÓRICO FAMILIAR
A presença de casos de hipertensão arterial na família devem ser comunicados ao seu médico, pois você pode apresentar uma predisposição a ter hipertensão. O fato de haver uma pessoa hipertensa na família não quer dizer que outra pessoa terá a doença, mas apenas aumentam as chances disto ocorrer.

RAÇA
Verificou-se que a hipertensão arterial é mais comum em pessoas da raça negra. No entanto, isto não quer dizer que outras pessoas de outras raças (brancos e orientais) não tenham "pressão alta".

IDADE
A hipertensão arterial é mais comum em pessoas acima dos 35 anos. O risco de desenvolver a doença aumenta com o avançar da idade. Este é um processo relativamente natural pelas transformações sofridas pelas artérias ao longo da vida, propiciando a hipertensão.

DIETA ALIMENTAR
Ingestão excessiva de sal aumenta as chances de se desenvolver a hipertensão arterial. Dietas pobres em sal fazem parte das maneiras de se evitar a hipertensão. Também dietas ricas em alimentos gordurosos, que contenham muito colesterol, predispõe a pessoa a desenvolver hipertensão.

DIABETES
É comum que pessoas diabéticas também sejam hipertensas. Assim, estas duas doenças combinadas podem trazer complicações cardíacas e renais.

PESO CORPÓREO
Sabe-se que pessoas acima do seu peso normal têm maior chance de desenvolver hipertensão arterial. Isto não quer dizer que pessoas magras não possam ser hipertensas. Procure saber com o seu médico se você está acima do peso normal para a sua altura. Consulte-o também sobre como realizar uma dieta e atividade física adequada para se perder o excesso de peso.

CONSUMO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS
Um abuso no consumo de alcóol aumenta o risco da pessoa vir a ter hipertensão arterial. Dessa forma o consumo moderado é o mais aconselhável.

ATIVIDADE FÍSICA
É muito bom se ter uma rotina de atividade física para evitar a hipertensão. A vida de hábito sedentário é um dos fortes fatores que levam à hipertensão em uma idade mais avançada.

FUMO
O hábito de fumar está associado com o aumento do risco de se ter hipertensão. O recomendável é não se ter o hábito de fumar.

STRESS
O stress da vida cotidiana de pessoas que vivem em grandes cidades é um fator que aumenta a probabilidade desta pessoa vir a ter hipertensão.

A maioria das pessoas que apresentam hipertensão arterial não têm sintomas. Por isso é chamada de "doença silenciosa". Apesar da ausência de sintomas, a pressão arterial elevada pode causa danos a seu corpo.
Para se detectar a hipertensão arterial, deve-se checar sempre a pressão em postos de saúde ou durante check-ups rotineiros. Uma vez detectada a hipertensão, algumas medidas devem ser tomadas:
1. Consultar-se regularmente com o médico contando-lhe sobre qualquer alteração.
2. Seguir rigorasamente os horários e a dosagem da medicação prescrita por seu médico.
3. Caso recomendado pelo médico, aprenda a medir sua própria pressão para um melhor acompanhamento das variações da pressão durante o dia.
Geralmente, a tentativa de controle da hipertensão se dá por mudanças de alguns hábitos e/ou por administração de medicamentos.

Algumas coisas geralmente recomendadas são: parar de fumar, fazer exercício físico, controlar a ingesta diária de sal, diminuir os alimentos gordurosos ricos em colesterol, evitar stress emocional, manter o peso, etc.

A medicação disponível para controlar a hipertensão apresentam-se como subtipos de drogas, cada um com um principio de ação. Existem drogas como diuréticos, os beta-bloqueadores (propanolol) e os bloqueadores de cálcio (verapamil e nifedipina). Além dessas drogas, existem também os inibidores enzimáticos, como o captopril. Cada um desses medicamentos tem um mecanismo de atuação diferente do outro, mas todos conduzem a uma diminuição da pressão arterial. Cabe ao seu médico avaliar qual é o mais indicado para o seu caso.


Se a hipertensão não é tratada adequadamente, aumenta-se os riscos da pessoa desenvolver problemas no coração, tais como falência do coração ou ataque cardíaco, problemas nos rins e derrame.
Pressão alta é o fator de risco mais importante para o derrame. É também um dos três fatores de risco para ataque do coração (enfarte do miocárdio) - os outros dois são fumo e nível alto de colesterol no sangue. Sem tratamento, menos do que 5% das pessoas com hipertensão maligna pode sobreviver mais de um ano.

Como medir a Pressão Arterial?

O diagnóstico da hipertensão arterial é basicamente estabelecido pelo encontro de níveis de tensão permanentemente elevados acima do normal, quando a pressão arterial é determinada da maneira correta. Portanto, a medida da pressão arterial é importante para o estabelecimento do diagnóstico da hipertensão arterial.

Medida Indireta da Pressão Arterial

A medida da pressão arterial, pela sua importância, deve ser estimulada e realizada, em toda avaliação de saúde.
A medida da pressão arterial deve ser realizada na posição sentada, de acordo com o procedimento descrito a seguir (este procedimento apresenta termos técnicos que devem ser entendidos pelo seu médico. Ao aprender a medir sua pressão procure esclarecimentos quanto a esses termos):

1- Explicar o procedimento ao paciente
2- Certificar-se de que o paciente:
não está com a bexiga cheia;·
não· praticou exercícios físicos;
não ingeriu bebidas alcoólicas, café,· alimentos, ou fumou antes.
3- Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável.
4- Localizar a arterial braquial por palpação.
5- Colocar o manguito firmemente cerca de 2cm a 3cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento, envolver pelo menos 80% do braço. Assim, a largura do manguito a ser utilizado estará na dependência da circunferência do braço do paciente.
6- Manter o braço do paciente na altura do coração.
7- Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro anaeróide.
8- Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para estimativa do nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar novamente.
9- Colocar o estetoscópio nos ouvidos.
10- Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva.
11- Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento da medição.
12- Inflar rapidamente, de 10mmHg em 10mmHg, até o nível estimado da pressão arterial.
13- Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2mmHg a 4mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente.
14- Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com o aumento da velocidade de deflação.
15- Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20mmHg a 30mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff).
16- Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, complementando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a mensuração. Deverá ser registrado sempre o valor da pressão obtido na escala do manômetro, que varia de 2mmHg em 2mmHg, evitando-se arredondamentos.
17- Esperar de 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.
18- O paciente deverá ser informado sobre os valores da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento.

Em cada consulta, deverão ser realizadas no mínimo duas medidas, com intervalo de 1 a 2 minutos entre elas; caso as pressões diastólicas obtidas apresentem diferenças superiores à 5mmHg, sugere-se que sejam realizadas novas aferições, até que seja obtida medida com diferença inferior a esse valor. De acordo com a situação clínica presente, recomenda-se que as medidas sejam repetidas em pelo menos duas ou mais visitas. As medições na primeira avaliação devem ser obtidas em ambos os membros superiores. As posições recomendadas na rotina para a medida da pressão arterial são sentada e/ou deitada.
Nos indivíduos idosos, portadores de disautonomia, alcoólatras e/ou em uso de medicação anti-hipertensiva a pressão arterial deve ser medida também na posição ortostática.

O perigo dos aditivos alimentares

Os aditivos são substâncias intencionalmente adicionadas aos alimentos com a finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas características, desde que não prejudique seu valor nutritivo.
Apesar dos aditivos serem adicionados em quantidades mínimas, a possibilidade do seu consumo prolongado gera riscos para a saúde.
Confira os principais tipos de aditivos:
* Acidulante: dá gosto ácido a alimentos como refrigerantes e geléias. Não tem efeitos nocivos quando utilizados dentro dos limites.
* Antioxidante: evita o sabor rançoso da gordura e que o alimento se estrague.
* Aromatizante: dá ou realça o aroma e o sabor dos alimentos, para torná-los mais apetitosos.
* Estabilizante: dá "liga" entre os ingredientes e melhora a textura do produto. É usado normalmente em sorvetes e balas.
* Adoçante: substituto do açúcar. Já foi comprovado o poder de gerar câncer da sacarina e ciclamato. O aspartame também é bastante criticado, pois se transforma em nosso organismo em metanol, um álcool extremamente tóxico que causa danos ao Sistema Nervoso. Por isso é recomendável o uso de adoçante natural.
* Conservantes: impossibilitam que o alimento estrague ou atrasam esse processo, aumentando a vida útil destes.
* Corantes: tornam os alimentos mais atraentes. Podem ser naturais (exemplo: urucum) ou artificiais (exemplo: tartrazina, vermelho bordeux). Os corantes artificiais são os mais usados, pelas cores mais vivas e obtenção mais barata; entretanto, podem provocar danos à saúde, principalmente alergias (asma, irritações na pele, rinite), e, à longo prazo, o aparecimento de câncer.

Os alimentos que possuem estes corantes artificiais são: gelatinas, iogurte de morango (ou leite com sabor de morango), sucos em pó, groselha, refrigerantes, balas, biscoitos recheados de morango, salsicha, etc.
Para evitar o efeito indesejável dos aditivos, devemos evitar o consumo excessivo de alimentos industrializados, e saber escolher os mais saudáveis.
Abaixo estão algumas dicas para tornar sua alimentação mais saudável e fugir dos riscos decorrentes da ingestão de aditivos:
- Preferir o consumo de sucos e refrescos naturais: além de mais baratos, são muito mais nutritivos, por conterem várias vitaminas e minerais que os produtos prontos não possuem, além de outros nutrientes. Prefira as frutas pobres em potássio !
- Preparar gelatina em casa: misturar a gelatina em pó sem sabor a sucos de frutas naturais e açúcar (adoçante no caso de diabéticos), se necessário.
- Evitar refrigerantes; deixar para consumi-los nos finais de semana, dando preferência aos refrigerantes à base de limão. É uma atitude mais econômica e saudável.
- Dar preferência aos biscoitos sem recheio.
- Preparar iogurte em casa e bater no liquidificador com morangos (ou outra fruta, como pêssego); no caso de compra do iogurte pronto, procurar ler no rótulo se o corante é natural. Sem dúvidas, o iogurte caseiro é muito mais nutritivo e saudável, além de mais econômico.

Conheça nosso cardápio para pessoas com pressão arterial elevada.
Essas receitas podem ser adaptadas para qualquer pessoa que não esteja
sob dieta hipossódica, basta seguir as dicas...

Cardápio

Prato Principal: Bifes de vitela ao molho de vinho branco

Ingredientes:
500g. de vitela magra cortada em 04 bifes
01 cabeça de alho
01 xícara de vinha branco seco
Pimenta preta em pó
100g. de margarina de milho sem sal

Modo de Fazer:
Modele os bifes com as mãos, tempere-os com o alho esmagado misturado ao vinho branco seco e polvilhe com a pimenta preta em pó. Numa frigideira, derreta a margarina e passe os bifes até que fiquem corados.
Após fritá-los coloque na frigideira o vinho branco que restou, coloque 04 colheres de sopa de água morna e deixe ferver a mistura, logo depois coloque sobre os bifes. Sirva bem quente com arroz branco simples.

Jardineira de Legumes (04 porções)

Ingredientes:
Vagem - 150g.
Chuchu - 200g.
Cenoura - 200g.
Beterraba ralada - 100g.
Salsa e cebolinha a gosto
Óleo vegetal para untar
Margarina de milho sem sal - 02 colheres de sobremesa
01 dente grande de alho
01 xícara de cebola ralada

Modo de Fazer:
Lave bem os legumes e corte em quadradinhos, com exceção da beterraba que depois de higienizada deve ser ralada.
Cozinhe "al dente" os legumes, escorra-os. A parte, coloque numa panela a margarina, o alho e a cebola, frite-os, daí então coloque os legumes cozidos sem mexer muito por uns dez minutos. Coloque então num pirex untado e salpique com a salsa e a cebolinha e a beterraba ralada. Coloque no forno por aproximadamente 10 minutos. Sirva quente.

Sobremesa: Laranja Relâmpago

Ingredientes:
04 laranjas seletas grandes - descascadas
04 colheres de sopa de coco ralado
04 claras de ovos
04 colheres de sopa de açúcar refinado

Modo de Fazer:
Corte as laranjas em meia lua depois de lavadas e descascadas,reserve-as
A parte bata as claras com o açúcar, fazendo um merengue firme.
Separe 04 taças de vidro, tamanho grande, lave-as e deixe-as molhadas, tirando o excesso de água.
Arrume em camadas a laranja, o merengue e polvilhe com o coco ralado. Sirva bem gelado.

Salada Tropical

Ingredientes:
04 rodelas de abacaxi sem o miolo cortadas ao meio
300 gr. de cenoura ralada
01 maçã verde com casca em fatias finas.
01 maçã vermelha com casca em fatias finas
01 banana d'água grande
01 pote de yogurte natural light
02 colheres de sopa de passas brancas
½ xícara de nozes moídas
02 colheres de chá de salsinha picada
01 colher de chá de páprica picante
02 colheres de sopa de azeite de oliva
½ xícara de maionese caseira sem sal

Preparo:
Corte as frutas, rale as cenouras, reserve.
A parte bata, a maionese caseira com o yogurte, as nozes moídas, a páprica e a salsinha. Disponha numa saladeira as frutas misturando-as com a cenoura ralada, depois o creme feito com o yogurte, a maionese caseira, as nozes e a salsinha, misture bem, por cima coloque as passas brancas.
Deixe numa temperatura +/- 15ºC por umas 04 horas. Sirva geladinha.

Banana passa com cerejas e chantilly

Ingredientes:
02 pacotes de bananas passa
01 pote de cerejas ao marrasquino
02 xícaras de chantilly ligth

Modo de Fazer:
Pique as bananas passa e misture-as às cerejas sem o licor. O licor deverá ser reservado.
Bata o chantilly ligth à parte numa travessa grande de vidro, Coloque a banana passa misturadas a cerejas. Cubra com chantilly batido e por cima deste o licor de marrasquino.
Sirva gelad.

FONTE http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2004/2ano/hipertensao/quiz.htm