terça-feira, 17 de novembro de 2009

Câncer e outros Tumores do sistema Digestivo


Uma ampla variedade de tumores pode desenvolver-se ao longo do trato digestivo (gastrointestinal), do esôfago ao reto. Alguns desses tumores são cancerosos (malignos) e outros não são cancerosos (benignos).

Esôfago

O tumor benigno mais freqüente do esôfago é leiomioma, um tumor do músculo liso. Na maioria dos casos, o prognóstico do leiomioma é excelente. O câncer de esôfago mais comum é o carcinoma, seja o carcinoma de células escamosas (também denominado carcinoma epidermide ou escamocelular), seja o adenocarcinoma. outros tipos de câncer de esôfago incluem o linfoma (câncer dos linfócitos), o leiomiossarcom a (câncer do músculo liso do esôfago) ecâncer que se disseminou (produziu metástases) de qualquer outro local do corpo.

O câncer pode ocorrer em qualquer região do esôfago. Ele pode manifestar-se com o uma estenose do esôfago, com o um nódulo ou com o uma área achatada anormal (placa). O câncer de esôfago é mais comum em indivíduos que apresentam estenose de esôfago devido à ingestão de um álcali forte (p. Ex., a lixívia, utilizada para a limpeza). O câncer de esôfago também é mais comum entre os indivíduos com acalasia (distúrbio no qual o esfíncter esof gico inferior não consegue abrir adequadamente), com obstruções do esôfago (p. Ex., membrana esofágica) ou com câncer da cabeça e do pescoço.

O tabagismo e o alcoolismo também aumentam o risco de câncer de esôfago. Na realidade, eles são os fatores de risco mais importante do carcinoma de células escamosas (epidermide ). Parece que certas alterações do revestimento do esôfago precedem o desenvolvimento do câncer em alguns indivíduos. Essas alterações ocorrem após uma irritação prolongada do esôfago devido ao refluxo ácido ou de bile.

Sintomas e Diagnóstico

Como o câncer de esôfago tende a obstruir a passagem dos alimentos , o primeiro sintoma comumente é a dificuldade de deglutição de alimentos sólidos. No decorrer de v rias semanas, o problema evolui e o individuo apresenta dificuldade para deglutir alimentos pastosos e, em seguida, líquidos. O resultado é uma perda de peso acentuada. O câncer de esôfago é diagnosticado por meio de um procedimento radiológico denominado trânsito de bário, no qual o indivíduo ingere uma solução de bário, o qual é radiopaco e, conseqüentemente, pode ser observado nas radiografias do esôfago, delineando a obstrução. A região anormal também deve ser examinada com o auxílio de um endoscópio (tubo de visualização flexível). O endoscópio permite ao médico coletar uma amostra de tecido (biópsia) e células livres (citologia deescova) para exame microscópico.

Tratamento e Prognóstico

Menos de 5% dos indivíduos com câncer de esôfago sobrevivem mais de cinco anos. Muitos morrem no primeiro ano após a manifestação dos primeiros sintomas. A quimioterapia não cura o câncer de esôfago. No entanto, quando utilizada isoladamente ou combinada à radioterapia, ela pode reduzir os sintomas e prolongar a vida. Quando ela é possível, a cirurgia para remover o tumor provê um alívio temporário dos sintomas, mas raramente ela é curativa. Outras medidas que aliviam os sintomas incluem a dilatação da área estenosada do esôfago, a passagem de uma sonda para manter o esôfago aberto, o desvio (bypass) do tumor utilizando uma alça intestina e a laser terapia para destruir o tecido canceroso que está causando a obstrução do esôfago.

Estômago

É improvável que tumores benignos do estômago causem sintomas ou problemas clínicos. Ocasionalmente, no entanto, Alguns sangram ou tornam-se cancerosos. Aproximadamente 99% dos câncer es de estômago são adenocarcinomas. Outros câncer estômago são o leiomiossarcom as (câncer esdo músculo liso) e os linfomas. O câncer de estômago é mais comum em idosos. Menos de 25% desse câncer ocorrem em indivíduos com menos de 50 anos de idade. O câncer de estômago é extremamente comum no Japão, na China, no Chile e na Islândia. Nos Estados Unidos, ele é mais comum entre os indivíduos pobres, os da raça negra e os habitantes do norte do país. Ele é a sétima causa mais comum de morte devida ao câncer nos Estados Unidos, ocorrendo em aproximadamente 8 em cada 100.000 habitantes. Por razões desconhecidas, o câncer de estômago está se tornando menos comum nos Estados Unidos.

Causas

Freqüentemente, o câncer de estômago inicia em um local onde o revestimento do estômago encontra-se inflamado. Contudo, muitos estudiosos acreditam que essa inflamação é decorrente do câncer de estômago e não a sua causa. Alguns especialistas sugerem que as úlceras gástricas podem levar ao câncer do estômago, mas é provável que a maioria dos indivíduos com úlcera e câncer de estômago apresentava um câncer não detectado antes da ocorrência da úlcera. O Helicobacter pylori, bactéria que tem um papel importante com o causa de úlceras duodenais, também pode ter um papel em Alguns cânceres de estômago.

Acredita-se que os pólipos do estômago, tumores arredondados benignos e incomuns que se projetam para o interior da cavidade gástrica, sejam precursores do câncer e, por essa razão, eles são removidos. A ocorrência de câncer é especialmente provável em determinados tipos de pólipos, em um pólipo com mais de 2 cm de diâmetro ou quando existem vários pólipos. Acredita-se que certos fatores nutricionais tenham um papel no desenvolvimento do câncer de estômago. Esses fatores incluem a grande ingestão de sal, a grande ingestão de carboidratos, a grande ingestão de conservantes (nitratos)e a baixa ingestão de vegetais folhosos verdes e frutas. No entanto, não foi provado que qualquer um desses fatores cause câncer .

Sintomas

Nos estágios iniciais do câncer de estômago, os sintomas são vagos e passam facilmente desapercebidos. Quando os sintomas tornam-se evidentes, eles podem auxiliar na localização do câncer de estômago. Por exemplo, a sensação de plenitude ou de desconforto após uma refeição pode indicar um câncer na porção inferiordo estômago. A perda de peso ou a fraque za normalmente é decorrente de uma dificuldade para se alimentar ou de uma incapacidade para absorver determinadas vitaminas e minerais. A anemia pode ser resultante de um sangramento muito gradual que não causa outros sintomas.

É incomum o indivíduo apresentar hematêmese (vômito de sangue) abundante ou melena (fezes pretas, semelhantes ao alcatrão). No caso de um câncer de estômago avançado , o medico pode palpar uma massa através da parede abdominal. Mesmo nos estágios iniciais, um peque no tumor gástrico pode disseminar (produzir metástases) para locais distantes. A disseminação do tumor pode causar aumento do volumedo fígado , icterícia, ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal) e nódulos cutâneos cancerosos. A disseminação do câncer também pode causar enfraque cimento ósseo, acarretando fraturas ósseas.

Diagnóstico

Os sintomas do câncer de estômago podem ser confundidos com os sintomas de uma úlcera péptica. O médico suspeita de um câncer de estômago quando os sintomas não desaparecem após um tratamento anti-ulceroso ou quando os sintomas incluem a perda de peso. Freqüentemente, são realizados estudos radiográficos contrastados com bário para sedetectar alterações da superfície do estômago. No entanto, eles raramente revelam cânceres de estômago iniciais e pequenos. A endoscopia (exame realizado com o auxílio de um tubo de visualização flexível) é o melhor procedimento diagnóstico, pois ela permite a visualização direta do estômago, a pesquisa do Helicobacter pylori, bactéria que pode ter um papel importante no câncer do estômago, e a obtenção de amostras de tecido para exame microscópico.

Tratamento e Prognóstico

Os pólipos gástricos benignos são removidos atravé s da endoscopia. Normalmente, quando o carcinoma está limitado ao estômago, é realizada uma cirurgia em uma tentativa de curá-lo. Durante o procedimento, todo o estômago ou a maior parte do mesmo e os linfonodos adjacentes são removidos. O prognóstico é bom quando o câncer não penetrou muito profundamente na parede do estômago. Nos Estados Unidos, os resultados da cirurgia são quase sempre insatisfatórios, pois a maioria dos indivíduos apresenta um câncer disseminado no momento em que o diagnóstico é realizado .

No Japão, onde os câncer es são detectados mais precocemente devido à investigação em massa com o uso da endoscopia, os resultados da cirurgia são melhores. Quando o carcinoma já disseminou além do estômago, o tratamento visa aliviar os sintomas e prolongar a vida. A quimioterapia e a radioterapia podem aliviar os sintomas. Alguma s vezes, a cirurgia é utilizada para aliviar os sintomas. Por exemplo, quando ocorre uma obstrução à passagem de alimentos na extremidade distal do estômago, uma operação de derivação (bypass) pode aliviar os sintomas. é realizada uma anastomose (conexão) entre o estômago e o intestino delgado que permite a passagem do alimento. Essa anastomose reduz os sintomas da obstrução (dor e vômito) pelo menos temporariamente. Os resultados da quimioterapia e da radioterapia são melhores para os linfomas gástricos que para os carcinomas. A maior sobrevida e inclusive a cura são possíveis.

Intestino delgado

Quase todos os tumores do intestino delgado são benignos. Os tumores cancerosos, menos comuns, incluem os carcinomas, os linfomas e os tumores carcinóides.

Tumores benignos

Os tumores benignos do intestino delgado são proliferações anormais de células gordurosas (lipomas), células nervosas (neurofibromas), células do tecido conjuntivo (fibromas) e células musculares (leiomiomas). A maioria dos tumores benignos são as sintomáticos. No entanto, os maiores podem acarretar perda de sangue nas fezes, uma obstrução intestinal parcial ou total ou o estrangulamento intestinal, quando uma parte do intestino invagina no interior de outra parte (uma condição denominada intussuscepção). Quando os sintomas parecem indicar a presença de um tumor no início ou no final do intestino delgado , o médico pode utilizar um endoscópio (um tubode visualização flexível) para observar o tumor e obter uma amostra de tecido para exame microscópico.

O estudo contrastado com bário pode mostrar todo o intestino delgado e pode ser utilizado para delimitar o tumor. Pode ser realizada A arteriografia (radiografia realizada após a injeção de um contraste em uma artéria) de uma artéria intestinal, especialmente quando o tumor estiver sangrando. De forma similar, pode-se injetar tecnécioradioativo na artéria e observar, com o auxílio de um radioscópio, com o ele escapa para o interior do intestino. Este procedimento ajuda a localizar o local onde o tumor está sangrando. O sangramento pode então ser corrigido cirurgicamente. Com o auxílio de um endoscópio, os tumores peque nos podem ser destruídos através da eletrocauterização, da obliteração por calor ou da fototerapia com laser. Para os tumores maiores, a cirurgia pode ser necessária.

tumores cancerosos

O carcinoma de intestino delgado é incomum. Entretanto, os indivíduos com doença de Crohnno intestino delgado apresentam uma maior probabilidade que os outros de apresentá-lo. O linfoma, um câncer do sistema linfático, pode desenvolver-se na porção mé dia do intestino delgado (jejuno) ou na sua porção inferior (íleo). O linfoma pode acarretar enrijecimento ou alongamento de um segmento do intestino e é mais comum em indivíduos com doença celíaca. O intestino delgado, especialmente o íleo, é o segundo local mais comum (após o apêndice) de ocorrência de tumores carcinóides. Os tumores podem causar obstrução e sangramento do intestino, os quais, conseqüentemente, podem produzir sintomas com o a presença de sangue nas fezes, dor abdominal tipo cólica, distensão abdominal e vômito. Os tumores carcinóides podem sercretar hormônios que causam diarréia e rubor cutâneo. O diagnóstico de câncer de intestino delgado é estabelecido através de estudos radiográficos contrastados com bário, na endoscopia ou nalaparotomia exploradora. O melhor tratamento é a remoção cirúrgica do tumor.

Intestino grosso e reto

Os pólipos do intestino grosso e do reto são tumores que comumente são benignos. No entanto, com o Alguns deles são pré-cancerosos, os médicos geralmente recomendam a remoção de todos do intestino grosso e do reto. O câncer de intestino grosso e de reto são comuns nos países ocidentais.

Poliposo

O pólipo é um crescimento do tecido da parede intestinal, geralmente não canceroso, que invade a luz do intestino. Os pólipos podem crescer com ou sem pedículos e variam consideravelmente de tamanho. Mais comumente, os pólipos desenvolvem-se no reto e na porção mais baixa do intestino grosso. Eles são menos com uns nas regiões mais altas do intestino grosso. Aproximadamente 25% dos indivíduos com câncer de intestino grosso também apresentam pólipos em outras áreas do intestino grosso. Fortes evidências sugerem que os pólipos adenomatosos podem tornar-se cancerosos se permanecerem no intestino grosso. Quanto maior o pólipo, maior o risco dele ser canceroso.

Sintomas e Diagnóstico

A maioria dos pólipos é assintomática, mas o sintoma mais comum é o sangramento retal. Um pólipo grande pode causar cólicas, dor abdominal ou obstrução intestinal. Raramente, um pólipo comum pedículo longo pode exteriorizar-se através do ânus. Os pólipos grandes com projeções digitiformes (adenomas vilosos) podem excretar água e sais, causando uma diarré ia aquosa intensa, a qual pode acarretar uma redução da concentração de potássio no sangue (hipocalemia). Este tipo de pólipo apresenta maior probabilidade de ser canceroso ou de se tornar canceroso.

O médico é capaz de palpar pólipos localizados no reto comum dedo enluvado . No entanto, eles comumente são descobertos durante a realização de uma sigmoidoscopia de rotina (examedo reto e da porção baixa do intestino grosso com o auxílio de um tubo de visualização flexível). Quando a sigmoidoscopia revela a existência de um pólipo, é realizada uma colonoscopia (exame de todo o intestino grosso com o auxílio de um tubo de visualização flexível). Este exame mais com pleto e confiável é feito porque , freqüentemente, o indivíduo apresenta mais de um pólipo e porque um ou mais pólipos podem ser cancerosos. A colonoscopia permite ao médico a realização de biópsias (coleta de uma amostra de tecido para exame microscópico) de qualquer região que pareça cancerosa.

Sarcom a de Kaposi

Uma forma agressiva do sarcom a de Kaposi ocorre principalmente em determinadas regiões da África, em receptores de transplantes e em indivíduos com AIDS. O sarcoma de Kaposi pode surgir em qualquer região do intestino, mas, usualmente, ele começa no estômago, no intestino delgado ou na extremidade distal do intestino grosso. Embora usualmente seja assintomático, o indivíduo pode apresentar proteínas e sangue nas fezes e diarréia. uma parte do intestino pode invaginar numa parte adjacente (condição denominada intussuscepção), o que pode causar obstrução intestinal e interrupção da circulação sanguínea na área, o que caracteriza uma emergência médica. O sarcoma de Kaposi também pode manifestar-se com o manchas vermelho-violáceasna pele. O médico suspeita de sarcom a de Kaposi quando os sintomas ocorrem num indivíduo que se enquadra num dos grupos de alto risco. para confirmar o sarcom a de Kaposi no intestino, é necessária a realização de uma laparotomia exploradora. O tratamento consiste na remoção cirúrgica do sarcoma. No caso de uma intussuscepção, a cirurgia de emergência é necessária.

Tratamento

Inicialmente, é realizada a evacuação do intestino com a administração de laxantes e enemas. A seguir, os pólipos são removidos durante a colonoscopia com o auxílio de um instrumento cortante ou de uma alça metálica eletrificada. Quando o pólipo não possui pedículo ou não pode ser removido durante a colonoscopia, a cirurgia abdomina pode ser necessária. O patologista examina os pólipos removidos. Se um pólipo for canceroso, o tratamento dependerá de determinados fatores. Por exemplo, o risco do câncer disseminar é maior quando ele já invadiu o pedículo do pólipo ou encontra-se próximo do ponto de secção. O risco também pode ser considerado alto baseando-se na avaliação do patologistano que diz respeito ao aspecto microscópicodo pólipo. Quando o risco é baixo, não há necessidade de qualquer tratamento adicional. Quando o risco é alto, o segmento afetado do intestino delgado é removido cirurgicamente e é realizada A a nastomose das extremidades seccionadas. Quando um indivíduo tem um pólipo removido , todo o intestino grosso é examinado através de uma colonoscopia um ano após e, posteriormente, em intervalos definidos pelo médico. Quando a colonoscopia é impossível devido a uma estenose do intestino grosso, pode ser utilizado um enema baritado . Qualquer pólipo novo será removido.

Polipose familiar

A polipose familiar é um distúrbio hereditáriona qual ocorre a formação de 100 ou mais pólipos adenomatosos pré-cancerosos que revestem o intestino grosso e o reto. Os pólipos desenvolvem-se durante a infância ou a adolescência. Quase todos os indivíduos não tratados desenvolvem o câncer de intestino grosso (câncer de cólon) antes dos 40 anos de idade. A remoção total do intestino grosso e do reto elimina o risco de câncer . Entretanto, quando o intestino grosso é removido e o reto é anastomosado ao intestino delgado , os pólipos retais alguma svezes desaparecem . Por essa razão, muitos estudiosos preferem este procedimento. A parte remanescente do reto é examinada atravé s da sigmoidoscopia (exame comum tubo de visualização flexível) a cada 3 ou 6 meses e, dessa forma, os pólipos novos podem ser removidos.

Quando novos pólipos surgem muito rapidamente, o reto deve ser removido e o intestino delgado deve esvaziar através de uma abertura criada na parede abdominal. A conexão criada cirurgicamente entre o intestino delgado e a parede abdominal é denominada ileostomia. A síndrome de Gardner é um tipo de polipose hereditária no qual vários tipos de tumores benignos ocorrem tanto em outros locais do corpo quanto no intestino. com o outros tipos de polipose familiar, a síndrome de Gardner apresenta um risco elevado de câncer de cólon. A síndrome de Peutz-Jeghers é um distúrbio hereditáriono qual ocorre a formação de muitos tumores peque nos denominados pólipos juvenisno estômago, no intestino delgado e no intestino grosso. Os indivíduos nascem com esses pólipos ou eles podem desenvolver-se no início da infância. Os indivíduos com essa síndrome apresentam pele e membranas mucosas castanhas, especialmente dos lábios e gengivas. Os pólipos não aumentam o riscode câncer do trato intestinal. Entretanto, os indivíduos com síndrome de Peutz-Jeghers apresentam um maior risco de câncer de pâncreas, de mama, de pulmão, de ovário e de útero.

Nos países ocidentais, o câncer de intestino grosso e de reto (câncer colorretal) é o segundo tipo mais comum de câncer e a segunda causa principal de morte por câncer . A incidência de câncer colorretal começa a aumentar em torno dos 40 anos de idade e atinge o máximo entre os 60 e os 75 anos. O câncer de intestino grosso (câncer de cólon) é mais comum em mulheres; o câncer retal é mais comum em homens. Aproximadamente 5% dos indivíduos com câncer de cólon ou de reto apresentam mais de um câncer colorretal concomitante. Os indivíduos com história familiar de câncer de cólon apresentam um maior risco de apresentar um câncer . uma história familiar de polipose ou de uma doença similar aumenta orisco de câncer de cólon. Os indivíduos com colite ulcerativa ou doença de Crohn apresentam um maior risco de desenvolver câncer .

O risco está relacionado à idade do indivíduo no momento do desenvolvimento da doença e o período de tempo que ele a apresenta. A dieta tem um certo papel no risco de câncer de cólon, mas desconhece-se exatamente com o ela afeta o risco. Em todo o mundo , os indivíduos com risco elevado tendem a viverem cidades e a consumir uma dieta típica dos ocidentais de bom nível sócio-econômico, aqual é pobre em fibras e rica em proteínas animais, gorduras e carboidratos refinados (p. Ex., - açúcar). O risco parece diminuir com uma dietarica em cálcio, vitamina D e vegetais (p. Ex., couve-de-bruxelas, repolho e brócolis).

O uso em dias alternados de um comprimido de aspirina parece reduzir o risco do câncer de cólon, mas esta medida não pode ser recomendada até que haja mais informações disponíveis. Normalmente, o câncer de cóloninicia com o um aumento de volume tipo botão sobre a superfície do revestimento intestinal ou sobre um pólipo. À medida que o câncer cresce, ele começa a invadir a parede intestinal. Os linfonodos vizinhos também podem ser invadidos. com o o sangue da parede intestinal é transportado ao fígado , o câncer de cólon normalmente dissemina (produz metástases) para o fígado logo apóster disseminado para os linfonodos vizinhos.

Sintomas e Diagnóstico

O câncer de cólon cresce lentamente e leva muito tempo para tornar-se suficientemente grande a ponto de causar sintomas. Os sintomas dependem do tipo, da localização e da extensãodo câncer . O cólon ascendente possuium grande diâmetro e uma parede delgada. Com o o seu conteúdo é líquido , ele somente sofre obstrução na fase avançada do câncer . Um tumor de cólon ascendente pode crescer tanto que o médico pode palpá-lo através da parede abdominal. No entanto, a fadiga e a fraqueza devidas à anemia intensa podem ser os únicos sintomas apresentados pelo indivíduo. O cólon descendente possui um diâmetro menor e uma parede mais espessa e as fezes são semi-sólidas.

O câncer tende a envolver essa parte do cólon, causando uma alternância entre a constipaçãoe evacuações freqüentes. com o o cólondescendente é mais estreito e a sua parede é mais espessa, o câncer pode acarretar uma obstrução mais precoce. O indivíduo pode buscar tratamento médico por causa de uma dor abdominal tipo cólica ou por uma dor abdominal intensa e constipação. As fezes podem apresentar estrias de sangue ou podem estar misturadas com sangue. No entanto, o sangue freqüentemente não pode ser observado e é necessária a realização de um exame laboratorial para detectá-lo.

A maioria dos cânceres sangra e, normalmente, lentamente. No câncer de reto, o sintoma inicial mais comum é o sangramento durante a evacuação. Sempre que o reto sangra, mesmo que o indivíduo saiba que possui hemorróidas ou uma doença diverticular, o médico deve - aventar a possibilidade de um câncer . No câncer de reto, o indivíduo pode apresentar evacuações dolorosas e uma sensação de esvaziamento incompleto do reto. Permanecer na posição sentada pode ser doloroso. No entanto, o indivíduo normalmente não sente dor originadado próprio tumor, exceto quando ele dissemina para os tecidos em torno do reto. Como ocorre também com outros cânceres, os exames diagnósticos preventivos de rotina auxiliam na detecção precoce do câncer de reto.

De uma forma simples e barata, pode ser realizada a pesquisa de quantidades microscópicas de sangue nas fezes. para ajudar a garantir a precisão dos resultados dos exames, o indivíduo deve consumir uma dieta rica em fibras e sem carne vermelha durante três dias antes de coletar uma amostra defezes e enviá-la ao laboratório. Se esse exame diagnóstico indicar uma possibilidade de câncer , devem ser realizados outros exames mais específicos. Antes da endoscopia, o intestino é esvaziado , freqüentemente com a administração de laxantes fortes ou de vários enemas. Aproximadamente 65% dos câncer es colorretais podem ser detectados comum sigmoidoscópio flexível de fibraóptica.

Quando um pólipo que pode ser canceroso é observado , o médico utiliza um colonoscópio, o qual possui um maior alcance, para examinar todo o intestino grosso. Alguns tumores que parecem cancerosos são removidos com o auxílio de instrumentos cirúrgicos introduzidos através do colonoscópio, enquanto outros devem ser removidos durante uma cirurgia tradicional. Os exames de sangue podem ser úteis no estabelecimento do diagnóstico. Os níveis do - antígeno carcinoembrionário no sangue estão altos em 70% dos indivíduos com câncer colorretal. Quando os níveis do antígenocarcino embrionário estiverem altos antes da cirurgia de remoção do câncer , eles podem diminuir após a cirurgia. Quando isto ocorrer, eles podem ser dosados nos check-ups subseqüentes. Uma elevação no nível sugere a recorrência do câncer. Dois outros antígenos, o CA 19-9 e o CA125, são similares ao antígeno carcinoembrionário e também podem ser dosados.

Disseminação do câncer e Taxas de Sobrevida

Disseminação do câncer Taxa de Sobrevida Após Cinco Anos
Câncer limitado ao revestimento intestinal (mucosa) 90%
Câncer invadindo a camada muscular do intestino grosso 80%
Câncer disseminado aos linfonodos 30%

Tratamento e Prognóstico

O principal tratamento para o câncer colorretal é a remoção cirúrgica de um grande segmento do intestino afetado e dos linfonodos associados. Aproximadamente 70% dos indivíduos com câncer colorretal são bons candidatos à cirurgia. Nos 30% restantes que não podem suportar uma cirurgia devido ao mau estado de saúde, Alguns tumores podem ser removidos pela eletrocoagulação. Esse procedimento alivia os sintomas e prolonga a vida, mas a cura é improvável. Na maioria dos casos de câncer de cólon, o segmentodo intestino afetado pelo câncer é removido cirurgicamente e as extremidades remanescentes são anastomosadas. para o câncer de reto, otipo de cirurgia depende de quão distante do ânuso câncer está localizado e de quão profundamente ele invadiu a parede retal.

A remoção completa do reto e do ânus exige uma colostomia permanente (uma abertura criada cirurgicamente entre o intestino grosso e a parede abdominal). comuma colostomia, o conteúdo do intestino grosso drena através da parede abdominal para o interior de uma bolsa, a qual é denominada bolsa de colostomia. Quando possível, somente uma parte do reto é removida, deixando um coto retal e o ânus intacto. Aseguir, o coto retal é anastomosado à extremidade do intestino grosso. A radioterapia, após a remoção cirúrgica do câncer retal visível pode ajudar acontrolar o crescimento de qualquer tumor residual, pode retardar a recorrência e pode aumentar as chances de sobrevida. para os indivíduos que apresentam um câncer de reto e metástase em um a quatro linfonodos, o mais indicado é uma combinação de radioterapia e quimioterapia.

Quando existem mais de quatro linfonodos cancerosos, este tratamento é menos eficaz. Quando o câncer colorretal já disseminou e não pode ser curado somente com a cirurgia, a quimioterapia com fluorouracil e levamisol após acirurgia pode prolongar a sobrevida. No entanto, a cura permanece sendo rara. Quando o câncer colorretal disseminou de tal modo que é impossível a remoção total do tumor, a cirurgia para aliviar a obstrução intestinal pode reduzir os sintomas. No entanto, o tempo de sobrevida é comumente de apenas cerca de 7 meses. Quando o câncer produziu metástases ao fígado , as drogas quimioterápicas podem ser injetadas diretamente na artéria que irriga o fígado .

Uma pequena bomba inserida cirurgicamente sob a pele ou uma bomba externa fixada a um cinto permite que o indivíduo mova-se durante o tratamento. Apesar de caro, este tipo de tratamento pode prover maiores benefícios do que a quimioterapia tradicional. No entanto, são necessárias maiores pesquisas a respeito. Quando o câncer dissemina-se além do fígado , este tipo de tratamento não oferece vantagens. Após a remoção total do câncer colorretal através da cirurgia, a maioria dos estudiosos recomenda a realização de 2 a 5 colonoscopias anuais para examinar o intestino remanescente. Se esses exames não detectarem qualquer câncer , o paciente deverá realizar exames de acompanhamento a cada 2 ou 3 anos.

fonte: Manual Merck

Emergências Gastrointestinais


Determinados distúrbios gastrointestinais muitas vezes podem ser letais e exigem um tratamento de emergência. Em alguns casos, o tratamento é cirúrgico. Esses distúrbios incluem a hemorragia gastrointestinal, a obstrução mecânica do trato digestivo, o íleo paralítico (interrupção temporária dos movimentos contráteis do trato digestivo), a apendicite (inflamação do apêndice) e a peritonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal).

Hemorragia gastrointestinal

A hemorragia pode ocorrer em qualquer ponto do trato digestivo (gastrointestinal), da boca ao ânus. Ela pode manifestarse como a presença de sangue nas fezes ou no vômito, ou pode ser oculta, apenas detectada por meio de exames. A hemorragia em qualquer parte do trato digestivo pode ser agravada se o indivíduo apresentar também um distúrbio da coagulação.

Sintomas

Os sintomas possíveis incluem a hematêmese (vômito de sangue), a melena (fezes pretas negras, semelhantes ao alcatrão) e a hematoquezia (eliminação de sangue visível através do reto). A melena comumente é devida a uma hemorragia digestiva alta (p. Ex., do estômago ou do duodeno). A coloração escura do vômito é devida à exposição do sangue ao suco gástrico e à digestão bacteriana por várias horas antes de ele ser eliminado do organismo. Aproximadamente 60 ml de sangue podem produzir melena.

Um episódio isolado de hemorragia intensa pode produzir fezes escuras durante uma semana. Portanto, a persistência da evacuação de fezes escuras não indica necessariamente um sangramento persistente. Os indivíduos com sangramento prolongado podem apresentar sintomas de anemia como, por exemplo, cansaço fácil, palidez incomum, dor torácica e sensação de desmaio. Nos indivíduos que não apresentam esses sintomas, o médico pode ser capaz de detectar uma queda anormal da pressão arterial na passagem da posição deitada para a posição sentada. Os sintomas que indicam uma perda de sangue grave incluem a freqüência de pulso acelerada, a hipotensão arterial e a redução do débito urinário. O indivíduo também pode apresentar mãos e pés frios e úmidos.

A redução do suprimento sangüíneo cerebral causada pela perda de sangue pode acarretar confusão mental, desorientação, sonolência e inclusive o choque. No caso de o indivíduo apresentar uma outra doença, os sintomas de uma perda sangüínea grave podem ser diferentes. Por exemplo, um indivíduo com uma doença coronariana grave pode apresentar subitamente um quadro de angina ou sintomas de um infarto do miocárdio. Em um indivíduo com uma hemorragia gastrointestinal grave, os sintomas de outras doenças (p. Ex., insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, doença pulmonar e insuficiência renal) podem piorar. Nos indivíduos com hepatopatias (doenças do fígado), o sangramento intestinal pode causar um acúmulo de toxinas, as quais, por sua vez, produzem sintomas como alterações da personalidade, da consciência e da capacidade mental (encefalopatia hepática).

Diagnóstico

Após uma perda sangüínea grave, o hematócrito (um tipo de exame de sangue) geralmente revela uma baixa concentração de eritrócitos (glóbulos vermelhos) no sangue. O conhecimento dos sintomas responsáveis por um episódio de hemorragia pode ser útil para o médico determinar a sua causa. A dor abdominal que é aliviada pelos alimentos ou por antiácidos sugere uma úlcera péptica. No entanto, as úlceras hemorrágicas freqüentemente são indolores.

Os medicamentos que podem lesar a mucosa gástrica (revestimento do estômago), como a aspirina, podem causar sangramento gástrico que manifestase por meio da presença de sangue nas fezes.Um indivíduo com uma hemorragia gastrointestinal que apresenta anorexia (perda de apetite) e perda de peso sem razão aparente deve ser submetido a uma investigação para se excluir a existência de um câncer. Para um indivíduo com dificuldade de deglutição, deve ser investigada a presença de um câncer ou de uma estenose do esôfago. Os vômitos e os vômitos secos intensos antes de uma hemorragia sugerem uma laceração do esôfago. No entanto, aproximadamente 50% dos indivíduos com esse tipo de lesão não vomitam previamente.

A constipação ou a diarréia concomitante com hemorragia ou a presença de sangue oculto nas fezes pode ser causada por um câncer ou um pólipo localizado na porção inferior do intestino, sobretudo quando se trata de alguém com mais de 45 anos de idade. A presença de sangue fresco na superfície das fezes pode ser decorrente de hemorróidas ou de um problema retal (p. Ex., câncer). O médico examina o paciente em busca de indícios que possam apontar para a origem do sangramento. Por exemplo, durante um exame retal, o médico verifica a presença de hemorróidas, lacerações retais (fissuras) e tumores.

Em seguida, os exames são escolhidos de acordo com a suspeita do médico em relação à origem do sangramento, se a origem é do trato digestivo superior (esôfago, estômago e duodeno), ou do trato digestivo inferior (parte inferior do intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus). Normalmente, no caso de suspeita de distúrbios do trato digestivo superior, a primeira investigação consiste na realização de uma sondagem gástrica (passagem de uma sonda através do nariz até o estômago) para coleta de líquido. O líquido do estômago que se assemelha a borra de café é conseqüência da digestão parcial do sangue, indicando que o sangramento é lento ou que ele cessou.

O sangue vermelho vivo e brilhante e contínuo indica um sangramento ativo e vigoroso. A seguir, o médico freqüentemente realiza uma endoscopia digestiva alta (exame do esôfago, estômago e duodeno com o auxílio de um tubo de visualização flexível) para detectar a origem do sangramento. No caso de não ser detectada uma gastrite ou uma úlcera gástrica ou duodenal, ele pode realizar uma biópsia (coleta de amostra de tecido para exame microscópico. A biópspiia pode determinar se o sangramento é devido a uma infecção causada pelo Helicobacter pylori. Este tipo de infecção é tratado e, normalmente, é curado com a antibioticoterapia.

O médico também investiga a existência de pólipos e cânceres no trato gastrointestinal inferior através da realização de um enema baritado, ou de uma endoscopia. Ele pode visualizar diretamente o interior da parte inferior do intestino com o auxílio de um anoscópio, de um sigmoidoscópio flexível ou de um colonoscópio. Se essas investigações não revelarem a origem do sangramento, o médico solicita uma angiografia (radiografias realizadas após a injeção de uma substância radiopaca) ou uma cintilografia (após a injeção de eritrócitos radiomarcados). Essas técnicas são particularmente úteis para revelar se a causa do sangramento é uma malformação vascular.

Locais e Causas do Sangramento Gastrointestinal

Locais

Causas
Esôfago • Laceração tissular
• Sangramento de veias varicosas
• Câncer
Estômago • Úlcera cancerosa ou não cancerosa
• Irritação (gastrite), como a causada pela aspirina ou pelo Helicobacter pylori
Intestino delgado • Úlcera duodenal não cancerosa
• Tumor canceroso ou não canceroso
Intestino grosso • Câncer
• Pólipo não canceroso
• Doença inflamatória intestinal (doença de Crohn ou colite ulcerativa)
• Doença diverticular
• Vaso sangüíneo anormal na parede intestinal (angiodisplasia)
Reto • Câncer
• Tumor não canceroso
Ânus • Hemorróidas
• Laceração anal (fissura anal)

Tratamento

Em mais de 80% dos casos de sangramento gastrointestinal, as defesas do organismo interrompem o sangramento. Freqüentemente, os indivíduos que continuam a sangrar ou que apresentam sintomas de uma perda sangüínea importante são hospitalizados e, comumente, são internados em uma unidade de terapia intensiva. No caso de ter havido uma perda sangüínea importante, pode ser necessária a realização de transfusão sangüínea. Para evitar a sobrecarga de volume na circulação sangüínea, pode ser realizada a transfusão de concentrado de eritrócitos ao invés de sangue total.

Após a restauração do volume sangüíneo, o indivíduo é monitorizado atentamente, verificandose a ocorrência de sinais de persistência do sangramento (p. Ex., aumento da freqüência de pulso, queda da pressão arterial ou perda de sangue pela boca ou ânus). O sangramento de veias varicosas localizadas na porção inferior do esôfago (varizes esofágicas) pode ser tratado de várias maneiras. Um dos métodos consiste na passagem de um cateter com balão através da boca até o esôfago e na insuflação do balão para comprimir a área sangrante. Um outro método consiste na injeção de uma substância química irritante no vaso sangüíneo, que causa inflamação e cicatrização das veias.

O sangramento gástrico freqüentemente pode ser interrompido através de procedimentos endoscópicos. Eles incluem a cauterização do vaso sangrante com uma corrente elétrica e a injeção de um material que provoca a coagulação do sangue no interior dos vasos. Se esses procedimentos falharem, a cirurgia pode ser necessária. Normalmente, o sangramento da porção baixa do intestino não exige um tratamento de emergência. Contudo, quando necessário, é realizado um procedimento endoscópico ou uma cirurgia abdominal. Às vezes, a localização do sangramento não pode ser determinada comprecisão e, por essa razão, pode ser realizada a remoção de um segmento do intestino.

Hemorragia devida a malformações arteriovenosas

A hemorragia devida a malformações arteriovenosas são causadas por rupturas de vasos sangüíneos anormais que comunicam artérias a veias.Desconhecese o motivo pelo qual ocorrem malformações arteriovenosas no revestimento do estômago e do intestino. Contudo, essas malformações são mais comuns nos indivíduos que apresentam valvulopatias, doenças renais, doenças hepáticas, doenças do tecido conjuntivo e naqueles submetidos à radioterapia para o tratamento de câncer do intestino. O diâmetro desses vasos anormais varia desde o de um fio de pesca grosso até o de um dedo mínimo de um indivíduo adulto. Os vasos anormais são frágeis e propensos ao sangramento, às vezes intenso, especialmente em idosos.

Sintomas e Diagnóstico

As hemorragias decorrentes de malformações arteriovenosas do estômago e do intestino geralmente causam hematêmese (vômito de sangue) ou melena (eliminação de fezes pretas, semelhantes ao alcatrão). Quando o sangramento é abundante ou prolongado, o indivíduo pode apresentar anemia e outros sintomas de perda de sangue. Os episódios hemorrágicos geralmente começam de modo súbito e tendem a recorrer. Comumente, o diagnóstico é estabelecido com o auxílio da endoscopia. No entanto, as malformações arteriovenosas podem ser de difícil detecção, especialmente quando o baixo volume sangüíneo ou o baixo débito cardíaco faz com que os vasos sangüíneos colapsem parcialmente.

Tratamento

O tratamento de um distúrbio subjacente (p. Ex., cirurgia de uma válvula cardíaca ou transplante renal) pode eliminar a hemorragia gastrointestinal. O médico pode conseguir interromper o sangramento por meio da cauterização do vaso sangüíneo, com o auxílio de um endoscópio, mas novas malformações podem ocorrer. A anemia causada pela perda de sangue pode ser corrigida com a administração de suplementos de ferro.

Dor abdominal

A dor abdominal pode ser causada por problemas localizados ao longo do trato digestivo ou em qualquer outro local do abdômen. Esses problemas incluem a ruptura do esôfago, a úlcera perfurada, a síndrome do cólon irritável, a apendicite, a pancreatite e a litíase biliar (cálculos biliares). Alguns desses distúrbios são relativamente pouco importantes, enquanto outros são potencialmente letais. O médico deve decidir a necessidade de instituição de um tratamento imediato ou se o tratamento pode ser postergado até que os resultados dos exames diagnósticos estejam disponíveis.

Diagnóstico e tratamento

A natureza da dor e o momento em que ela ocorre (em relação à ingestão de alimentos ou à movimentação em geral) podem prover pistas para o estabelecimento do diagnóstico. Caso algum outro membro da família apresente antecedentes de algum distúrbio abdominal (p. Ex., litíase biliar), o paciente pode apresentar o mesmo distúrbio. O aspecto geral do indivíduo pode fornecer dados importantes. Por exemplo, a icterícia (coloração amarelada da pele e das escleras) sugere uma doença hepática, da vesícula biliar ou das vias biliares.

O médico examina o abdômen, palpandoo e verificando a presença de dor à palpação ou de qualquer massa abdominal. Quando a parede do abdômen é delicadamente pressionada, o indivíduo sente dor, e quando a pressão é liberada abruptamente, a dor pode tornarse subitamente pior (manobra conhecida como sinal de descompressão positivo ou sensibilidade de rebote).

Normalmente, esse sinal indica peritonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal). Os exames diagnósticos para a investigação de uma dor abdominal incluem exames de sangue e de urina, radiografias, ultrasonografia e a tomografia computadorizada (TC). Freqüentemente, é realizada uma cirurgia exploradora de emergência quando a dor abdominal parece ser resultante de uma obstrução intestinal, uma perfuração ou de ruptura de um órgão (p. Ex., vesícula biliar, apêndice ou intestino) ou de um abcesso (acúmulo de pus).

Quando a dor abdominal exige cirurgia

Órgão de Origem da Dor
Condições Que Exigem Cirurgia Imediata
Condições Que Não Exigem Cirurgia Imediata
Esôfago Perfuração ou ruptura Refluxo gastroesfofágico e esofagite
Estômago Úlcera perfurada ou com sangramento, câncer de estômago Úlcera, gastrite, hérnia hiatal
Intestino delgado Úlcera perfurada, obstrução Úlcera não complicada, gastroenterite, doença de Crohn
Apêndice Apendicite
Intestino grosso e reto Diverticulite com perfuração ou obstrução, câncer, obstrução porpólipo, colite ulcerativa, doença de Crohn (grave) Doença de Crohn (leve), diverticulite não complicada
Fígado Câncer, abcesso Hematoma, cisto
Sistema biliar Cálculos biliares com inflamação ou obstrução da vesícula biliar Cálculos biliares sem inflamação ou obstrução
Baço Ruptura, abcesso
Pâncreas Pancreatite (grave) Pancreatite (leve)
Vasos sangüíneos Aneurisma arterial, obstrução
Rim Cálculos Infecção
Bexiga Cálculos, câncer Infecção
Genitália masculina Torção testicular Infecção prostática ou testicular
Genitália feminina Gravidez ectópica, abcesso do ovário Doença inflamatória pélvica
Peritôneo (revestimento da cavidade abdominal) Peritonite por perfuração Peritonite causada por tuberculose

Obstrução mecânica do intestino

A obstrução mecânica do intestino é a presença deum bloqueio que interrompe completamente ou compromete seriamente o trânsito do conteúdo intestinal. A obstrução pode ocorrer em qualquer segmento do intestino. A parte acima da obstrução continua funcionando. À medida que o intestino vai se enchendo de alimento, líquidos, secreções digestivas e gás, ele dilata progressivamente, como uma mangueira macia. Em recém nascidos e lactentes, a obstrução intestinal é comumente causada por um defeito congênito, por uma massa endurecida de conteúdo intestinal (mecônio) ou por uma torção do próprio intestino (volvo).

Em adultos, uma obstrução duodenal pode ser causada por um câncer do pâncreas, por cicatrizes (de uma úlcera, de uma cirurgia prévia ou da doença de Crohn) ou por aderências, nas quais uma faixa fibrosa de tecido conjuntivo encarcera o intestino. Além disso, pode ocorrer uma obstrução quando uma parte do intestino dilata por meio de uma abertura anormal (hérnia), como uma área enfraquecida da musculatura abdominal, e tornase encarcerada. Raramente, a obstrução é causada por um cálculobiliar, uma massa de alimento não digerido ou um bolo de vermes.

O câncer é uma causa comum de obstrução do intestino grosso. Uma torção de alça intestinal ou o acúmulo de fezes endurecidas (impactação fecal) também podem causar obstrução. Quando uma obstrução interrompe o suprimento sangüíneo ao intestino, a condição é denominada estrangulamento. O estrangulamento ocorrem em aproximadamente 25% dos casos de obstrução do intestino delgado. Normalmente, ela é devida ao encarceramento de uma partedo intestino em uma abertura anormal (hérniaestrangulada), à torção de uma alça intestinal (volvo) ou à penetração de uma alça intestinal no interior de uma outra (intussuscepção).

A gangrena pode ocorrer rapidamente, mesmo em um prazo de 6 horas. Na gangrena, ocorre a morteda parede intestinal, normalmente com perfuração, que acarreta uma peritonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal) e infecção. Quando não tratado, o indivíduo pode morrer. Mesmo sem estrangulamento, o segmento do intestino acima do bloqueio dilata. O revestimento intestinal edemacia e inflama. Se oquadro não for tratado, o intestino pode perfurar, permitindo o extravasamento do seu conteúdo e acarretando inflamação e infecção da cavidade abdominal.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas da obstrução intestinal incluem a dor abdominal tipo cólica, acompanhada por distensão abdominal. A dor pode tornar se intensa e constante. Em comparação com a obstrução do intestino delgado, o vômito, um sintoma comum, ocorre mais tarde na obstrução do intestino grosso. A obstrução completa provoca uma constipação grave, enquanto que a obstrução parcial pode causar diarréia. A febre é comum e pode ocorrer sobre tudo quando ocorre uma perfuração da parede intestinal. A perfuração pode levar rapidamente à inflamação e à infecção graves, causando o choque.

O médico realiza um exame do abdômen, verificando a presença de sensibilidade à palpação, inchaços e massas anormais. Os ruídos normais produzi dos por um intestino funcionante (ruídosintestinais), que podem ser ouvidos com o auxílio de um estetoscópio, podem ser muito altos e agudos ou podem estar ausentes. Se ocorrer uma peritonite em decorrência de uma perfuração, o indivíduo sentirá dor quando o médico palpar profundamente o seu abdômen. A dor aumenta quando o médico libera a pressão abruptamente (sinal da descompressão positivo ou sensibilidade de rebote). As radiografias podem mostrar alças intestinais dilatadas que indicam a localização da obstrução. Além disso, elas podem mostrar a presença de ar em torno do intestino no abdômen, um sinal de perfuração.

Tratamento

Qualquer indivíduo com suspeita de obstrução intestinal é hospitalizado. Normalmente, é realizada a passagem de uma sonda nasogástrica (do nariz ao estômago) ou nasoentérica (do nariz ao intestino). Em seguida, é realizada a aspiração por meio da sonda para remover o material acumulado acima da obstrução. É feita aadministração intravenosa de líquido e de eletrólitos (sódio e potássio) para repor o sal e a água perdidos pelo vômito e pela diarréia.

Algumas vezes, uma obstrução sofre uma resolução espontânea, sem tratamento, especialmente quando ela é decorrente de aderências. Para tratar alguns distúrbios (p. Ex., torção de um segmento da porção baixa do intestino grosso), pode ser realizada a passagem de um endoscópio através do ânus ou um enema baritado, o qual produz uma insuflação do intestino e a resolução da obstrução em decorrência do aumento da pressão. No entanto, o mais habitual é a realização de uma cirurgia o mais breve possível. Durante a cirurgia, é realizada a remoção do segmento intestinal obstruído e a anastomose (conexão) das partes remanescentes.

Íleo paralítico

O íleo paralítico (íleo, íleo adinâmico) é um distúrbiono qual os movimentos contráteis normais da parede intestinal cessam temporariamente. Como a obstrução mecânica, o íleo para lítico impede a passagem do conteúdo intestinal. Ao contrário da obstrução mecânica, o íleo para líticora ramente acarreta perfuração. O íleo paralítico pode ser causado por uma infecção ou por um coágulo de sangue no interior do abdômen, pela aterosclerose que reduz o suprimento sangüíneo ao intestino ou por uma lesão de uma artéria ou veia intestinal.

Ele também pode ser causado por distúrbios extraintestinais como, por exemplo, a insuficiência renal ou concentrações anormais de eletrólitos no sangue (p. Ex., concentração baixa de potássio ou elevada de cálcio). Outras causas de íleo paralítico incluem determinados medicamentos eo hipotireoidismo (hipoatividade da tireóide). O íleo paralítico é comum nas primeiras 24 a 72 horas após uma cirurgia abdominal.

O que causa o estrangulamento intestinal

O estrangulamento (obstrução do suprimento sangüíneo ao intestino) usualmente é devido a uma das três causas mostradas a seguir.

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas de íleo paralítico são a distensão abdominal, a constipação grave e as cólicas abdominais. Com o auxílio de um estetoscópio, o médico observa a presença de poucos ruídos intestinais ou ausência dos mesmos. A radiografiado abdômen revela a presença de alças intestinais dilatadas. Ocasionalmente, é realizada uma colonoscopia (exame do intestino como auxílio de um tubo de visualização) para avaliar a situação.

Tratamento

O objetivo do tratamento é aliviar o acúmulo degás e de líquido causado pelo íleo paralítico. Algumas vezes, é realizada a passagem de uma sonda através do ânus até o intestino grosso para reduzir a pressão. Além disso, é realizada a passagem de uma sonda na sogástrica ou na soentérica e, em seguida, é feita a aspiração para reduzir a pressão e a distensão. O indivíduo não deve ingerir sólidos ou líquidos até a crise passar. Líquidos e eletrólitos são administrados por via intravenosa.

Apendicite

A apendicite é inflamação do apêndice. O apêndice é uma pequena estrutura tubularem forma de dedo que se projeta do intestino grosso próximo do ponto onde este unese ao intestino delgado. O apêndice pode ter alguma função imune, mas não é um órgão essencial. Com exceção das hérnias encarceradas, a apendicite é a causa mais comum de dor abdominal súbita e intensa e de cirurgia abdominal nos Estados Unidos. A apendicite é mais comum entre os 10 e 30 anos de idade. A causa da apendicite não é totalmente compreendida. Na maioria dos casos, é provável que uma obstrução no interior do apêndice desencadeia um processo no qual ele tornase inflamado e infectado.

Se a inflamação persistir sem tratamento, o apêndice pode romper. Um apêndiceroto permite o extravasamento do conteúdo intestinal rico em bactérias para o interiorda cavidade abdominal, causando a peritonite, a qual pode acarretar uma infecção potencialmente letal. A ruptura também pode provocara formação de um abcesso. Na mulher, podem ocorrer infecção dos ovários e das tubas uterinase a conseqüente obstrução das tubas uterinas pode causar infertilidade. O apêndice roto tambémpode permitir que as bactérias invadam acorrente sangüínea e produzam uma septicemia, que também é potencialmente letal.

Sintomas

Menos de metade dos indivíduos com apendicite apresenta a combinação de sintomas característicos: náusea, vômito e dor intensa na fossa ilíaca direita (região abdominal inferior direita). A dorpode iniciar subitamente na região abdominal superiorou em torno da cicatriz umbilical. A seguir, o indivíduo apresenta náusea e vômito. Após algumas poucas horas, a náusea cessa e a dor localiza se na fossa ilíaca direita. Quando o médico pressiona essa área, ela dói, e quando a pressão é aliviada, a dor aumenta abruptamente (sinal da descompressão positivo ou sensibilidade de rebote). Uma febre de 37, 7 °C a 38, 3 °C é comum. A dor, particularmente em lactentes e crianças, pode ser generalizada e não restrita à fossa ilíaca direita. Em idosos e gestantes, a dor normalmente é menos intensa e a área é menos sensível. No caso de ruptura do apêndice, a dor e a febre podem tornar-se intensas. O agravamento da infecção pode levar ao choque.

Diagnóstico e Tratamento

O hemograma revela um aumento moderado dos leucócitos (glóbulos brancos) (leucometria) emresposta à infecção. Normalmente, nas fases iniciais da apendicite, a maioria dos exames (incluindoas radiografias, a ultrasonografia e a TC) não é útil. Comumente, o médico baseia o diagnóstico nos achados do exame físico. A cirurgia é imediatamente realizada para evitar a rupturado apêndice, a formação de um abcesso ou aperitonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal). Em aproximadamente 15% das cirurgias deapendicite, o apêndice encontra-se normal.

Contudo, postergar a sua realização até o médicoter certeza da causa da dor abdominal pode ser fatal. Um apêndice infectado pode romperem menos de 24 horas após o início dos sintomas. Mesmo quando a apendicite não é acausa do quadro apresentado pelo paciente, o apêndice é normalmente retirado. A seguir, o médico examina a cavidade abdominal e tentadeterminar a causa real da dor. Com a cirurgia precoce, a chance de óbitodevido a uma apendicite é muito pequena. O indivíduo comumente pode deixar o hospital em 2 a 3 dias e a sua recuperação é normalmente rápida e completa. No caso de um apêndice roto, o prognóstico é mais grave. Há cinqüenta anos, a ruptura era freqüentemente fatal. Os antibióticos reduzirama taxa de mortalidade para quase zero, mas, em certos casos, podem ser necessárias várias operações e uma longa convalescença.

Peritonite

A peritonite é a inflamação do peritôneo (revestimentoda cavidade abdominal) causada geralmente por uma infecção. O peritôneo é uma membrana delgada e transparente que reveste todos os órgãos abdominais eas paredes internas do abdômen. A peritonite normalmente é causada por uma infecção disseminadaa partir de um órgão abdominal infectado. As fontes comuns são as perfurações gástricas, intestinais, da vesícula biliar ou do apêndice. O peritôneo é altamente resistente às infecções.

A não ser que a contaminação continue, não ocorreo desenvolvimento da peritonite e o peritôneo tende a curar com o tratamento. A doença inflamatória pélvica em mulheres sexualmente ativas é uma causa comum de peritonite. Uma infecção do útero e das tubas uterinas (que pode ser causada por vários tipos de bactérias, como as que causam a blenorragia e as infecções por clamídia) disse minase para o interior da cavidade abdominal. Na insuficiência hepática ou cardíaca, pode ocorre o acúmulo de líquido na cavidade abdominal (ascite) e este pode tornarse infectado.

A peritonite pode ocorrer após uma cirurgia porvárias razões. Uma lesão da vesícula biliar, de um ureter, da bexiga ou do intestino durante uma cirurgia pode permitir o extravasamento de bactérias para o interior da cavidade abdominal. Esse extravasamento também pode ocorrer durante as cirurgias nas quais são realizadas anastomoses (conexões) de segmentos intestinais. A diálise peritoneal (um tratamento para a insuficiênciarenal) freqüentemente causa peritonite. A causa usual é uma infecção que penetra no peritôneo pelos drenos colocados no abdômen. A peritonite também pode ser decorrente de irritação sem qualquer infecção. Por exemplo, a inflamação do pâncreas (pancreatite aguda) pode causar peritonite. Além disso, o talco ou o amido presente nas luvas de um cirurgião pode causar peritonite sem infecção.

Sintomas

Os sintomas da peritonite dependem parcialmente do tipo e da extensão da infecção. Normalmente, o indivíduo apresenta vômito, febre elevada e um abdômen doloroso. Pode ocorrera formação de um ou mais abcessos e a infecção tende a deixar cicatrizes sob a forma de faixasde tecido (aderências) que podem terminar produzindo uma obstrução intestinal.

A menos que a peritonite seja tratada imediatamente, as complicações ocorrem rapidamente. Operistaltismo desaparece e ocorre retenção de líquidono intestino delgado e no intestino grosso. Além disso, ocorre exsudação de líquido da corrente sangüínea para o interior da cavidade abdominal. O indivíduo apresenta uma desidratação grave e perda de eletrólitos da corrente sangüínea. A seguir, ele apresenta complicações graves como, por exemplo, a insuficiência pulmonar, renal ou hepática, e a coagulação intravascular disseminada.

Diagnóstico

O diagnóstico rápido é fundamental. As radiografias são realizadas com o paciente em pé e deitado. deitado. As radiografias podem revelar a presença de gás livre na cavidade abdominal, o que indica a existência de uma perfuração. Ocasionalmente, é realizada a punção abdominal com agulha para retirada de líquido da cavidade. A seguir, o líquido é enviado ao laboratório para identificação dos microrganismos infecciosos e a realização de uma ntibiograma (para testar a sensibilidade dos microrganismos a vários antibióticos). No entanto, a laparotomia exploradora (cirurgia exploradora) é o método diagnóstico mais confiável.

Tratamento

Geralmente, a primeira medida a ser tomada é al aparotomia exploradora de emergência, sobre tudo quando o diagnóstico provável parece ser uma apendicite, uma úlcera péptica perfurada ou uma diverticulite. No caso de um episódio de pancreatite aguda (inflamação do pâncreas) ou de uma do ençainflamatória pélvica em mulheres, raramente é realizada uma cirurgia de emergência.

A antibioticoterapia é instituída imediatamente e, freqüentemente, são administrados vários antibióticos ao mesmo tempo. Além disso, pode ser realizada a passagem de uma sonda na sogástricaou nasoentérica para a aspiração de líquido e gás. Líquidos e eletrólitos também devem ser administrados por via intravenosa para a reposição da perda líquida e de eletrólitos.

fonte: Manual Merck